Sexta-feira, 30 de setembro de 2011 - 06h00
inacessível mulher que não vens nunca
em solo jazz teu corpo por trás da cortina das quatro estações,
tu, que és miragem no oásis itinerante
em tarde desnuda, bêbada e medíocre
mulher sem rosto, fêmea vadia e indecifrável,
musa de um samba quadrado,
pétala de rosa mística de impalpável aroma,
ilusão ótica de um espírito tomado pelo devaneio
onde estás que não te encontro?
em que praça ou jardim da babilônia tu te mostras ao sol,
à lua e aos homens cegos?
tormenta pavorosa de minhas noites mal dormidas;
acenas e te ocultas na esquina do tempo,
me cativas e me abandonas,
me persegues e me condenas ao inferno da solidão.
que te achem meus braços no meio da chuva de lástimas,
e te encontre minha boca sedenta de luz,
e te toque meu corpo escravo da dor,
e te louve funesto meu canto de morte,
e te ache meu ser perdido por entre a multidão atônita,
e te veja minha dor presa na garganta,
que te fale meus lábios ressecados de tanto calor,
e te choque a ferida de minh’alma;
só assim quem sabe volte a sorrir meu riso,
volte a cantar meu canto,
a ver meus olhos,
bater meu coração,
pulsar meu espírito,
sentir meu corpo,
calar meu silêncio,
brilhar meu ser,
correr minha criança,
viver minha vida,
sonhar meu sonho,
amar meu amor
e renascer minha esperança cretina...
Fonte: Antonio Serpa do Amaral Filho / antonio.serpa@trf1.gov.br
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