Sábado, 4 de maio de 2013 - 11h08
Um ano de coluna é muito tempo, para mim significa que produzi bastante neste último ano, porque escrevi quase que diariamente, se somarmos todos os textos publicados.
É claro que já havia escrito em outros veículos de comunicação, impressos ou digitais. Aliás, nem sei o que foi que já publiquei, porque escrever para mim é um prazer, uma espécie de terapia, uma compulsão para conversar por escrito. É isso, para quem gosta, escrever é conversar por escrito. Talvez esta tenha sido a lição que melhor aprendi neste ano de produção.
Em todo caso, além da companhia do Chico Lemos nesse tempo todo – uma pessoa e um profissional realmente singular em Rondônia, pela seriedade, honestidade e competência –, o que mais se alterou na rotina é o fato de ter publicado diariamente.
Como falei, já havia escrito em jornais – em um deles, em Marília/São Paulo, escrevi por quase dez anos –, mas publicava semanalmente. É muito diferente em termos de energia (e até de estresse) escrever e publicar uma vez por semana, ao contrário de fazer isso todo dia.
Ainda é preciso lembrar que para publicar é preciso reler, rever, corrigir o texto e, às vezes, fazemos isso quatro ou cinco vezes. Certamente, não foi uma ou duas vezes em que li e reli quatro ou cinco vezes o mesmo texto para ser enviado à redação – e mesmo assim, depois de publicado, você continua localizando imperfeições.
O que estou dizendo é que a coluna assinada por mim no site foi uma escola. Aprendi a escrever com minha primeira mulher, uma jornalista competente que me estimulava mas que cobrava muito. Com minha atual esposa aprendi e tento desenvolver a habilidade de escrever sobre temas técnicos para um público bastante vasto e leigo.
A coluna ainda me obrigou a manter certa rotina. A disciplina necessária para produzir às vezes é estressante. Há dias em que você escreve dois textos. Em outros, você nem abre o computador. Nem sempre guardamos um dos dois textos escritos. Às vezes, o texto envelhece de um dia para o outro. Se você descuidar, o trabalho dobrado de ontem já era. Aí hoje tem outra necessidade.
Esse modo de escrever parágrafos muito curtos, de quatro ou cinco palavras aprendi com Paulo Francis, antigo correspondente nos EUA. Discordava de tudo que ele escrevia, mas lia todo dia, exatamente para aprender o bom português aplicado a uma métrica do cotidiano.
Todo tempo de aprendizado é excelente e nos marca em definitivo, mas no começo – quando parece (só parece) que o desafio é maior – as marcas ficam mais quentes na nossa mente. De qualquer modo, hoje a coluna é uma parte de mim, está empregada no dia a dia. De manhã, antes de ler as notícias já estou pensando no que escrever ou rever para enviar à redação.
É uma das poucas rotinas que consigo suportar. Na verdade, toda rotina me chateia demais. Mas, escrever é uma conversa que tenho todo dia com você. Por isso, não me canso. Espero estar aqui com você neste segundo ano. Obrigado a todos por esse feito. Também porque pude escrever e publicar todo dia, com total liberdade, sem nenhuma encomenda de censura, hoje sou melhor do que ontem.
Vinício Carrilho Martinez
Professor Adjunto III da Universidade Federal de Rondônia - UFRO
Departamento de Ciências Jurídicas/DCJ
Pós-Doutor pela UNESP/SP
Doutor pela Universidade de São Paulo
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