Segunda-feira, 14 de novembro de 2016 - 00h10
Fome de você
Minha mulher, meu amor, minha rainha
Mordo a boca.
Mas não queria.
Mordo a boca porque tenho fome.
Fome da sua voz, minha rainha.
Molinha...
Fome do seu corpo.
Fome de comer cada suspiro de amor que possa tirar de você, meu amor.
Fome de ouvir, engolir cada suspiro da espera de um amor que não chega.
Fome de ouvir você comer o fone, minha mulher.
Fome de engolir você em meus sonhos de prazer e de amor louco.
Tenho tanta fome que não consigo comer.
Tenho tanta fome que me dá sede.
Tanta fome que encho a boca de saliva, ao pensar em seu nome.
Tamanha é a fome que só seu beijo saciaria.
Mas que não tive...
É fome de faminto, que sem o seu beijo morre de sede.
Mas não morrerei, porque a luta é a última que morre – depois de mim.
Fome de vida seca, sem ter com o que alimentar os dias.
Fome de quem quer comer uma vida pra chegar a você.
Fome ...
Fome de quem alimenta sonhos.
Fome de amor.
Fome do seu amor.
Fome de quem ama nem que seja pelo fone.
Hoje, comeria uma vida inteira pra ter minutos do seu amor doce e entregue.
Minha rainha...
Comeria cada palavra que dizem todos os poetas e os enamorados.
Comeria sabendo que nunca me saciaria, porque iria querer mais cada vez que acordasse desse sonho.
Você é minha, meu amor.
Um sonho que se come, mas não se consome.
Um sonho de fome, até que se consume.
Você é minha, meu amor.
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