Sexta-feira, 11 de outubro de 2024 - 10h45
Embaixo do tapete a morte cabulosa do advogado Roberto
Zampieri, no escritório em Cuiabá. O
autor, Antônio Gomes da Silva disse a polícia que o prendeu dias depois em Minas.
O mandante, Anibal Manoel Laurindo e a razão, a disputa desde 1988 pela posse
de mais de 4 mil hectares de terras. O caso: o irmão de Aníbal, José Vanderlei
Laurindo perdeu na justiça uma fazenda que foi incorporada à do irmão no
processo. Temendo sofrer o mesmo e face às ligações de Zampieri com um
desembargador do TJMT, Aníbal optou pela via mais rápida. Diz a polícia que filhos
e advogados de desembargadores do Mato Grosso estariam envolvidos no caso. Na
ação da polícia foi apreendido o celular do advogado e documentos que estavam no
seu carro quando ele foi assassinado e aqui a “porca torce o rabo”.
O juiz Wladmyr Perri da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, ordenou que delegado
que investiga a morte de Zampieri lhe entregasse todo material encontrado e que
fatos e provas que surgissem fossem repassados apenas a ele, inclusive um
envelope que teve o lacre rompido e os dados do celular cujo conteúdo deveria
ser extraído e só a ele fosse dado conhecimento. Diante da estranha decisão do juiz,
o MP e a viúva de Zampieri, levaram o caso ao CNJ e aí como disse Zé de Nana, “(*)erda
subiu de preço”, pois um desembargador já entrou na mira do CNJ. Ocorre que o
explosivo conteúdo do celular está na nuvem e apenas um ministro do CNJ tem a
senha. O caso - que novidade! - está sob sigilo em todos os âmbitos e o
ministro André Mendonça do STF ao analisar um mandado de segurança deu 72 horas
para manifestação do CNJ, sobre o porquê de manter arquivado o conteúdo do e documentos
da investigação. E aí? O que será que pensa o insuspeito ministro?
1.2- A ponta do iceberg III
O caso Zampieri diz muito de cochichos em
escritórios de advocacia, antessalas de ministros e autoridades insuspeitas,
mas mexericos não comprovados falam que na “casa da ceguinha” ocorrem negócios escusos.
Ainda que este caso não leve à conclusão de que existe “algo de podre no reino
da Dinamarca”, acaba por alimentar as desconfianças e insegurança jurídica que
estão presentes no seio da sociedade da “terra brasilis” e que levam a fatos
como o atual, quando alguém descrente da justiça e desesperado, resolve usar o
exercício das próprias razões. O corregedor Luiz Felipe Salomão do CNJ determinou
a Wladmiy Perri que envie todo material para o CNJ e nomeou outra pessoa para
ser o responsável por tudo sobre o caso. Gostei. É indispensável que o cidadão
confie na justiça do Brasil.
1.2- Sobre freios e contrapesos
Sêo Barroso ergueu suas sobrancelhas e disse que “ressocializar
a sociedade” é inescusável. Acho que está na hora de lembrar a esse “consultor dos
céus” que a roda em sua forma definitiva já existe, que o mundo já foi criado e
que a sociedade se assenta em princípios lapidados desde a antiga Grécia por Aristóteles
em “A Política”, por John Locke em “Dois Tratados sobre o Governo” e por
Montesquieu em “O Espírito das Leis”, ou seja, basta seguir o fluxo e deixar
que os freios e contrapesos ajam livremente. Essa conversa também tem tudo a
ver com outra fala do Sêo Barroso que deu uma conotação marota sobre a PEC
aprovada na CCJ da Câmara Federal: “Não se mexe em instituições que funcionam”.
A fala reativa ofende medianas inteligências, salvo e prática diária do STF o leve
a crer que seja legítimo e legal que um, e apenas um, ministro altere o
pensamento do colegiado da corte até em matéria pacificada ou que possa
eliminar do Congresso o ofício de legislar e ser o braço constitucional pró
freios e contrapesos. Ou então que se esqueça Montesquieu, pois “Não se
mexe em instituições que funcionam”.
02- Penúltimo pingo
A notícia publicada pela Veja que o STJ está sob
investigação, levou o presidente do tribunal, Herman Benjamin, a reunir-se com
todos os demais ministros a portas fechadas na segunda-feira, dia 7. Até ali as
suspeitas sobre a venda de decisões judiciais recaiam sobre assessores e não
aos ministros, mas a PF investigava os gabinetes dos ministros Paulo Dias Moura,
Isabel Galotti, Nancy Andrighi e Og Fernandes. Foi justo quando o Coaf entrou
na parada que Tico e Teco, meus dois neurônios avisaram que rolo desse tipo pôs
fim à Lavajato. As falhas constantes de Tico e Teco e minha memória pós Covid
não ajudam, mas parece que foi isso.
03- Ponto final
Hoje está sendo só bandalheira e agora, Bandarilha,
nome da operação com 50 policiais civis entre agentes, escrivães e delegados, 9
auditores fiscais do estado, e 2 promotores de justiça, para recuperar R$ 90
milhões sonegados do governo por um frigorífico e casas de carne em Porto
Velho. Irrita saber que a sonegação não reduziu o preço da picanha prometida na
eleição pelo “grande líder”. Para o povo é só o osso. E como diria o
excepcional “poca urna” Datena, é só no nosso.
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