Sábado, 16 de março de 2013 - 15h11
Desde quarta feira, 13, quando 115 eleitores elegeram o Cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, agora Papa Francisco, o mundo inteiro e, particularmente o mundo cristão, vive uma nova esperança. O nome por ele escolhido, causou-me um impacto tão grande e tão positivo, que até esqueci que torcia pelo Cardeal brasileiro Dom Odilo Scherer.
O primeiro jesuíta a ascender ao trono de São Pedro, é também o primeiro a adotar a pureza simples contida no nome de São Francisco de Assis. É, ainda, o primeiro do Novo Mundo, das Américas e de todos os americanos. Filho de ferroviário e uma dona de casa, espera-se que os eflúvios das suas ações resgate valores tão pisoteados e até esquecidos.
Quem sabe, sua ação pastoral seja de inclusão de filhos de Deus, hoje à margem da Igreja, em função das novas regras orientação sexual, de formação familiar e convivência social. E faça como o Cristo que tráz o remédio não para o são, mas para o doente.
Alimento a esperança de que, sendo Deus brasileiro e o Papa nosso vizinho, quem sabe possa melhorar o caráter dos nossos políticos e dos nossos gestores públicos? Quem sabe possa fazê-los primeiro pensar no bem público, no cidadão, na pessoa humana! E, só depois, em si mesmo? Inverter essa ordem maléfica e cruel de primeiro eu e, depois (se sobrar) tu?
É em função dessa cultura que, com algumas exceções, quando elegemos um personagem novo na política, na esperança de renovação, logo descobrimos que ele já tinha doutorado na arte da corrupção.
Antes, achávamos que o sujeito ia se desviando aos poucos. Hoje vemos que, ainda na vereança, no começo da carreira, já se mostra uma raposa felpuda, com mestrado na arte de enganar para se locupletar. E o pior é que engana muita gente por muito tempo. Tempo suficiente para ficar rico sem nunca ter produzido uma abóbora ou vendido um alfinete. Rico, com o dinheiro do povo.
E os exemplos de que essa prática é uma erva daninha resistente a remédios e podas, está bem exemplificada no perfil dos 21 vereadores da Câmara Municipal de Porto Velho, publicado na edição n. 13, de janeiro desse ano, da Revista Painel Político. Ali, de verdadeiro só tem o nome dos parlamentares e uma ou outra informação. De outros dados, desconfie, e de alguns, tenha certeza: são mentirosos.
Você acredita que o vereador Jair Montes, por exemplo, só gastou R$ 13.521,00 para se eleger? Ou que Aélcio da TV, só precisou de R$ 895,00 para ganhar o mandato? Ou que os bens de Cláudio da Padaria só valem R$ 10 mil? Inclusive a padaria que lhe dá nome? Ou ainda, que os bens do ex-presidente Eduardo Rodrigues só somem R$ 40.136,00? E, por último, para ficarmos só nestes exemplos, que a odontóloga Ana Negreiros, concorrendo com um primo, só tenha gastado R$ 15.290,00 para ocupar a cadeira deixada pelo pai Ramiro Negreiros? Se você acredita, me perdoe, és um ingênuo. E é disso que eles gostam.
Pode ser também que a revista tenha errado ou usado de má fé. Mas num caso ou outro, por que será que ninguém contestou? Não exigiu reparação? Por que ficaram calados? Quem cala consente, passa recibo, e o mal feito por bem feito fica. Será que entregam seus bens ou seus mandatos pelo valor declarado? Tente! Confira! Descubra!
Mas tenhamos esperanças. Quem sabe, por vontade Divina, as emanações do Papa Francisco possam dá honradez e arrependimento a quem se dedica a espoliar os mais simples, os mais pobre, os que mais precisam. Amém.
Osmar Silva
Jornalista - sr.osmarsilva@gmail.com
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