Quinta-feira, 27 de julho de 2017 - 16h47
Professor Nazareno*
O Brasil passa de novo por algumas dificuldades. Na política vivemos o Armagedon. E como esta é a mais importante das ciências, claro que as outras áreas podem também ser afetadas pelo caos. Podem, mas não serão. O fim do suplício dos brasileiros já tem nome e data. Jair Messias Bolsonaro pode ser eleito o novo presidente do país a partir de 2018. Bolsonaro é o tipo de político “que também não é político” e por isso encanta grande parte do eleitorado brasileiro. Militar da reserva do Exército e deputado federal já pela sexta vez, o mais novo líder desponta nas pesquisas de opinião como presença certa e talvez até vitoriosa no segundo turno das próximas eleições. Com um discurso messiânico e afiado, “Bolsomito” encanta multidões por onde passa: jovens principalmente e também os velhos saudosistas dos “áureos tempos” entre 1964 e 1985.
No poder, certamente ele reconduzirá o Brasil para a modernidade e as nações mais ricas e prósperas do mundo ficarão com inveja do nosso país. Internamente haverá uma verdadeira revolução nos costumes e nas práticas cotidianas. Muitas coisas do “melhor período da nossa História” voltarão a ser realidade. Bolsonaro recriará o DOI-CODI para a euforia geral. Esquerdistas inconsequentes não terão vez nem voz com ele. Opiniões todos terão, mas só com responsabilidade e altivez. Em todas as unidades da federação haverá escritórios e fiscais que acompanharão os passos de todos. É o Estado preocupado com o bem estar do cidadão comum, coisa tão boa, mas que há mais de três décadas não acontece. Televisão, sites e a mídia de um modo geral serão orientados para participarem do crescimento do país e para respeitar os novos métodos implantados.
Na área da segurança pública não haverá mais violência, pois será criado o Ministério da Justiça com as Próprias Mãos. E como o brasileiro comum entende muito bem de leis e de Direitos Humanos essa nova pasta será um sucesso. Na Educação, todas as escolas serão militarizadas. O pioneiro e bravo exemplo de Rondônia será levado para todo o país. Acho que nosso Estado terá representante na Esplanada dos Ministérios. Usar fardamento e cantar o hino nacional diariamente elevará o nível das nossas escolas e dos nossos alunos. Além do mais, como os militares já resolveram o problema da violência, nada mais louvável do que responderem também pela Educação. O Conselho Nacional dos Direitos Humanos será, claro, extinto. O comunismo será crime e o país voltará a ter a Lei de Segurança Nacional e os bons Atos Institucionais.
Na Saúde, Rondônia proporá a ele a “joãopaulinização” de todos os hospitais e clínicas do país, já que o modelo por aqui sempre deu certo para todos os cidadãos, principalmente aqueles mais pobres e carentes. O nosso novo presidente terá um blog e a cada seis meses viajará para a Europa de férias, já que ninguém é de ferro. E tudo com a aprovação dos políticos mais chegados. Para alegria de muitos, a Constituição será substituída pela Bíblia e os homossexuais, LGBT e afins serão proibidos de existirem. O Estado não mais será laico e poetas, professores, blogueiros e intelectuais poderão sofrer “pequenas restrições” em suas atividades. Para o bem de todos, greves não mais existirão e todas as passeatas e manifestações serão devidamente controladas pelo Poder Público. O Judiciário ainda existirá, mas será igual àquele das décadas de 60 e 70. Lava Jato só para lavar carros mesmo. Ele “prenderá e arrebentará” quem não votar nele?
*É Professor em Porto Velho.
Tive acesso, sábado, dia 16 de novembro, a uma cópia do relatório da Polícia Federal, enviado pela Diretoria de Inteligência Policial da Coordenaçã
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