Quarta-feira, 3 de outubro de 2018 - 21h35
Há 72 horas das eleições, os 147 milhões de eleitores brasileiros indicam, claramente, que quem vai para o 2º turno na disputa presidencial serão os candidatos Jair Bolsonaro e Fernando Haddad. O primeiro pelo PSL e o segundo pelo PT. Só uma fatalidade mudará esse cenário.
Aqui, em Rondônia, o destino também já está traçado. Os 1 milhão 175 mil eleitores não deixam mais dúvidas de que querem Expedito Junior e Maurão de Carvalho no 2º turno, a ser decidido no dia 30 deste mês. Somente o imponderável poderá fazer mudar essa trajetória.
Com tanta gente sofrendo o desemprego, o subemprego e todas as sequelas das ruínas provocadas pelos políticos nos últimos anos no país, será que os eleitores peneiraram bem para deixar na peneira somente os candidatos acima citados?
Difícil responder, sabemos. Até porque o cardápio de nomes previamente escolhidos pelos 35 partidos políticos, não foi nada atraente e digesto. Essa é uma das grandes falhas da nossa democracia. Empurra-se goela abaixo do povo uma sopa de nomes que não representam a maioria do povo brasileiro. E o eleitor que se vire.
Nessa condição, o eleitorado não escolhe o melhor. Vai eliminando os que, em sua percepção, são os piores. Acaba sobrando, por exclusão, os menos piores. Ou seja, os que causarão menos danos. E aí se diz que o eleitor reclama da corrupção mais acaba elegendo corruptos, ladrões, fisiologistas e incompetentes. A escolha foi dos donos dos 35 partidos. Mas a culpa é do pobre e lascado eleitor.
Eles criaram as regras para proteger seus interesses, se manterem eternamente no poder, ficar com o maior volume de dinheiro dos fundos eleitoral e partidário, do tempo da tv e do rádio. Eles não abrem espaço para o nome novo, limpo, integro e competente. É doido, é! Quer que perca meu lugar!
Assim, vamos para o dia 7 de outubro, domingo próximo, como uma manada para o matadouro. Se ficar o bicho pega, se correr o bicho come. Ou pula na panela quente ou vai para a frigideira fervente.
No plano nacional ficamos entre a direita e a esquerda extremada. Ambos já nos causaram muito mal. Mas as dores provocadas pela esquerda que estimulou a criação de dezenas de partidos para apoiá-la, ainda estão doendo muito. E os danos que direita nos causou, já estão cicatrizando. Não doem mais tanto assim.
Com esse juízo, o povo brasileiro e rondoniense vai às urnas, jogar no futuro, o destino de cada um e de cada nação. Até porque não vimos uma ‘festa da democracia’ na campanha eleitoral. O que presenciamos foi uma campanha curta, tensa, cheia de temores e ódio materializado na facada desferida num candidato presidencial, na sociedade brasileira, na democracia, no Brasil.
Vamos divididos entre o ‘nós’ e ‘eles’. Duas bandas da mesma laranja que já foi una, altiva e soberana sob a mesma bandeira e as mesmas cores. Quem nos unirá?
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