Quinta-feira, 8 de maio de 2008 - 16h17
A torcida do flamengo é um estado de espírito. O lendário time da estrela solitária, que já teve lá seus dias de glória, teve de baixar a bola e se entregar às habilidades do Bicampeão. Se a Seleção Canarinho é a pátria de chuteiras, o Flamengo em campo é a própria alma da nação brasileira em festa. O Flamengo é a cara do Brasil.
Nascido de um pequeno grupo de remadores que se reuniam no Café Lamas, no Largo do Machado, o Flamengo mobiliza hoje a maior torcida do Brasil: a festiva nação rubro-negra.
Todos os times provocam paixões nos seus torcedores, mas nenhum com tamanha grandiloqüência, com ilimitada alegria e incomensurável cumplicidade emotiva. O flamenguista, via de regra, é o mais apaixonado dos torcedores tupiniquins. Apesar das provocações que aparecem de todos os flancos, quando o assunto é futebol, principalmente em mesa de bar, o flamenguista é um sujeito cortês, brincalhão e orgulhoso de pertencer à Maior Torcida do Mundo. E se tem Obina no gramado, tem gol e um título de Bicampeão da Taça Guanabara, então aí é que vale a pena ostentar as cores do esquadrão pelas ruas da cidade.
A televisão só chegou aqui em Porto Velho em 1972. A Copa de 1970, em Guadalajara, no México, de onde saímos tricampeões mundiais, foi “assistida” aqui pelos guaporés através dos locutores das rádios Globo, Tupi e Bandeirantes. A cidade era pequena, mas o futebol aqui praticado era grande. Aos domingos, no Aluizão, tínhamos sempre uma boa partida de futebol. Ferroviário, Ypiranga, São Raimundo, Moto Clube, Botafogo e Flamengo, dentre outros, eram as agremiações que faziam a alegria do povo, nas performances de Bacu, Gervázio, Faz-tudo, Gainete, Válter Santos e Meireles. Já naqueles antigamentes a torcida do Flamengo mostrava o calor da sua presença, seja para torcer pro o time local, seja para torcer pelo Flamengo do Rio de Janeiro. A nacionalidade tupininquim deve muito à obra de unificação nacional empreendida pela torcida do flamengo.
Salve Obina, o bem-amado da torcida do Flamengo. Com ele em campo, a galera vai ao delírio. Nossos ídolos são os mesmos, semi-deuses batendo olímpicas peladas nos gramados da pátria do futebol. Obina vem crescendo e dá pra perceber sua vontade de ser lembrado como um craque da estirpe de Zico, Fio Maravilha e Júnior.
O futebol do Flamengo nasceu em 1911 de uma histórica dissidência germinada dentro do Fluminense. Houve um tempo em que o Fla-Flu era a partida mais importante do campeonato brasileiro. Mas quem deu gosto de vitória ao bi da torcida flamenguista foi o botafogo de Garrincha, Nilton Santos e Didi. Por isso o povo nas ruas festeja e deixa a criatividade jorrar em cada esquina, comemorando a vitória do mais querido do Brasil, o imbatível esquadrão rubro-negro. Vejam a criatividade do flamenguista. A cena foi fotografada na giratória que conflui a rua Campos Sales e a BR 364. O fato é que todo mundo torce para o Flamengo. Se Deus é brasileiro, também é flamenguista!
Fonte/ Fotos: Antônio Serpa do Amaral Filho
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