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Osmar Silva

Temos que resistir


Temos que resistir - Gente de Opinião

Mundo estranho, apocalíptico, esse que estamos vivendo. Antes de esquecermos a última tragédia somos impactados pela seguinte. No estado, no país, no mundo. As tecnologias de informações e comunicações transformaram o mundo no quintal de casa. Mais perto ainda: nas nossas mãos, via celulares. Com imagens e sons em movimento, agora, neste instante, do que acontece no bairro ou na Ucrânia.

E as notícias mais serias, aquelas que importam por que nos atingem, positiva ou negativamente, de uma forma ou outra, na sua maioria absoluta, não são boas.

Há pouco espaço para boas notícias no mundo de hoje. Isso, em quase todas as áreas da atividade humana. É só observar.

O clima, por exemplo, tem provocado tragédias em todos os continentes. A atipicidade do seu comportamento, provocado ou induzido pela a atividade humana ou não, vem matando, causando dor e prejuízos insuportáveis.

Águas demais em ambientes historicamente secos, secura demais em locais costumeiramente molhados. Vulcões despertos cuspindo fogo por todos os lados. E geleiras e barrancos derretendo e caindo. Todos este eventos ao mesmo tempo, destruindo vidas, economias, sonhos e gerando perdas, misérias e dor.

Antes de sairmos das tragédias das inundações da Bahia e Minas Gerais, mergulhamos na catástrofe de Petrópolis. Enquanto a Pandemia do Coronavirus persistia contaminando e matando. O boletim do horror todo dia contando as vítimas. E cada um de nós no meio desse tiroteio, lutando para sobreviver, à face carrancuda das leis naturais.

Mas ainda é pouco. Nós aumentamos o estresse criando nossas próprias tragédias. Na política, vimos se afunilar uma campanha presidencial, em nosso país, com os órgãos judiciais encarregados de executar o processo eleitoral, claramente engajados numa militância política e ativismo jurídico em favor de um lado, de um candidato. E radicalmente contrário ao outro lado, ao outro candidato. 

Claro que isso preocupa. Até porque todo jogo sujo e desonesto está sendo jogado para induzir, você e eu, a um lado ou outro. Nessa queda de braço, se criminaliza e demoniza quem não tem crimes, e se inocenta e santifica o criminoso. E nos rastro desse, todos os demais. Os juízes perderam a imparcialidade e a vergonha. E os poderes de controle se humilharam até arriar as calças.

Está claro que isto não poderá acabar bem. E daí, o que vem?

Até o Carnaval, ambiente onde, culturalmente, o brasileiro extravasa suas dores, angústias e frustrações, lhes foi roubado em um hiato histórico.

E ao invés, da alegria do tamborim, da gargalhada da cuíca, da molecagem  do pandeiro e do ratibum-bumbum das baterias, o que ouvimos são buns de foguetes e missil de uma grande potência atômica contra um pequeno país que só quer viver a liberdade de decidir o seu próprio destino. Uma guerra fraticida, de irmãos contra irmãos.

A demonstração de mais uma serpente que saiu do ovo para ameaçar o mundo com a catástrofe do Juízo Final em forma de cogumelo atômico.

Claro que eu e você nos sentimos ameaçados, mesmo morando num dos paraísos da Amazônia, eles podem nos atingir. 

Viver nunca foi tão difícil como nos dias de hoje. Mas temos que cavar nossas trincheiras e resistir.  

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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