Quinta-feira, 27 de julho de 2017 - 20h49
Não me venha com essa história de “viagem de trabalho”. Viagem é viagem, trabalho é trabalho. O que o prefeito João Dória está fazendo é uma farra com o dinheiro público. Os paulistanos não o elegeram para pagar suas viagens internacionais e sim para ele resolver os problemas da cidade que não se resolvem no exterior.
E que são muito mais urgentes do que um sistema de identificação facial para transporte urbano.
Com essa viagem de nove dias à China ele vai completar 32 dias de férias em seis meses de mandato. E pensar que seu slogan de campanha foi “João Trabalhador”.
Não vejo prefeito algum “vendendo sua cidade” no Brasil. Primeiro porque o Brasil não tem o que oferecer, é claro, mas, em segundo porque não há necessidade. Negócios se faz virtualmente, e não presencialmente. No máximo o prefeito viaja para assinar contrato, mas não consta que até agora ele tenha assinado algum contrato numa dessas viagens. Ele visitou o Papa, visitou um autódromo em Dubai e outras atrações turísticas, deu palestras e agora está visitando a Muralha da China usando o nosso dinheiro sem perguntar se nós autorizamos.
Não sei como estão se sentindo os que votaram nele, certamente revoltados e traídos, estão começando a perceber agora o mal que fizeram à cidade e que vai se perpetuar enquanto ele continuar prefeito, mas o pior de tudo, é que além do dinheiro jogado no lixo estamos passando a vergonha de ter um prefeito que passeia pelo mundo vendendo o patrimônio da sua cidade, que é público e que até agora não foi permitido pela Câmara Municipal.
Como é que “João Trabalhador” alega que viaja para “vender São Paulo” se ainda não tem permissão para fazer isso?
Como é que não se envergonha de sair por aí “vendendo” a maior cidade do país? Seus parques, jardins, autódromos? Só se vende o que está para falir. Ele não poderia estar prestando um serviço pior para São Paulo.
Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de so
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