Quinta-feira, 28 de janeiro de 2016 - 13h06
Em 2015, 1.010 trabalhadores foram resgatados pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social em condições de escravidão. O número altíssimo para um País que aboliu a escravidão há exatos 128 anosé alarmante! Osauditores fiscais do trabalho identificaram em 90,dos 257 estabelecimentos vistoriados vítimas dessa escravidão moderna.
Pior é saber que o dia 28 de janeiro foi dedicado ao Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo pelo assassinato dos auditores fiscais Eratóstenes de Almeida Gonsalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva e o motorista Ailton Pereira de Oliveira, em 2004 quando investigavam denúncias de trabalho escravo em fazendas na cidade mineira de Unaí, episódio conhecido como Chacina de Unaí.
A maioria dos resgates acontecem nos setores da Construção, Civil e Têxtil e mais recentemente na área marítima, com trabalhadores de cruzeiros brasileiros e estrangeiros.
Eu até gostaria de realizar uma viajem em um cruzeiro, ao menos aqui no Brasil, mas de repente eu me sentiria cúmplice dessa atrocidade. Imaginei o Titanic, filme mesmo, com suas diferenças sociais. Na parte de cima, a classe mais favorecida e embaixo os trabalhadores escravos. Claro que estou radicalizando, não deve e não pode acontecer em todos esses navios que vemos nas propagadas das luxuosas viagens...
Aí eu também teria que começar a andar nua, pois na indústria têxtil foi denunciado o caso da loja Daslu em 2013, onde em suas facções – entendam, confecções específicas de roupas, foram resgatados trabalhadores oriundos do Peru, Bolívia e Paraguai, em locais insalubres, trancafiados e sem ventilação em bairros centrais de São Paulo como: Pari, Brás e Bom Retiro.
O que é afinal considerado trabalho escravo pelo Ministério do Trabalho?! É uma jornada diária de 14 a 16 horas sem acesso aos direitos trabalhistas vigentes no País. Só em São Paulo existem ainda entre 8 a 10 mil oficinas de costuras clandestinas, ocupadas em sua maioria por estrangeiros. OK. Mas não são brasileiros. Errado. São seres humanos escravizados, não importa se são bolivianos ou brasileiros.
Em 2014, o Brasil melhorou sua posição no ranking mundial de trabalho escravo segundo a organização não governamental Walk Free Foudation, passando da 94ª posição para a 143ª, no relatório daquele ano. Os dados de 2015 ainda não estão consolidados.
Para a consciência pesar menos saibam: Depois da Europa com 1,6%, o continente Americano é o que possui a menor prevalência de escravidão moderna, com 3,6% do total mundial 1,28 milhões de pessoas, homens, mulheres e crianças vítimas de exploração, principalmente na atividade agrícola.
Sabe o que é pior?! É saber que essa situação piora em momentos de crises econômicas... Então, muita consciência para todos que veem esta pratica de crime e concorda e principalmente perdão para aqueles que a pratica.
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