Sexta-feira, 25 de março de 2011 - 06h50
Osmar Silva
- Como o Teixeirão, Rondônia nunca mais terá nenhum governador. Aquele sim. O que ele falava a gente podia escrever. Um abraço compadre. E embarcou num ônibus rumo ao Espigão d’Oeste. Esse rabo de conversa eu ouvi na rodoviária de Porto Velho, dia atrás, entre dois homens maduros de aparência simples. Gente do campo, com certeza.
Eles comentavam, bem ao meu lado, sobre as necessidades de suas comunidades e o comportamento dos políticos em atender as demandas. Falavam de problemas com o transporte escolar, estradas e o posto de saúde que, segundo um deles, esse último “num tem nem melhoral”. Citavam as promessas de vereador, deputado, prefeito, senador e até de governador que, de tempo em tempo aparecia por suas bandas em busca de votos. E tudo fica do mesmo jeito. Só na promessa.
- Cê lembra dos tempos do Teixeirão?
- Ôh se lembro! Aquele é que era um governo. Era ou não era?
- O que eu mais gostava é que ele era homem de palavra. Quando dizia que ia fazer uma coisa, a gente podia confiar. Chovia pau chovia pedra mas ela fazia.
- Era verdade. E nunca mais a gente viu homem como aquele. Se ele fosse vivo, votava nele toda vez.
A conversa rolou nesse diapasão. Eu assuntando e curingando. Aqueles dois pioneiros de mais de sessenta anos, como muitos outros que ajudaram a transformar o Território Federal de Rondônia em estado, faziam uma avaliação da relação do poder com os cidadãos. E a saudade que eles sentiam era da sinceridade, da franqueza. Se dá para resolver o problema da estrada e da escola, resolva. Se não dá, diga. Não iluda. Seja franco. Diga que só daqui a dois anos. E faça. Era isso que o Teixeirão fazia.
Já vi governadores discursando em campanha prometendo ser um novo Teixeirão. Já vi governadores iniciando governo com ímpetos de Teixeirão. E todos saíram do poder melancolicamente. Sem deixar saudades. Longe, muito longe, da imagem do Teixeirão.
- E aí compadre! Que cê tá achando desse governo?
- O do dotor Confuzo?
- Sim. Dele mermo. Votei nele!
- É, vamo ver. Tem tudo pra ser bão.
- Cê acha mermo?
- Acho sim. Ele é meu conterrâneo lá do Goiás.
Fonte: Jornalista Osmar Silva/DRT 1035 - sr.osmarsilva@gmail.com
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