Sexta-feira, 12 de novembro de 2021 - 11h07
Muitos e brilhantes autores e pesquisadores fizeram ensaios
magníficos. O gênio de Rousseau o fez sobre as artes, a Ciência e a origem
desigual de tudo isso. Hoje, porque é muito especial o momento em que
vivemos, de retrocesso a tempos anteriores à própria Ciência, escreveria
algumas linhas diferentes. Comporia um “Ensaio Sobre a Anticiência”.
Aliás, alguém poderia fazer uma monografia anticientífica.
Seria uma pesquisa altamente inovadora no campo, por exemplo, da Ciência,
Tecnologia e Sociedade falar sobre a Anticiência: um tipo de antimatéria do
pensamento lógico.
Outros poderiam fazer uma tese ensaística. Eu mesmo já fiz
uma, quando não se falava em Anticiência. Porém, hoje, com esse Ensaio Sobre a
Anticiência, lendo de modo invertido, estaria eu construindo um Discurso pela
Ciência.
Não quero fazer discursos – embora isso aqui esteja
parecendo um. Quero mesmo é fazer um ensaio. E como se trata de um ensaio, não
preciso reunir provas. Meu esforço se restringe a reunir algumas poucas falhas
de inteligência.
Nesse ensaio, por exemplo, perguntaria: “O que são
provas?”
Penso que, para essa questão, as respostas possíveis são
muitas – incluindo a pergunta sobre o que são provas definitivas.
Pois bem, existem provas transitórias?
Sem observar nenhuma lição definitiva, descreveria o que é
o Direito à Ciência.
A partir disso, eu poderia questionar: “Quais provas podem
sustentá-lo?”
Um Ensaio é diferente porque pode trazer apenas uma ideia e
muitas perguntas. Podemos até usar poesias, instalações virtuais, músicas e
filmes.
Poderia, nessa perspectiva, perguntar aqui o que Goethe
diria sobre a nossa Peste.
Ou então: “Será que Rousseau escreveu sobre o Direito à
Ciência?”
O que nós diríamos sobre tais coisas?
Um ensaio é mais ou menos assim: nós Ensaiamos. Justamente
por isso, há algo de muito teatral nos ensaios.
A Ciência é um grande Ensaio: ensaiamos, erramos e
acertamos.
O Direito, por exemplo, é um Ensaio da Justiça.
A Humanidade é um Ensaio: nós nos experimentamos
sempre.
A Anticiência, ao contrário, é a negação desse mesmo
Ensaio.
E se a Humanidade também é um grande e infinito Ensaio,
negar nossos Ensaios não significa negar a Humanidade?
Gostaria de ler o seu Ensaio sobre o que nós “ensaiamos”
conversar aqui.
Quem sabe um dia ensaiamos algo juntos e juntas.
Se eu fizesse uma música, iria copiar Gilberto Gil e sua
“Pessoa Nefasta”. Só que eu falaria das Pessoas Pestilentas…
Minha conclusão inicial, muito breve – porque é urgente –
diria que a Humanidade precisa de remédio igualmente urgente para os assassinos
de Ensaios.
“E depois?”
Bem, depois – e não pode ser bem depois –, talvez não haja
um depois…
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Vinício Carrilho Martinez (Dr.) Cientista Social e professor da UFSCar Márlon Pessanha Doutor em Ensino de CiênciasDocente da Universidade Federal de