Quinta-feira, 17 de janeiro de 2013 - 14h44
O atual governador quando assumiu o comando do estado, o fez com forte discurso de profissionalização e valorização dos servidores, como meio de obter a modernização e a eficiência administrativa que a economia e a sociedade de Rondônia reclamam.
Para isso, pretendia recuperar as perdas financeiras dos trabalhadores públicos com salários praticamente congelados nos últimos oito anos da gestão anterior. Além de implantar a prática da meritocracia, nos moldes do que fez o atual senador Aécio Neves em Minas Gerais, quando governava um dos estados de burocracia mais pesada e ineficiente do país.
E chegou a dar fortes passos nesse sentido. Para os servidores e seus sindicatos, que não tinham o direito nem de abrir a boca, não eram recebidos, não podiam fazer greve e, quando insistiam eram xingados, desrespeitados, afrontados e perseguidos, o novo governo abriu as portas. Criou até uma comissão permanente de negociação para atender todo mundo.
Deu aumento e concedeu vantagens – repita-se: todas congeladas – enquanto o tesouro suportou e a lei permitiu. Mesmo assim, foram cerca de oito greves até agora. A folha pulou de R$ 140 para 190 milhões. Irrigou o comércio e melhorou a vida do funcionalismo. A ponto da última greve não ter sido por aumento de salários, mais por promoções.
Mas a fonte secou e o dinheiro encurtou. O FPE caiu e o governo ainda perdeu forte arrecadação de ICMS com a paralisação das usinas termoelétricas a diesel da Eletronorte por conta da chegada da energia do Sistema Integrado Nacional. E também, por causa do atraso do programa de transposição, que já deveria ter ocorrido e aliviado em algumas dezenas de milhões mensais, as despesas com pessoal. E o programa, parece, sofreu uma parada
Mas agora é hora de retomar as medidas modernizantes para que o estado se habilite a receber o dinheiro dos investidores, nacionais e estrangeiros, que estão ávidos buscando oportunidade de negócios em ambiente seguro, com legislação eficiente e regras claras. Eles procuram lugares com serviço público ágil, ambiente político tranquilo, infraestrutura de transporte, segurança pública atuante e efetivo combate à corrupção além de mão de obra qualificada. Nesses itens e, principalmente no último, há carência de maior empenho
Quem tiver estas qualificadoras terá gente poderosa, de todas as partes do mundo, com dinheiro para investir, gerar emprego e alavancar o crescimento e o progresso. E Rondônia tem tudo para se tornar um dos gigantes do Norte do Brasil. Só para você refletir: encerramos 2012 com 117 mil propriedades rurais. E deste total, 80% são pequenas propriedades da agricultura familiar.
É uma condição fundiária invejável que não se encontra em nenhum outro estado da federação. Isso demonstra que poderemos ser - se conseguirmos o cenário acima exposto – no médio prazo, um dos maiores celeiros de alimentos do Brasil. O Programa Água Produtiva é um bom exemplo. Em 2010 Rondônia produziu 12 mil toneladas de pescado. Em 2012, dois anos depois, já pulou para 30 mil toneladas. Viu aí? É só acreditar e trabalhar.
Osmar Silva – jornalista – sr.osmarsilva@gmail.com
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