Sexta-feira, 7 de outubro de 2011 - 05h07
Uma das coisas mais importantes do sistema democrático é o direito à liberdade de opinião e de escolhas. Está assegurado na nossa constitução. Mas, como tudo na vida, esse direito exige prudência e coerência no seu exercício. Esse binômio gera credibilidade e respeito nas atitudes de quem o exerce. Entretanto não é o que vemos no comportamento de algumas lideranças políticas de Rondônia a quem cabe, por dever de ofício, dá exemplos de princípios éticos. Picados pela mosca azul, expõem, descaradamente, suas ilimitadas ambições de poder, vazios de propostas sérias e carentes de bandeiras legítimas.
Bom exemplo disso é a transferência do deputado Hermínio Coelho para o partido do senhor Cassab, a novidade política do momento. Não pelo fato de deixar o Partido dos Trabalhadores que o gestou, alimentou e o fez crescer. Mas pelo modo com que está chutando o prato que comeu e o nutriu até aqui, em sua caminhada para o novo PSD. Verdadeiro gavião carcará, dilacerando a mão que o alimentou. Você confiaria em alguém com esse comportamento?
Alguém mudar, com mandato e tudo, da direita para a esquerda, convenhamos, não é coerente. Até porque o mandato pertence ao partido e não à pessoa. Numa situação negociada, pacífica, o partido poderá até abrir mão do diploma. Mas não é esse o caso. É exatamente o contrário. No afã de criar distância, afastar-se dos seus gestores e gerar discurso apropriado ao seu interesse de conquistar o palácio municipal a qualquer custo, o parlamentar deixa a casa que o acolheu jogando merda nas paredes e na cara dos que o adotaram. Espantoso a ausência de senso ético e de respeito aos eleitores que elegeram um ‘companheiro’ e têm, agora, um inimigo feroz, destilando veneno nos cantos da boca.
Outros trilharam esse caminho e se deram mal. Bem mal. Exemplos? Mauro Nazif e Carlinhos Camurça. O primeiro teve a eleição de prefeito de Porto Velho nas mãos. Seu índice de aceitação estava nas alturas. Fez um acordo de escorpião com sapo e ganhou a ferroado do escorpião em pleno vôo. Perdeu a eleição para o desconhecido Roberto Sobrinho, lembram? E quase desapareceu. O segundo, na condição de prefeito visitou bairro por bairro de Porto Velho esculhambando o governador Ivo Cassol. Na última eleição bandeou-se para as hordas cassolistas na esperança de virar deputado estadual. Teve menos voto que alguns suplentes de vereador. E olha que o homem já foi deputado federal e prefeito de dois mandatos.
Lógico que o prefeito Roberto Sobrinho tem qualidades e falhas. Eu mesmo já apontei algumas nesse espaço. Qualquer Zé Ruela tem o direito de apontar os erros do prefeito. Menos o personagem analisado. E sabem por que? Porque ele abonou com palavras, votos e presença física todos os atos do prefeito do seu partido. Aprovou como vereador e como presidente da Câmara Municipal. Até ontem, estiveram juntos nos palanques de campanha dos últimos dez anos e nas solenidades da Prefeitura e do Partido dos Trabalhadores. Isso lhe tira toda e qualquer credibilidade para as críticas que faz. E lhe fará descobrir que não será um passeio a conquista do executivo municipal. Como foi, até agora, os mandatos de vereador e deputado, com os quais nem sonhava quando estava sentado no banco de cobrador de ônibus, recém chegado de ‘Sun Paulo’.
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Fonte: Jornalista Osmar Silva/DRT 1035 - sr.osmarsilva@gmail.com
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