Quarta-feira, 17 de janeiro de 2024 - 18h24
Preciso dizer que toda essa
história do metafísico começou numa brincadeira em grupo de WhatsApp, quando
alguém disse que um indivíduo (advogado) lhe enviava mensagens escabrosas,
insólitas e de péssimo gosto sobre a política e seu grande ídolo – é aquele que
depois chamei de adorado na “lenda do mito caído”. O metafísico tem uma
adoração espetacular pelo mito caído, talvez até seja uma suposta condição libidinosa
– isso não sabemos, mas desconfiamos.
Em todo caso, naquele dia,
começamos a brincar com as histórias irreais do metafísico, seu descolamento da
realidade mais simples possível. Então, falei que aquilo era metafísica demais
para mim. Em seguida, o indivíduo passou a ser conhecido como O metafísico. É
quase um título de nobreza, lá em Nárnia. Por isso é chamado de O metafísico.
Em seguida, fiz a primeira
crônica sobre O metafísico e ele recebeu – se leu ou entendeu é algo que nunca
saberemos. No entanto, como a sina persistiu, sempre enviando mais pérolas
cultivadas do mito caído, novas crônicas foram feitas e enviadas ao metafísico.
Hoje não sei mais se O
metafísico recebe as crônicas, mas eu continuo fazendo e postando naquele
grupo. Meio sem querer, a brincadeira com O metafísico virou uma série, um
passatempo para mim, um tipo de lazer, porque me divirto com as estultices que
imagino (ou sabemos) sobre muitas pessoas como O metafísico.
Aliás, nem precisamos
imaginar muito para lembrar que O metafísico é um cara que viaja do lado de
fora da boleia de um caminhão – ou tomou ozônio, fumaça e fuligem da forja de
uma oficina mecânica, para se “autovacinar” contra a COVID-19.
Portanto, O metafísico todo
mundo sabe quem é. É aquele indivíduo que adora seu passado de família, sem
saber (não se interessa em saber) com quanto suor, sangue e lágrimas (dos
outros) foi feito seu passado familiar. Se o metafísico não vê, não experimenta
a realidade em que vive, o que dizer da realidade de sua “nobre” família!?
Para entendermos a história
da constelação familiar (metafísica) do metafísico, não é preciso recorrer a nenhuma
historinha, nenhuma figura de linguagem. Para O metafísico, tudo é real, embora
para nós pareça ficção, disfunção, porque acontece todos os dias, toda hora. A
grande diferença, me parece, é que aquilo que é um sonho para O metafísico, e
que para nós é um pesadelo, uma tragédia.
O que o metafísico não
entende é a lógica simples, e é aquela que vem do desenho animado, para
crianças bem miúdas. Farei um desenho para explicar ao metafísico:
Minha conclusão para os
negócios capitalistas (e para o pugilato da política – DR e histórias do
metafísico também) é a do piu-piu para o Frajola: "Jogo
é jogo, gatinho".
·
“Não
adianta chorar o leite derramado”, pois, "uma coisa é uma coisa, outra
coisa é outra coisa". Afinal, “o jogo é jogado”. Não sabe que “o jogo só
acaba quando termina"? Então, "só desce para o play, quem sabe
jogar”, porque "está na chuva pra se molhar". Ou seja, “não pode
brincar quem tem telhado de vidro". Agora, “não adianta chorar o leite
derramado”, porque deveria “trocar a fechadura, antes do ladrão entrar”. Não
reclame: “ema, ema, cada um com seu problema”. Vai lá, “se vira porque a terra
não é plana”.
Enfim, metafísico, digo que hoje não
aceito reclamações. Para você, a Ouvidoria e o consultório psiquiátrico estão
fechados. E termino com uma das mais sábias considerações, mas que não se
aplica ao metafísico: “A
fortuna da luz que mais brilha é, exatamente, a de se apagar mais cedo”.
Desafortunadamente, ainda teremos
muitas histórias do metafísico pela frente…
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