Domingo, 4 de outubro de 2015 - 17h56
Um dos programas que meus filhos, George e Thiago, mais gostavam era o de passear no trem da Madeira Mamoré até Santo Antônio. Eu vinha de Ariquemes - morava lá na época - só para esse passeio. Na sequência andávamos de barco. Adorávamos. E o George aproveitava para deslizar o seu skate na descida do bairro União. Eu ficava vigiando o trânsito quase inexistente naquele tempo.
Eu aproveitava feriados como esse, de aniversário da cidade de Porto Velho ou do Território, em 13 de setembro, para esses passeios. Mostrei-lhes, inclusive, as nossas cachoeiras. Eram outros tempos.
Nesse aniversário de 101 anos, o que será que as famílias de Porto Velho mostraram para os seus filhos, onde foram e o que fizeram?
O ícone maior do nosso estado está ao léu, depredado, sucateado, abandonado. Não existe mais o passeio de trem para as cachoeiras Santo Antônio que o governador Jorge Teixeira havia resgatado. Nem as cachoeiras existem mais. Rondon, outro ícone da nossa história, está com seu busto servindo de banheiro para os pombos e noiados. Em plena praça, no centro da cidade.
E as Caixas D'água? Esquecidas numa praça deserta. O ferrugem comendo, a falta de manutenção e de responsabilidade destruindo mais um ícone presente nos brasões. E nós, cidadãos, o que estamos fazendo? Nada! Parece até que somos coniventes com esse assassinato da nossa história e da nossa identidade.
Assistimos passivamente, omissos, à destruição das nossas origens. Até quando?
Estes símbolos de Rondônia se fossem cuidados, respeitados e valorizados, estariam inseridos na economia do estado por sua capacidade de atrair visitantes do mundo inteiro. Estes viriam de longe para conhecer uma das maiores epopeias da história humana: a Estrada de Ferro Madeira Mamoré, construída em pleno 'Inferno Verde', como era chamada a Amazônia na época. E despejariam aqui seus dólares, euros e ouros.
Não sei se temos o que comemorar. Pois não adianta festejar a potencialidade ou a pujança econômica da Capital se não conseguimos transformar isso em qualidade de vida. Isso passa pelo resgate do que nos é caro, pela rua limpa, pelas casas sem lixo nas portas, pelo trânsito sem mortes, pela segurança, pelas vias bem sinalizadas, pelas ruas, praças e avenidas com placas de identificação, pelo transporte público de qualidade com pontos de ônibus cobertos e com assento.
Então! O que você acha? Temos o que comemorar?
OsmarSilva – Jornalista – sr.osmarsilva@gmail.com
Língua de Fogo – O desafio do Léo em reeducar o povo e manter a cidade limpa
É mais fácil erguer um prédio, abrir uma estrada, construir uma escola ou fazer uma ponte, do que mudar velhos e arraigados costumes, onde a boa edu
Língua de Fogo – Hora das facadas da maldade nas costas do povo
Sexta-feira gorda de Carnaval, último dia útil de fevereiro, 28.Oportunidade boa para os parlamentos municipais, estaduais e o Congresso Nacional, r
Língua de Fogo – Decano do STF não é luz, é sombra que desonra a Corte Suprema
A luz cadente de Ulysses Guimarães continua a iluminar cabeças e corações de boa vontade no Brasil:“A voz do povo é a voz de Deus. Com Deus e com o
Língua de Fogo – STF: origem das piores notícias que atormentam o país
Eu lutei contra a Ditadura Militar de 1964. Quando fecharam o Calabouço, no Rio de Janeiro, um restaurante/escola, em frente ao Aeroporto Santos Dum