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Vinício Carrilho

A história do metafísico


A história do metafísico - Gente de Opinião

Preciso dizer que toda essa história do metafísico começou numa brincadeira em grupo de WhatsApp, quando alguém disse que um indivíduo (advogado) lhe enviava mensagens escabrosas, insólitas e de péssimo gosto sobre a política e seu grande ídolo – é aquele que depois chamei de adorado na “lenda do mito caído”. O metafísico tem uma adoração espetacular pelo mito caído, talvez até seja uma suposta condição libidinosa – isso não sabemos, mas desconfiamos.

Em todo caso, naquele dia, começamos a brincar com as histórias irreais do metafísico, seu descolamento da realidade mais simples possível. Então, falei que aquilo era metafísica demais para mim. Em seguida, o indivíduo passou a ser conhecido como O metafísico. É quase um título de nobreza, lá em Nárnia. Por isso é chamado de O metafísico.

Em seguida, fiz a primeira crônica sobre O metafísico e ele recebeu – se leu ou entendeu é algo que nunca saberemos. No entanto, como a sina persistiu, sempre enviando mais pérolas cultivadas do mito caído, novas crônicas foram feitas e enviadas ao metafísico.

Hoje não sei mais se O metafísico recebe as crônicas, mas eu continuo fazendo e postando naquele grupo. Meio sem querer, a brincadeira com O metafísico virou uma série, um passatempo para mim, um tipo de lazer, porque me divirto com as estultices que imagino (ou sabemos) sobre muitas pessoas como O metafísico.

Aliás, nem precisamos imaginar muito para lembrar que O metafísico é um cara que viaja do lado de fora da boleia de um caminhão – ou tomou ozônio, fumaça e fuligem da forja de uma oficina mecânica, para se “autovacinar” contra a COVID-19.

Portanto, O metafísico todo mundo sabe quem é. É aquele indivíduo que adora seu passado de família, sem saber (não se interessa em saber) com quanto suor, sangue e lágrimas (dos outros) foi feito seu passado familiar. Se o metafísico não vê, não experimenta a realidade em que vive, o que dizer da realidade de sua “nobre” família!?

Para entendermos a história da constelação familiar (metafísica) do metafísico, não é preciso recorrer a nenhuma historinha, nenhuma figura de linguagem. Para O metafísico, tudo é real, embora para nós pareça ficção, disfunção, porque acontece todos os dias, toda hora. A grande diferença, me parece, é que aquilo que é um sonho para O metafísico, e que para nós é um pesadelo, uma tragédia.

O que o metafísico não entende é a lógica simples, e é aquela que vem do desenho animado, para crianças bem miúdas. Farei um desenho para explicar ao metafísico:

Minha conclusão para os negócios capitalistas (e para o pugilato da política – DR e histórias do metafísico também) é a do piu-piu para o Frajola: "Jogo é jogo, gatinho".

·       “Não adianta chorar o leite derramado”, pois, "uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa". Afinal, “o jogo é jogado”. Não sabe que “o jogo só acaba quando termina"? Então, "só desce para o play, quem sabe jogar”, porque "está na chuva pra se molhar". Ou seja, “não pode brincar quem tem telhado de vidro". Agora, “não adianta chorar o leite derramado”, porque deveria “trocar a fechadura, antes do ladrão entrar”. Não reclame: “ema, ema, cada um com seu problema”. Vai lá, “se vira porque a terra não é plana”. 

 

Enfim, metafísico, digo que hoje não aceito reclamações. Para você, a Ouvidoria e o consultório psiquiátrico estão fechados. E termino com uma das mais sábias considerações, mas que não se aplica ao metafísico: “A fortuna da luz que mais brilha é, exatamente, a de se apagar mais cedo”.

Desafortunadamente, ainda teremos muitas histórias do metafísico pela frente…

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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