Quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 - 05h06
Quatro anos e meio, 54 meses, 13,5 semanas e 1.620 dias e tantas horas - que deixei de contar, longe de Porto Velho e agora retornei!
Nas últimas duas semanas estive envolvida com a arrumação da casa que construí e até agora não tinha morado e umas 30 caixas vindas de Altamira (PA), meu lar nos últimos tempos. Poucos amigos sabiam do meu retorno e eu mesma só tive consciência dele nos últimos cinco meses. Eu e meu marido erámos uns, dos mais de 32 mil trabalhadores diretos e indiretos da UHE Belo Monte e nossos contratos deveriam findar apenas em 2019. A Lava Jato e outras tantas operações contra corrupção no País anteciparam desmobilizações e demissões em massa e, levando-se em consideração que a Usina Belo Monte está sendo construída por todas construtoras investigadas não é difícil imaginar o óbvio...
Meu planejamento ao longo prazo não envolvia um retorno para Porto Velho, onde fui criada e sim para Goiânia, minha terra natal. Mas, sou crente o suficiente nos designíos do Criador para saber que Ele tem seus motivos. Por um ano tentei vender minha casa daqui, sem sucesso e nessa época já senti que meus planos teriam um rumo diferente”.
Em julho deste ano estava previsto o lançamento de meu livro infantil “Enaiviv”, e de novo, o universo alterou algumas peças e não foi possível.
Esse momento relevante aconteceria aqui, apesar do ciúme de amigos paraenses e parentes goianos e mineiros, por tudo que vivi em Rondônia: início de minha vida profissional, nascimento de meus filhos, morte de minha mãe e amigos...
Gostaria de, aos 41 anos, ser resiliente o suficiente para aceitar as mudanças sem aquele pavor típico dos adolescentes, e nem sofro ao admitir que esteja longe desta conquista. Sofri, chorei, estressei e compartilhei minha amargura com amigos de Altamira e Porto Velho, e parentes em Goiânia para diminuir a carga nas minhas costas. Resolveu?! Sim, felizmente, sim.
Fui abraçada pelo Rio Madeira e recepcionada carinhosamente por amigos e vizinhos que me cederam seus lares para que eu organizasse minha casa confortavelmente, pois meu pai mudou de cidade no início de dezembro e eu e minha família estávamos “desabrigadas”.
Já instalada no meu lar doce lar, onde toda a energia positiva e bênçãos reinam, admito: era o momento certo! Meu filho de 11 anos está muito feliz em retornar para sua “ casa própria”, moramos em uma vila residencial da obra nos últimos anos; minha filha permanece por mais um tempo em Altamira city até concluir o curso de Engenharia Agrônoma na Universidade Federal do Pará; eu que teria que passar uma temporada distante da família, indo e vindo do Pará para Rondônia para conciliar duas consultorias, permanecerei apenas por aqui com dedicação exclusiva. E, vem aí mais um registro bacana da nossa história!
No final de janeiro, a Chiado Editora, irá lançar Enaiviv, em Porto Velho, mas o livro já está sendo comercializado em Angola, Cabo Verde e Portugal no site da editora: www.chiadoeditora.com
A pisciana que sou, bebeu água do rio Madeira e como nós, da terrinha bem sabemos, quem bebe dessa água não vai embora. Voltei...
Retrospectiva dos artigos de 2012 a 2024: Viviane V A Paes
Quem é da “minha época”, como costumam dizer por aí, nascido ou criado em Rondônia, lembra dos cadernos especiais de Retrospectiva dos jornais locai
Histórias da Energia de Rondônia, vale muito conhecer!
Iniciei há três semanas em meu podcast: o VivicaCast – Sistematizando à Vida, uma série de leituras do livro “Memória da Energia Elétrica em Rondôni
Estiagem Amazônica, a conta já chegou?! Meio Ambiente
O Rio Madeira é um dos maiores rios do mundo e passa por três países: Brasil, Bolívia e Peru. Sua profundidade varia de acordo com as estações seca
Estiagem Amazônica: a conta já chegou?! Consumidor
Sim! A famigerada cobrança dos danos ambientais: desmatamento, poluição desenfreada, do homem contra o meio ambiente tem chegado, nas últimas décad