Segunda-feira, 18 de janeiro de 2016 - 11h53
Você pode até duvidar. Mas fato é fato e número é número. Eu ouvi diretamente, do secretário adjunto Pedro Antonio Afonso Pimentel, da Sepog, diante de duas testemunhas a informação enfatizada: Rondônia fechou o ano de 2015 com 5% de crescimento do PIB. Perguntei mais uma vez para não deixar dúvida. E a resposta foi taxativa: é isso mesmo, fechamos com 5% de crescimento, confirmou ele.
Não tenho dados para assegurar que, talvez, não tenha outro estado com número de crescimento em 2015 maior que os 5% que Rondônia agora exibe.
Mas por que esta informação me causa admiração e, certamente, atrairá a atenção de muitos mundo afora?
Pelo simples fato de que o Brasil está vivendo a volta de um pesadê-lo que castigou a minha geração: inflação; o desemprego; juros nas alturas; dólar na estratosfera; empresas reduzindo a produção; comércio em queda; máquina de remarcação de preços nas gôndolas dos supermercados. Fim da estabilidade financeira e 10 milhões de desempregados. Além instabilidade política que está nos carregando à deriva. É mole ou quer mais?
Lembremos ainda, que os estados e municípios estão começando a viver dias de cão de não ter dinheiro nem para pagar seus empregados. Outros estão reduzindo seus quadros de funcionários. Antes, eram os comissionados os imolados. Agora, até os estatutários estão sob o facão dos reajustes que os executivos públicos se vêm forçado a praticar para que seus entes federativos sobrevivam.
Nesse cenário, como um estado novo no extremo norte do país, em plena Amazônia, cresce a 5% ao ano?
Simples. Como todo enigma a solução está no ato mais singelo. No nos caso, simplesmente no trabalho certo. Foi o que o governo do estado fez além de induzir os empreendedores e trabalhadores a fazerem o mesmo: trabalhar mais, investir mais, ver novos negócios, produzir mais. Para dentro do estado e para o mundo.
Essa onda de confiança se espalhou na medida em que o governo dava o exemplo, levando mais de dezena de projetos de investimento para todos os municípios. Abrindo frentes de serviços para empresas do estado e criando oportunidades de trabalho nas cidades e no campo. Democratizando a verba pública.
As consequências dessas iniciativas estão ai para parceiros e adversários se admirarem. Na crise mais aguda do Brasil nos últimos 20 anos, Rondônia dá exemplo de vigor. País está no vermelho, Mas nosso estado está no azul. É um dos quatros da federação dentro dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. E acaba de anunciar uma produção recorde de soja: 1 milhão e 600 toneladas em 2015. Viu aí?
Querem saber de mais uma? Quem não se lembra de há pouco tempo quase todos demonizavam o governo com o prognóstico de que Rondônia mergulharia no maior caos de sua história com o fim da construção das hidrelétricas de Santo Antônia e Jirau? Que seria o final mais trágico de mais um ciclo econômico? Não faltavam arautos, inclusive entre parceiros, desse apocalipse, lembram-se?
Pois bem. Nada disso aconteceu. Ninguém nem lembra que as usinas estão no final de suas obras com número residual de trabalhadores. E para onde foram os desempregados? Os barragistas, para outras barragens. Os de Rondônia, ao voltarem para casa, não tiveram dificuldade de achar trabalho. Inclusive na roça, que vem se modernizando e criando postos de variados serviços.
Quebrou-se a maldição das economias cíclicas de Rondônia. O trabalho faz milagres.
OsmarSilva – Jornalista – sr.osmarsilva@gmail.com
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