Domingo, 8 de fevereiro de 2015 - 12h11
É claro que é difícil, e poderia ser bem mais fácil e melhor...muito melhor, mas, na falta de algo melhor, é preciso acreditar na política. Mesmo não acreditando nos políticos – inclusive porque em sua maioria representam interesses mesquinhos, escusos ou de poucos –, precisamos nos apoiar no sistema político vigente. Não há revolução social à vista que mude o panorama e, por isso, acreditando, podemos pressionar por reformas desse sistema político combalido, cheio de compadrios, que só reza a cartilha do toma-lá, dá-cá.
Infelizmente o nosso sistema político vigente não permite soluções imediatas, quiçá a longo prazo. Todavia, são reformas urgentes e necessárias, a fim de, inclusive – ou sobretudo –, barrarmos qualquer chance de volta à ditadura civil ou militar.
Em tempos de grave crise moral, econômica, social e política, como esta que enfrentamos, os grandes (?) lideres estão jogando para torcida, novamente... Os interesses e as vaidades estão sobrepondo-se aos interesses nacionais. É uma pena. O Congresso Nacional e as casas legislativas, no Brasil, deixaram de ser a Casa do Povo, para se tornarem a casa de ninguém ou dos que podem pagar pela chave que dá acesso. O povo, do lado de cá, diz sempre o mesmo: “Tá difícil acreditar nos políticos...”
Contudo, temos de perseverar na preservação da cidadania e na consolidação da democracia brasileira. Aqueles que conheceram ou vivenciaram a parte cruel da ditadura, bem como lutaram pelas liberdades e pelo resgate dos direitos dos cidadãos, com certeza, entenderam a mensagem e concordam com os esforços de todos os brasileiros de boa vontade e que lutam, ainda, para a consolidação da jovem democracia de nosso país.
Quanto à corrupção tão em voga em nosso tempo, sem dúvidas, esse é um mal dos piores, mas, há meios para sua contenção; uma vez que, hoje, diferente do que aconteceu até 2003, existem leis, normas e meios estruturados, além de vontade política para enfrentá-la, prendendo e indiciando corruptos e corruptores.
Se a corrupção aparece e é combatida pela Polícia e Ministério Público, principalmente, não significa que antes fosse menor ou que não existisse, e sim, porque hoje pode ser enfrentada em tempo real. Suspeitos são investigados, envolvidos presos e/ou indiciados e julgados judicialmente, conforme seus atos.
O Brasil, realmente, está mudando, de vagar mas está; mudando de um cenário de injustiça para outro, por enquanto, menos injusto. O aperfeiçoamento desse processo não depende só dos outros, pois requer o protagonismo consciente do povo, de onde todo o poder emana e, em seu nome e para o nosso bem-estar, deve ser exercido.
Para salvar a República brasileira, precisamos de realismo, Justiça justa e informação política de qualidade – o que vem com educação e participação política. Participar da política, seja em qual nível for, é uma obrigação de todo cidadão. Temos que sair do sofá.
Sebastião Farias
Vinício Carrilho Martinez
Chico Lemos
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Vinício Carrilho Martinez (Dr.) Cientista Social e professor da UFSCar Márlon Pessanha Doutor em Ensino de CiênciasDocente da Universidade Federal de