Terça-feira, 11 de outubro de 2016 - 05h03
Faz muitas eleições que não me sinto tão somente eleitor quanto nessa para prefeito de Porto Velho. Já não tenho filiação partidária há muitos anos. E não estou vinculado, por obrigação profissional, a nenhum dos candidatos dessa eleição.
Estou até gostando de sentir-me simples eleitor. Assim, como qualquer cidadão, terei que escolher entre duas pessoas que não conheço, nunca fui apresentado nem me apresentei, não sei onde moram, tampouco sei onde ficam seus escritórios de campanha.
Na verdade, estou tão distanciado do frenesi do fazer a campanha que nem os marqueteiros dos contendores conheço. Nem ouvir falar-lhes os nomes. Agora, assalta-me até uma dúvida: será que eles têm marqueteiros? Tenho visto no horário eleitoral um trabalho tão chinfrim...dá até dó.
O fato é que estou como todo cidadão comum: só sei o que escuto os outros e eles próprios falarem. Não sei nem quem são os jornalistas e fotógrafos que produzem as notícias sobre eles. E o que dizem, falam, escrevem é a verdade?
Um se vitima com queixas de estar sendo alvo de calúnia, difamação e ameaça a liberdade de imprensa: vou processar cada um que publicar inverdade. E não esconde que quer mais dinheiro embora já tenha tanto: vou exigir reparação financeira pelo sofrimento moral que me fizerem passar.
Ôpa! Cuidado colegas! Temos um intocável. Será? Quem entra na chuva é para se molhar, ou não?
Bom, isso não inabilita nem desmerece o direito ao pleito pretendido pelo candidato. Assim como não lhe tira os méritos que possa ter como gestor nem invalida suas boas intenções. Mas demonstra uma certa intolerância arrogante. O oposto da humildade que, por vezes, tenta passar. O tempo dirá.
Já o outro mantém um discurso com arroubos juvenis, demonstrando conhecimento da geografia da cidade, do município. Mas importante mesmo é conhecer a geografia humana, as dores, os desencantos e as aspirações de cada cidadão e cidadã portovelhense, não é mesmo? E ter solução para elas.
Aqui acolá resvalando para o pantanoso terreno da baixaria. De fato, por aí não dá. Então, que tal falar mesmo de projetos para tirar a Capital de Rondônia do atraso? Não é só dizer que tem projetos. Mas mostra-los, explicar-nos sua execução e dizer-nos de onde virá o dinheiro. É isso que nos fará decidir o voto. Eu tô nessa.
Você quer o meu voto? Então me convença com informação concreta. Não venha com poesia, cantoria, lorotas e loas. A hora não é para essas coisas. O momento é grave e o assunto é sério.
Vou até esquecer a bazófia dos dois: não tenho, não quero e não faço acordos com grupos políticos. Vou esquecer que por trás de um está o ex-senador Expedito Junior e por trás do outro se encontra o próximo ex-senador Ivo Cassol. Ambos com práticas que as justiças eleitoral e criminal condenaram.
Então vamos devagar que o andor é de barro. Eu só quero um prefeito que se faça respeitar por suas qualidades morais e conduta ética, justa, decente, honesta. Um gestor que nos orgulhe e não que nos humilhe.
Só quero um prefeito que, pelo seu estofo, leve as pessoas respeitarem as leis. Um executivo que ponha placa nas ruas e número nas casas, que recolha o lixo, acabe com os matagais urbanos e faça o cidadão limpar a frente da casa. Que ilumine a rua. Enfim, alguém que nos dignifique e não que nos envergonhe.
Venha conquistar o meu voto!
Osmar Silva – Jornalista – Presidente da Associação da Imprensa de Rondônia – sr.osmarsilva@gmail.com
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