Quinta-feira, 6 de janeiro de 2022 - 13h49
2022 será um ano tipicamente clássico: incerto, mal sabido,
fabricante da ansiedade.
Diferentemente de 2023, que será um choque de realidade,
2022 fará testes cardíacos.
Desde 2018 estamos misturando expectativas e esperanças:
expectativa de reverter o erro crasso da eleição fascista (impeachment,
interdição etc) e esperança de mudar tudo em 2022.
O choque de realidade virá dia 02 de janeiro, de 2023, e
poderá ser de dois tipos:
1. A mais improvável, mas possível, é a entronização do
capo do Fascismo;
2. A mais provável será o desembarque do capo praticante da
política da Velha República.
O choque de realidade virá na sequência, quando
descobrirmos a conta que teremos de pagar:
1. A dignidade e a civilização não se repõem com o passe de
mágica da posse;
2. A conta deixada pelos quatro anos de barbárie societal,
institucional;
3. A conta política firmada nos acordos do realismo
político e que atende pelo mesmo nome de quem governa hoje: centrão.
2023 será o ano da total inadimplência. As contas do
governo não fecharam, assim como as nossas.
E será igual a 2022?
Não necessariamente, ou melhor, não exatamente.
Além do óbvio, que é a luta e a resistência, ou em razão
das duas coisas (somadas à expectativa e à esperança pelo final de 2022), nós
teremos um ano terrivelmente batizado pela ansiedade.
É quase certo que, em 2022, a venda de ansiolíticos e
bebidas alcoólicas irá aumentar exponencialmente.
Teremos muitas coisas: receio, apreensão, vontade (fator de
ansiedade), antagonismo exacerbado, abusos e indignação, e desequilíbrios.
Ou seja, muitos outros gatilhos irão explodir o já farto
crescimento da doença do milênio: ansiedade. O que não teremos é paz ou
equilíbrio.
Esquecemos há algum tempo o que significa o "meio
termo", e assim contaminamos continuamente o que é a ética.
Além de tudo, a ansiedade será voraz porque - salvo os
ausentes da vida real -, em 2022, encontraremos nosso destino: seja ele qual
for.
Frente a qualquer dos dois resultados possíveis - pactuação
com o Fascismo (golpe ou reeleição) ou descarrego do Fascismo -, o desejo de
acabar 2022 urgentemente já começou.
Como diz a música "Prepare o seu coração...pras coisas
que eu vou contar...".
Essa é a canção do nosso ansioso destino, começar 2022
querendo que seja o seu final.
Não é à toa que muitos gostariam de dormir o ano inteiro,
acordando com o choque de realidade de 2023.
A ciência que não muda só se repete, na mesmice, na cópia, no óbvio e no mercadológico – e parece inadequado, por definição, falar-se em ciência nes
A Educação Constitucional do Prof. Vinício Carrilho Martinez
Introdução Neste texto é realizada uma leitura do livro “Educação constitucional: educação pela Constituição de 1988” de autoria do Prof. Dr. Viníci
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