Quinta-feira, 22 de novembro de 2007 - 21h33
Para acomodar interesses de nações,
instalou-se a Estrada de Ferro no coração da selva.
Com ela, veio o homem.
Com o homem, o amontoado, que se fez casario, vilarejo e posteriormente cidade.
Cosmopolita, por sinal, feito uma babel de inúmeros falares, múltiplos costumes, culturas e anseios. Iniciou-se, então, o inexorável processo civilizatório às barrancas do pachorrento Rio Madeira - testemunha silenciosa da luta entre o homem e a natureza hostil,
entre o homem e o homem, dizimando a nação Karipuna;
entre o homem e a peste, vitimando milhares de combatentes de um exército ensandecido e quixotesco, comandado por Percival Farqhuar.
Desse amor em desatino do Homem pela exploração econômica de sua Estrada nos sertões bravios da amazônia, nasceu o rebento Porto Velho.
UM SÉCULO DE HISTÓRIA
A FESTA QUE NÃO HOUVE
De: Heitor Almeida & Serpa do Amaral
O aniversário que não teve
Será que é mil novecentos e sete?
Ou será é mil novecentos e oito?
Pois para os convidados
Vamos servir sucos, guaraná, coca-cola e biscoito
Armaram a festa toda
Com velas, bolos, trilhos e trem
Mas que aniversário é este que não tem?
Então vamos chamar os jornalista, a televisão
Os historiadores, pesquisadores também
Mas que aniversário é este que não tem?
Então vamos achar uma solução
Porém, cadê o aniversariante que não vem
Vamos chamar o Velho Pimentel
E o Porto Velho também
Mas por favor vamos chegar a uma conclusão
Pois ano que vem como caboclo e filho da terra
Quero comemorar teu aniversário, Porto Velho
Em frente à velha Estação
E que não me venha a Yêdda me meter em discussão
Cidade dos meus amores, da Nova Jerusalém
Quero cantar-te em louvores
Chorar minhas mágoas e dores
E te cantar parabéns
Mas como, se os pesquisadores não chegam a uma conclusão?
Se és centenária este ano, se a tua história contém
Pimentéis de toda sorte, Rondons e Aluizão
Mitos de muitas faces que não agradam a ninguém
Parece que não nasceste, surgiste no mundo a rodar
Não foste criança nem nada
Vieste de qualquer lugar
Comprei um bolo moka e gastei todo o meu vintém
Queria comemorar teus 100 anos
Mas como se aniversariante não tem?
Fonte: Antônio Serpa do Amaral Filho
No infortúnio da solidão atroz, o jeito é quedar-se nu com a mão no bolso, olhando para as impassíveis paredes que miram, espiam a gente até de rabo
Um dia da caça, outro dos “povos novos”, de Darcy Ribeiro
Num primeiro voo de radiofusão para além das plagas amazônidas, a Música Popular de Rondônia começou a ser mostrada na Rádio BBmusic, da cidade Búzi
As lágrimas internacionais que choraram a morte do poeta
A democracia voltou a ser ameaçada no país cujo nome é uma homenagem a Símon Bolívar, o Libertador das Américas. Com essa última quartelada, já são
Os homens do poder sempre passarão; o bom humor, passarim!
Apesar do vazio cultural, da perda irreparável para o humanismo e para a criatividade brasileira e do profundo incômodo emocional provocado pela par