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Leo Ladeia

Política & Murupi - A difícil tarefa de transferir votos


Política & Murupi - A difícil tarefa de transferir votos - Gente de Opinião
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Não importa a avaliação positiva e o legado do prefeito Hildon Chaves após duas administrações de sucesso em Porto Velho. Na hora do voto impacta e agrega, mas o eleitor ontem estava votando noutra pessoa, como votaria noutro nome que por acaso ele indicasse. Para ser justo Hildon Chaves e aliados se aplicaram para definir a eleição logo no primeiro turno. Mas o voto é personalíssimo, ainda que boa parte dos votos que levaram a candidata Mariana ao segundo turno são fruto do legado do prefeito Hildon. Transferir votos é uma pedreira, que o diga Cassol.  Mariana e Leo Moraes vão encarar outra eleição e agora sozinhos, sem a ajuda daqueles candidatos a vereador que estavam ao lado dos dois fazendo o papel de cabos eleitorais. Os dois terão que manter para esta nova eleição os votos que foram obtidos e garimpar os quase 30% dos votos restantes que ficaram divididos entre os eleitores que queriam Célio, Euma, Benedito, Frota ou Samuel. É a caça ao tesouro com o mapa revelando onde está o ouro e a mina. É disso que se trata.  

1.1-       O “X” ausente da eleição brazuka

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Se você acreditava que algum ministro em defesa da democracia iria refrescar para Elon Musk & Cia permitindo que a plataforma “X” informasse o resultado da eleição no domingo, pela empresa banida da Terra Brasilis, desculpe a franqueza maluco, mas seus neurônios estão fora da lógica e órbita brazukas. O “X” por seus interpostos representantes liquidou as multas, pagando no caixa errado. Lembrei até da Lavajato e a história do CEP curitibano errado. Difícil de explicar, mas fácil de entender: Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal são parte, mas não um conglomerado financeiro. Têm nomes, endereços e acionistas diversos, ainda que a União seja a administradora dos dois. É bem diferente do “X” e da Starlink, duas empresas que têm nomes, endereços e acionistas diversos, inclusive Elon Musk, ainda que ele não seja o administrador de ambas que aliás têm objeto e negócios distintos e que em comum têm Elon Musk, o “cabra da peste” que achou possível encarar o sistema brazuka. Como se vê é tudo igual, mas muito diferente e a razão é simples. Por serem associadas mesmo não constituídas de fato como um grupo, pressupõe o colegiado do STF e não só um ministro, que sejam a Starlink, X, Musk e Dra Rachel um só rolo de cobra. Assim, quem pagou as multas no lugar errado cancela e faz no outro local até como aprendizado. E onde? Basta olhar as logomarcas. Uma é azul e a outra é amarela. Elon Musk que sabe fazer foguete que dá ré, nunca vai entender o sentido da frase “o Brasil não é para amadores”. Mas sabe que aqui “o buraco é mais embaixo” e que “o sistema é f(*)oda parceiro!”

1.1-       Saudável renovação na Câmara de Vereadores de PVH 

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Salvo raras exceções, o povo aplicou o corretivo democrático negando a reeleição  quem pouco ou nada fez na Câmara de Vereadores da capital na legislatura que finda. De 19 vereadores, só irão permanecer por mais um mandato, porém com o aviso implícito de que ao final de 4 anos serão de novo avaliados junto aos 15 novos que comporão a nova formação da Câmara. É um bom emprego. O salário, pago no dia certo, acrescido de verbas extras é acima da média para um trabalho que consiste em encaminhar proposições, analisar projetos e fiscalizar o que faz o executivo, que é frequentemente relegado como foi nesta legislatura. Não tenho anseios. Ulisses Guimarães disse: “Se você acha esse congresso ruim espere o próximo”. Tenho reservas quanto a alguns nomes que permaneceram e a alguns que iniciam. Aqui em Porto Velho a população ainda é pequena. Somos poucos, mas as redes sociais são muitas e mostram tudo sem filtro. Zé de Nana diz: “quem é da tribo, mas não conhece o cacique nem o pajé, da tribo não é”. Porto Velho é a nossa tribo. O povo é ligado. Vê, sabe e julga tudo que ocorre. Não se enganem.  

1.1-       A palavra tem força e o pau que bate em Chico...

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Em 2010 na campanha da Dilma, Lula disse: "...Luiz Henrique, pensei que ele ia mudar, mas trouxe o DEM que nós precisamos extirpar da política brasileira". O DEM mudou o nome mas vive. Na época do mensalão e petrolão falava-se da morte do PT, mas a política não é matemática. Nem o direito. Um “erro de CEP” e “tudo que se foi não é”, cantou Lulu Santos e Lula reabilitado dá continuidade a tudo que fez ou não fez como dantes. O PFL, virou DEM que hoje é União Brasil e abriga o herdeiro do pefelista ACM, Toninho Malvadeza, sem perder a ideologia liberal. Aliás, a sua última alteração foi a fusão com o PSL-Partido Social Liberal. Já o PT seguiu um outro caminho e depois de expurgos que resultaram na criação de partidos satélites, continuou na mesma toada e hoje assiste, talvez de forma definitiva, o começo do seu fim. O PT fez e numa aposta alta e muito boa vontade, pode fazer apenas 4 de 26 capitais: Cuiabá, Fortaleza, Natal e Porto Alegre, mas vai ser preciso remar muito. Lula não tem sucessores e ninguém cresce à sua sombra. A possível salvação do PT é São Paulo com o seu puxadinho Psol. Claro  que o PT tem uma narrativa de que o foco desta eleição eram as cidades menores. Se era esta a ideia, não funcionou. Dizem que praga de defunto pega. Será praga do falecido Jorge Bornhausen do ressurrecto DEM? E seguindo a máxima de que a palavra tem força, “o pau que dá em Chico dá em Francisco”. Pois é, está dando.

02-    Penúltimo pingo  

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Para o bem ou mal de São Paulo, Pablo Marçal está fora da disputa para prefeito, mas traz 1.710.958 votos e tecnicamente ficou embolado com Nunes que disputou a reeleição e Boulos. Marçal deu um nó na cabeça dos adversários, imprensa e establishment usando só a internet. Filiou-se a um partido nanico mas já é a figura da direita brazuka e vai, é o que diz, continuar levando sua bandeira caótica sabe Deus até onde. Considerando sua personalidade anárquica e anti qualquer coisa, Marçal deverá continuar andando com um alvo posto pelo sistema em suas costas por representar o louco, aquele que pode acender o rastilho do que mais teme a velha política que é a “voz rouca das ruas”. Atribui-se a Nietzsche esta frase que é suco de Marçal: “Aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música”. Marçal é goiano, rico, empresário, religioso, famoso, lidera um grupo com 19 vertentes lucrativas que fatura mais de R$ 400 milhões e resolveu entrar na política lançando-se candidato a prefeito de São Paulo sem tempo de TV e rádio, usando as redes sociais. Insano aos nossos olhos é certo, mas se resolver apoiar o Nunes é bom não perde-lo de vista.   

03-    Ponto final

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Dona Carmem Lúcia disse neste fim de semana: “As urnas eletrônicas são seguras, auditáveis. Tudo o que se faz é com transparência absoluta.” Zé de só repetiu o que vem dizendo faz tempo: “Pois então, se é assim tá certo”.

leoladeia@hotmail.com

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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