Terça-feira, 4 de fevereiro de 2014 - 10h49
Os historiadores se dividem quanto à data exata do aniversário da cidade de Porto Velho, idem quanto ao seu nome se seria uma menção ao velho que cuidava do antigo porto da cidade ou uma referência ao velho porto da época ainda da lendária Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. O certo é: 99 ou 100 anos de Solidão e Abandono – parafraseando o escritor colombiano Grabriel García Marquez foi o que senti quando estive por aí visitando o velho portinho como bem diz meu primo Leoh!
Na verdade retornei depois de exatos 12 meses, em pleno aniversário da cidade – 24 de janeiro, que é abraçada pelo majestoso Rio Madeira e não vi muito para comemorar. Quando moramos em um local conseguimos ver pouco as melhorias, isto é fato, igual quando temos uma criança nova e todos dizem: Nossa como ele cresceu e você não consegue ver porque está com a visão “viciada”, mas quando passamos algum tempo fora chega a doer o que você consegue enxergar!
Os viadutos que deveriam fazer a diferença visual nas BR- 364- Cuiabá e 429- Acre são a prova do descaso e falto de comprometimento perpétuo das autoridades locais eleitas para aplicar com honestidade os recursos públicos sejam eles do Município, Estado ou da União.
Fiquei até feliz quando percorri uma parte do viaduto sentido Cuiabá – Porto Velho, pois há um ano ele estava em obras, entretanto achei lamentável as anilhas ao redor do acostamento que indicam a imprudência dos motoristas; a vista dos comércios ao redor da BR, em frente a buracos, lama e aterros...
Também achei triste ver condomínios ditos de luxo no bairro da Lagoa com ruas asfaltadas cheias de buracos, lama e lixo jogado na calçada que estão à venda por uma média de R$ 350 mil reais chegando até R$ 600 mil?!?!? Sério? Porto Velho sempre teve uma especulação imobiliária “sui generis” do Brasil. Enquanto no restante do País os imóveis com vista para o mar no Nordeste, em ruas pavimentadas com saneamento básico e infraestrutura em média custam R$ 250 mil, nesta cidade que cresci e vivi parte de minha vida adulta – que ainda sofre com 80% de ausência de saneamento básico, infraestrutura e água tratada nos lares, os valores mesmo depois da dita bolha imobiliária ter passado continua lá em cima.
Ruim também foi transitar por ruas antes “boas” na Nova Porto Velho é verificar buracos, buracos e nada de recapeamento. Mas você não encontrou nada de positivo de bom, você leitor está se perguntando certamente. Sim! Vi com prazer áreas de lazer e atividades esportivas que são comuns em cidades pequenas como Altamira (PA), onde resido atualmente e em Goiânia, onde nasci. Estas áreas em bairros como a zona Leste fazem a diferença na vida dos moradores e melhor ainda foi vê-las repleta de crianças e adolescentes!
Agora para os 100 ou 101 anos de Porto Velho deixar de ser de solidão e abandono depende de nós – eu ainda não troquei o endereço eleitoral, votar consciente com consciência! Sem modismos, sem poucas compensações individuais – negociação de voto por rua asfaltada, por dinheiro, por emprego, por amizade... Votar pensando e esperando que o candidato realmente ame esta cidade e Estado, independente do local de origem dele! Já presenciamos migrantes
que nada fizeram quando eleitos, porto-velhenses (ribeirinhos) e rondonienses que só tiveram discursos difamatórios dos outros candidatos.
Eu ainda acredito na democracia, não nos partidos, não no político legal que bate nas suas costas e beija seus filhos quando está pedindo votos. Eu acredito no político ser humano, honesto, temente a Deus – sem oportunismo eleitoreiro! Eu acredito que Porto Velho, berço do rio Madeira, da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, do Complexo Hidrelétrico Rio Madeira merece o melhor, pois todos que moramos aí somos os melhores quando acreditamos sê-los. Que venha 100 ou 101 anos de Companhia e Desenvolvimento.
É isto por esta semana!
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