Sexta-feira, 20 de abril de 2012 - 17h31
Nascido e criado até os 12 anos na bucólica Amambai, cidade da fronteira do Mato Grosso do Sul com o Paraguai, pai dos meninos João Marcos e Áquila, e casado com a senhora Elda Ana, o servidor Antônio Marcos Martins Manvailer é um típico exemplo dos muitos brasileiros que vêm de mala e cuia para Rondônia e aqui, passados alguns anos, encontram o caminho para a realização de seus sonhos. Atual servidor da Justiça Federal rondoniense, onde ocupa o cargo de Oficial de Justiça, Manvailer está a poucos passos de realizar o seu sonho, que é se tornar efetivamente um membro do Ministério Público Federal, já que seu nome consta na lista de aprovados do último concurso para provimento de cargo da Procuradoria da República e ele está esperando apenas o ato de posse, o que pode acontecer na semana que vem. Ele é um rondoniano brilhando no cenário jurídico nacional.
Filho do senhor Avarde Bambil Manvailer e de dona Eroni Martins Manvailer, ele fincou âncoras por estas paragens aos 16 anos, em 1986, vindo de Campo Grande/MS. Dois anos depois, já prestando serviço militar na amazônia, Manvailer começa a colecionar suas primeiras vitórias (foi condecorado com honra e mérito de soldado padrão, ganhando também medalha de prata como 2º melhor combatente da 17ª Brigada de Infantaria de Selva) e derrotas (depois de trabalhar como comerciário, tornou-se microempresário e em seguida foi à falência, tendo, ato contínuo, vivido a experiência de vender panela e salada de frutas nas ruas de Porto Velho, para garantir a sobrevivência da prole). Casado e concluindo “mal e porcamente” o 2º grau aos 24 anos, Manvailer viveu nessa época uma das piores crises de sua vida.Com ajuda do irmão, Carlos Manvailer, o futuro Procurador da República passou a trabalhar numa lanchonete, instalada dentro da Assembléia Legislativa. Iniciou o curso de Educação Física na UNIR, mas teve de abandonar o estudo superior para se dedicar ao trabalho, fonte de manutenção material da família. Ao prestar seu primeiro concurso público, para o cargo de Comissário de Menores do Tribunal de Justiça do Estado, o Manvailer errou quase todas as questões da prova – foi um desastre, segundo ele. Perseverante, ele se reabilitou no ano seguinte, passando no concurso do Tribunal Regional Eleitoral, mas não conseguiu vaga. Trabalhando na lanchonete e estudando ao mesmo tempo, fez no ano de 1996 a sua melhor colheita intelectual: passou nos concursos do Tribunal de Justiça/RO, do Tribunal Regional do Trabalho e da Justiça Federal, onde trabalhou no setor de serviços gerais, distribuição e na seção de cadastro.
Em 1997, ele aproveitou o embalo e ingressou no curso de Direito da Universidade Federal e na Seção Judiciária de Rodôndonia. Tornou-se Oficial de Justiça no ano de 2002, quando também colou grau no curso de Direito da Unir. Passou, então, a prestar concurso para a magistratura, uma de suas ambições profissionais, despois de ter abandonado a idéia de seguir a carreira militar. A partir de 2010/2011, focou a jornada de estudo para os cargos da Procuradoria da República, tendo chegado à conclusão que se identificava com a carreira. Foi aprovado. Mas seu maior concurso existencial não foi esse, ocorreu lá na infância quando tinha apenas duas semanas de vida e teve de verncer um tétano no cordão umbilical. Ao ser levado a um médico, este teria dito:”é melhor levar a criança pra morrer em casa porque esse caso não tem mais jeito, o têtano já travou seus maxilares, ele não em como se alimentar e morrerá em pouco tempo; não tem mais jeito, não”. Teve. Sua mãe, Dona Eroni, religiosa, encomendou sua vida a Deus, enquanto benzendeiras passavam óleo de copaíba no seu umbigo enfermo. O rebento prosperou e venceu a morte. Mas ela voltou a desafiar Manvailer: anos mais tarde, foi acometido de uma pancreatite cujo índice de mortalidade era de quase cem por cento. Novamente Dona Eroni invocou os cuidados do Criador para com seu filho – e as suas preces foram atendidas. Estavam abertos os caminhos da carreira do Ministério Público Federal para o servidor que, com um pé na estrada, o apoio pedagógico do professor Francisco Marinho e o coração apoiado em Deus, venceu duas vezes a morte iminente e se fez Procurador da República Federativa do Brasil.
Fonte: Antônio Serpa do Amaral Filho
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