Segunda-feira, 18 de dezembro de 2023 - 15h12
Pita foi um bom jogador de futebol, com
passagens pelo Guarani e pelo São Paulo. Pitágoras foi um precursor da
filosofia grega clássica e, provavelmente, o fundador da matemática, com o seu
mais famoso Teorema: “O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos
catetos”. E agora o Brasil soube gerar e procriar o PITA – acrônimo que define
o “portador de inteligência totalmente artificial”.
É
um ser iluminado, esse PITA, só que não pelas luzes do Iluminismo, da ciência,
do conhecimento, da filosofia, do humanismo. O PITA é iluminado por uma vela,
uma vela solitária.
Dizem
que o PITA é assim por causa da enorme identificação que tem (mantém,
diuturnamente) com a tecnologia das redes sociais. Dizem ser tão grande que ele
próprio criou seu vulgo: portador de inteligência totalmente artificial. Dizem
ainda que no começo era “altamente artificial”, mas, com a evolução do liame
cognitivo, chegou ao ápice, como totalmente artificializado.
Diante
dessa implacável admiração pela “liberdade das Fake News” e da apologia às
suposições do Movimento Metafísicos Sem Fronteira (quase um Médicos Sem
Fronteiras) – sim, porque se espalham pelo mundo como os pombos e seus piolhos
–, o PITA só precisa de uma pequena réstia de luz cerebral.
Com
a Era PITA, a conexão entre os neurônios (sinapse, para os reles mortais, como
nós) não mais seria necessária, pois, na outra ponta estaria a inteligência
totalmente artificial. Nesta nova era basta um neurônio aqui, outro ali, e o PITA
está iluminado – igual a uma árvore sem Natal.
O
PITA é aquele indivíduo que se identifica com o mito caído, a quem ele define
como “Líder-fetiche” (é sério, já li essa declaração de amor platônico, não a
inventei). E é por isso que o PITA só precisa de um neurônio.
O
PITA não apenas se conforma com seu único neurônio (na solidão da humanidade),
quanto agradece à metafísica celeste e se vangloria desse fato, pois, na dúvida
se este único neurônio errou (ou pecou) em pensamento, a IAA (Inteligência Altamente
Artificial, do PITA) haveria de fazer as correções de prumo.
O
padrão e a nota de corte, é claro, seguem as Fake News e a especulação
metafísica que o Líder-fetiche destila e desfila como ninguém. Porém, o PITA
não estanha o fato. Afinal, tem a cognição resumida a uma vela apagada.
Para
o PITA, velas acesas não são consumistas, são comunistas – porque iluminam
demais e, assim, ofuscam sua IAA: inteligência altamente artificial. De
qualquer modo, o PITA (também como metafísico-mor do Líder-fetiche: aquele do
mito caído) é o primeiro, é genuíno, é brazuca na espécie, de uma evolução em
invólucro: um tipo de cérebro envelopado in vitro. Por isso, como ser
totalmente artificializado, é o detentor desse título inelegível de PITA.
Agora,
meu primeiro e último pedido é para você enviar o texto a algum PITA que
conheça, exatamente, para a confirmação dos agraciados que fiz aqui.
A ciência que não muda só se repete, na mesmice, na cópia, no óbvio e no mercadológico – e parece inadequado, por definição, falar-se em ciência nes
A Educação Constitucional do Prof. Vinício Carrilho Martinez
Introdução Neste texto é realizada uma leitura do livro “Educação constitucional: educação pela Constituição de 1988” de autoria do Prof. Dr. Viníci
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