Sexta-feira, 10 de julho de 2015 - 09h50
Com mais de vinte bairros a Zona Leste detém a maior população da Capital. Em torno de 130 mil habitantes. E o maior eleitorado. Mas quem lhe representa? Quem são os seus vereadores e os seus deputados estaduais e federais? E seu senador, a Região tem? Parece que não. Todos esses entes tão presentes nas campanhas eleitorais se transformaram em seres ausentes e omissos após eleitos. Não se ver e não se sente a presença deles na Região Metropolitana.
Não se houve uma voz reverberando em defesa das sofridas populações dos bairros, das comunidades e das centenas de ruas que reclamam atenção. Nem na Assembleia nem na Câmara. Não se vê esses entes, mantidos a bom preço pelo contribuinte, em ação pelas vias, ouvindo as pessoas, colhendo demandas da sociedade. Não se tem a percepção de suas presenças. Pode até ser que a exceção se mostre aqui ou acolá. Mas insuficiente para gerar valor.
Então, por onde andam e o que fazem?
Trabalhando pelo o povo e fiscalizando o prefeito, responderão todos. E relatarão caudaloso desfile de reuniões, ações, iniciativas e atos realizados. Na absoluta maioria, inúteis. E o que de útil restar, versará sobre interesses corporativos e próprios. Para a sociedade e a pequena comunidade, nada. A não ser as indefectíveis ‘Indicações’. Mero documento apontando ao poder executivo a necessidade de tapar um buraco na rua tal. Quem viu, e preencheu a ‘Indicação’ foi o assessor. O parlamentar só assina. Mera formalidade.
Querem exemplo dessa omissão?
No começo do atual governo da Capital destruíram a Policlínica Hamilton Godin, na Rua Amador dos Reis, que prestava excelente serviço à população da Zona Leste. Desmobilizaram todo o setor de consultas onde médicos especialistas atendiam os pacientes. Levaram parte desse serviço para a recém inaugurada Upa da Leste, em clara contrariedade aos objetivos de urgência e emergência e geraram tudo de ruim que se vê ali. E mais: destinaram metade do prédio da policlínica à Polícia Militar. Claro desvio de função e de objetivos. Deixaram a população estarrecida e desorientada, sofrendo a ausência dos serviços públicos que a Upa nunca conseguiu absorver.
Não se viu nenhum ato de protesto, nenhuma voz se levantar em defesa dos que mais precisam. Onde eles estavam?
Havia ao lado da agência do Banco do Brasil, na Avenida Mamoré, uma Casa da Juventude que prestava bons serviços aos jovens pobres e mães de família carentes. Eles aprendiam, gratuitamente, ofícios e profissões que assegurava o primeiro emprego e melhorava a renda familiar. Fecharam sem aviso prévio e sem explicação. Deixaram a parcela mais vulnerável da sociedade na mão. À mercê do trabalho oriundo do crime.
Mais uma vez, silêncio total. Cara de paisagem. Não vi, não escutei, não sei. Então há de se perguntar: estão servindo a quem? Ou melhor, ainda: para que servem mesmo esses representantes que buscaram votos na Zona Leste?
O fato mesmo é que não se percebe uma ação aguerrida em defesa de uma causa até a sua solução. Veem-se lamentos. Um, entra num carro com uma câmera e vai mostrando buracos, atoleiros, lixo, matagal, mazelas. E vai lamentando: olhe isso, olhe aquilo. Depois passa na televisão. Pronto. Fiz o meu trabalho. Outro vai à tribuna e também lamenta não ter o poder de fazer. E ainda culpa o povo que não entende que o seu trabalho é legislar e fiscalizar.
Mas se fiscalizassem muitas das mazelas da cidade não existiriam. Muitas CPIs inúteis nem seriam criadas. E olhem que, nesse momento, tem um governo de estado que está atuando como um segundo prefeito na Capital. Está com várias frotas de máquinas e equipamentos trabalhando em diversas frentes de serviços a custo zero para o municipio.
Aí eles pegam a programação do estado e disparam Indicações: ‘A’, indica asfalto pra tal rua; ‘B’, indica limpeza na via tal, e por aí vão. Oportunismo puro, adeus com chapéu do outro. Trabalho mesmo, zero.
Quem representa mesmo a Zona Leste?
OsmarSilva – Jornalista – sr.osmarsilva@gmail.com
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