Segunda-feira, 11 de dezembro de 2023 - 13h13
Revendo as aulas do meu tempo
do ginásio: Sofisma é o raciocínio falso para confundir o
contraditor- "O homem é a medida de todas as coisas"- disse
Protágoras, para transformar o discurso mais fraco no mais forte e assim tornar
o impopular em convincente. Górgias, outro sofista, dizia: “Nada existe e logo,
pensamento e existência são coisas diferentes. O que importa é a adesão e não o ensinamento
do justo ou do injusto". Demagogia a "arte ou
poder de conduzir o povo" pela manipulação incluindo promessas que visam a
conquista de vantagens e poder político, remonta a Grécia antiga, e está
presente até hoje em nossa fauna política com sofistas e demagogos dentre
outros cínicos e canalhas. Democracia é um termo grego do
séc. V a.C. que no popular é o governo do povo, pelo povo, para o povo. Uma
teoria diz que para haver democracia há que se respeitar três princípios: a
soberania precisa estar nos níveis mais baixos de autoridade, deve existir igualdade
política e por fim normas sociais pelas quais os indivíduos e as instituições
só considerem atos que reflitam os dois primeiros princípios citados. Ora, na
Argentina e no Brasil o nome disso é Utopia – que é algo entre
o real rejeitado de plano e o ideal que se almeja.
Minha ideia era falar do Milei
e da Argentina, mas Argentina e Brasil são filmes ultrapassados e como a história
é cíclica, eu que tenho a sina de viver muito, já o vi muitas vezes e sei que o
bandido se safa e eu morro no fim. A Argentina foi rica, a Suiça dos trópicos, o
Brasil era o país do futuro, mas por décadas ambos viveram de golpes de estado,
planos econômicos miraculosos, quarteladas, morte do cidadão pelo estado para
defesa de um tipo latino de democracia. Milei chega ao poder para talvez tentar
mudar o imutável. Lembra algo do Bolsonaro em 2018 surgindo com a quase
derrocada da “izquierda brazuka” e ascensão da “izquierda latina”, aliás, algo tão
comum que faz parte do estoque de falas dos demagogos sobre a falsa e indesejável,
apesar de natural alternância de poder que ocorria no ambiente político para se
aboletarem no Legislativo e Executivo, legitimados pelo voto popular. Aos
trancos e barrancos este era o cenário que o Brasil vivia desde 1988, até a
eleição de Bolsonaro - que ainda carece de anos de estudos e pesquisas - e a entrada
do poder judiciário operando de forma estranha o secular sistema de freios e de
contrapesos e gerando o conflito atual que no início parecia necessário para a manutenção
da democracia e do estado democrático de direito, que à época diziam, penava na
queda de braço entre o bolsonarismo e o lulismo, ou se preferem, entre a
bazófia do fascista que queria a ditadura militar e o comunista que queria a ditadura
do foro de São Paulo. Naquele momento nem sei quem acendeu a primeira tocha
mas, com ela se ampliou o fogo e o país se perdeu com desmatamento, fogo na
floresta e no pantanal, estilo autoritário, fósforo, gasolina, reformas
incendiárias e como tudo que é ruim sempre pode piorar, surgiu a pandemia e com
ela a corrupção, a politicagem rasteira,
dedurismo e os baldes de água e bombeiros foram substituídos por ações e
decisões de toda ordem e na desordem ministros das Cortes se armaram do regulamento interno, revisões penais- Lula renasceu
com uma- interpretações caolhas da constituição, controle total das eleições e
um poder constrangedor sobre o Legislativo e o Executivo para “defesa da
democracia” atacada por Bolsonaro e de seus seguidores de extrema direita.
A velha imprensa entrou na briga
e Bolsonaro arranjou para sua boina. Numa linha de tempo é possível elencar
declarações do Judiciário e Legislativo ajoelhado e os pedidos - quase sempre
atendidos - dos partidos pequenos como PSOL, Rede e PCdoB para manietar o
Executivo. Do outro lado um presidente truculento, falastrão batia de frente
com tudo e todos. Ovos quebrados a omelete não deu certo, e sua reeleição foi ao
vinagre por uma ínfima margem de votos. Esperava-se o país fosse pacificado,
mas ledo engano. Manifestantes anti-Lula e pró-Bolsonaro estavam nas ruas
rejeitando o resultado eleitoral até que veio o desastre do 8 de janeiro que
carece de tempo para ser absorvido e absolvido – pelo menos em parte é o que se
fala – que parece ser a via mais sensata para a pacificação nacional. Porém recentes demonstrações
saídas do Congresso, da OAB, de parte da imprensa e de organismos de projeção,
não fizeram eco e até parecem ter inflamado o “peito heroico e retumbante” de
ministros do STF que relutam em se autoconter em prol da democracia, do estado
democrático de direito e da paz no Brasil.
Milei tem um longo caminho para
refazer a Argentina e Lula ainda não viu que o desenvolvimento do Brasil passa por menos tutela, menos
gastos, menos partido, menos Lula e mais governo. É como penso.
2-O ÚLTIMO PINGO
A primeira APAE -Associação de
Pais e Amigos dos Excepcionais surgiu em 11 de dzembro de 1954 no Rio de
Janeiro fruto do empenho de Beatrice Bemis, americana, mãe de um filho com
síndrome de down. O contexto histórico daquela época contribuiu para a expansão
das APAEs, pois havia a omissão do setor de educação pública em relação ao
atendimento das pessoas com quaisquer deficiências. A relevância social e
política das APAEs se solidificou com a interação publica e governo e hoje já
são mais de 2000 unidades no Brasil e que atendem não só a pessoas com a
síndrome, que é a sua gênese, mas são organizadas para ofertar, além do atendimento
educacional especializado em escola especial, os serviços nas áreas de saúde e
assistência social para as pessoas com deficiência intelectual e múltipla. É
nosso dever ajudar na manutençã das APAEs que dependem totalmente da
solidariedade de todos. Dôe amor. Só faz
bem!
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