Segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015 - 16h17
Deus, a natureza, São Pedro, as forças místicas ou quem mais você acredite que seja responsável pela falta de água no Sudeste, enquanto no Norte do Brasil ela é abundante no mesmo período do ano, sabe o que faz.
Hoje assistindo o noticiário matutino fiquei estarrecida e indignada com uma matéria sobre o tema da falta de água em São Paulo, que tinha o objetivo de repassar orientações de uso consciente de água o ano inteiro, mas confesso: não processei as demais informações. A repórter mostrou uma família de quatro pessoas que cada uma gastava em média 25 minutos no banho?! Isto mesmo uma hora e quarenta minutos debaixo do chuveiro, por dia.
Primeiro o pensamento infame: que raios de sujeira é esta?! Depois a indignação. E aí piorou com as personagens seguintes da matéria, um grupo de quatro adolescentes. Teve uma que afirmou confiante a redução de 30 minutos de banho para 15. E isto não quer dizer ligar e desligar o chuveiro enquanto se ensaboa, não. É o chuveiro elétrico ligado direto mesmo! Desperdício duplo: água e energia elétrica.
Eu admito minha neurose com água e energia elétrica. É tão absurdo! Não tenho pudor nenhum em chegar à casa de amigos e sair desligando as luzes acessas durante o dia, com direito a sermão e tudo mais. Abuso falta de educação e uma consciência de que água é um bem finito. Trabalhando há 15 anos exclusivamente no setor elétrico adquiri esta neurose do bem, vamos assim dizer.
Somente quem vive nos grandes centros, uma grande parte, para não ser injusta, tem o mau hábito de desperdiçar o que não vê saindo da natureza ou sendo gerado em uma usina hidrelétrica ou térmica. Estas pessoas privilegiadas com conforto que saí da Floresta Amazônica, a mesma que juram proteger e preservar por ser politicamente e correto, são muito insanas! Querem proteger o nome do local perante a comunidade internacional, não os bens finitos que saem dela!
Sê houve um pecado grande que o então presidente Lula cometeu e a sua sucessora mantém é o esquecimento de campanhas educativas do uso consciente de energia elétrica e o de água. Não estou dizendo as campanhas publicitárias nas efemérides: Meio Ambiente, Dia Água entre outros... Estou lembrando programas consistentes educativos para crianças do ensino fundamental, aos adolescentes. Os adultos são uma consequência lógica do processo, mas já com ideias preconcebidas mais difíceis de cativar.
Sempre estou citando os mesmos programas: Procel – Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica, Prodeem – Programa de Desenvolvimento Energético de Estados e Municípios; Plamge – Programa Municipal de Gestão de Energia Elétrica, cuja adesão resultou em premiação internacional em Dubai aos municípios de Ariquemes e Candeias do Jamari (RO) e Ananindeua (PA), em 2007. Estas prefeituras adotaram as orientações de técnicos da Eletrobras/Eletronorte e conseguiriam reduzir 80% do consumo de energia elétrica dos prédios públicos! Isto mesmo, 80%. Os principais problemas eram a instalação elétrica inadequada, uso de lâmpadas comuns e é claro muito desperdício: prédios que permaneciam os finais de semana com todas as luzes e até sistema de ar-condicionado ligado. Um ingrediente especial do programa, a educação ambiental nas escolas do ensino fundamental é médio, através de jogos educativos e concursos.
Estes e outros projetos criados pelo Ministério de Minas e Energia e Eletrobrás são tão bons e atemporais deste e aquilo partido que jamais poderiam ser deixados de lado.
Não é somente o investimento no setor elétrico que irá garantir o crescimento econômico do Brasil, com energia segura. É uma população com consciência ambiental que fará a diferença! Os EUA que o digam. Eles aprenderam há muito tempo o que é não ter e por isso são os primeiros a levantar o estandarte dos programas de conservação do meio ambiente.
Os bons exemplos são contagiantes, no entanto os maus também não podem ser esquecidos. Principalmente quando sabemos aonde eles nos levam.
Boa semana de Carnaval para todos e um promissor 2015, afinal o ano no País do Carnaval começa oficialmente agora, não é isto?!?!
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