Terça-feira, 4 de março de 2008 - 14h05
Dois corpos celestes nos acompanham desde os primeiros dias do nascimento do mundo: o sol e a lua. Deus os colocou no firmamento para iluminar a terra e com a função de regular o dia e a noite. E Deus viu que era bom. Houve uma tarde e manhã: foi o quarto dia.
Dois luzeiros. Uma estrela de quinta grandeza e um satélite natural da terra - nos ensina a astronomia com seu requinte terminológico.
Para a poesia, porém, a lua continua sendo a eterna musa dos enamorados, elemento inspirador dos escribas românticos em todas as épocas. O sol, com seu esplendor enigmático, também motiva aos cancioneiros, poetas e repentistas de todos os quadrantes da terra a produzirem obras sobre sua figura exuberante.
Foram criados para separa o dia da noite, marcar festas, dias e anos. Organizar o caos.
Assim, ganhamos em dádiva do Criador o Irmão Sol e a irmã Lua - diriam os naturalistas. Nessa sucessão interminável, o novo dia parece não ter pressa, mas de madrugada a noite, cansada e sonolenta, procura debalde livrar-se do encargo determinado pelo Senhor das Esferas, que quiçá tenha ordenado a ela, noite, dormir somente quando o dia chegar, para que o homem não fique só, não pereça ou enlouqueça ante à intemporalidade. Assim, o homem nunca está só. Tem sempre o irmão Sol ou a irmã Lua como companhia. Dois pólos distintos a nos sinalizar metaforicamente que os diferentes também podem compor a harmonia, cada qual segundo a função desenhada pelo Criador. Latu sensu, vemos o princípio do masculino e do feminino representados nos dois corpos celestes. Dois luzeiros a inspirar os caminhos do homem e da mulher na vida terrena, caminhos às vezes tortuosos, pecaminosos e de difícil doma e jornada. Mais uma vez Deus coloca em nossa morada astros luminosos, como que querendo nos dizer que se não tivermos luzes durante o trajeto da existência, certamente cederemos às tentações, seremos fracos e nos submeteremos aos vícios, aos prazeres e às ideologias que escravizam a espécie humana. Bebamos, pois, na luz da eterna bondade para sermos também bons para conosco e para com o próximo. Os presentes divinos adornam os céus até hoje: O Irmão Sol e a Irmã Lua, espelho de luz e liberdade a inspirar os guerreiros da paz!
Para saudar este Quarto dia Criação, chamemos o cancioneiro popular Luiz Ramalho para falar dos primeiros tempos em verso e prosa:
Foi Deus que fez o céu, o rancho das estrelas
Fez também o seresteiro para conversar com elas
Fez a lua que prateia minha estrada de sorrisos
E a serpente que expulsou mais de um milhão do paraíso
Foi Deus quem fez você
Foi Deus que fez o amor
Fez nascer a eternidade num momento de carinho
Fez até o anonimato dos afetos escondidos
E a saudade dos amores que já foram destruídos
Foi Deus
Foi Deus que fez o vento
Que sopra os teus cabelos
Foi Deus quem fez o orvalho
Que molha o teu olhar, teu olhar
Foi Deus que fez a noite
E o violão plangente
Foi Deus que fez a gente
Somente para amar, só para amar
Só para amar
Fonte: Antônio Serpa do Amaral Filho
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