Quarta-feira, 26 de outubro de 2022 - 08h30
Substituiu-se a CF pela Resolução. Quebraram todas as
travas da Lei Maior inseridas como cláusulas pétreas. Subjugou-se o Senado da
República, desprezou-se o MPF, usurpou-se as garantias individuas dos cidadãos
e implantou-se a Ditatura Jurídica.
Assim, reimplantou-se a censura à imprensa, à liberdade de
opinião, ao crime sem lei que o defina, ao flagrante eterno, ao inquérito de
ofício sem participação do MP, ao fim da presunção de inocência, ao respeito ao
devido processo legal e ao desrespeito do acesso do advogado ao processo do seu
paciente constituído.
Pior: invade-se jurisdições, se governa, se legisla, se
impõe a proibição da verdade e do contraditório.
Mais grave: transforma-se o Excelso Supremo Tribunal
Federal numa mera bancada advocatícia em favor de uma causa, de um partido
político e de um candidato.
Mais grave ainda: nas trevas da insegurança jurídica
imposta, uma Resolução ou Regimento Interno vale mais que a Constituição Federal.
E um só homem determina o que pode e o que não pode o
brasileiro fazer ou dizer. Os outros, na sua maioria, sancionam, assinam em
baixo.
Um dos três poderes está rebelado. A Suprema Corte está
aviltada, o Senado humilhado e o Brasil enxovalhado.
É neste tenebroso quadro que os quase 160 milhões de
eleitores voltarão às urnas no próximo domingo, dia 30, para decidir que Brasil
querem hoje, para viver, e amanhã, para os seus filhos.
Um brasil dividido entre duas marcas: a vermelha com foice
e martelo ou o verde e amarelo com ‘Ordem e Progresso’
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