Quarta-feira, 30 de outubro de 2024 - 13h41
Para explicar nosso evento, preferi transformar nossa proposta em perguntas e respostas. Para a leitura talvez seja mais interessante. Vejamos algumas das dúvidas mais recorrentes:
1.
Vai ser online apenas?
Não
é preciso inscrição antecipada, basta que acessem o link já disponível no
Youtube, também não há seleção de público – queremos que seja o mais amplo e
diversificado possível. No evento, passaremos uma lista de presença no chat,
para emissão de certificados (duas horas).
Neste momento inicial, passaremos o Sarau do PPGCTS apenas no formato digital, remoto. O tempo de organização é curto e o final do ano tem a conclusão de muitos trabalhos. Deveremos ter mais um Sarau do PPGCTS, também no formato digital, em novembro: com egressos do Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Sociedade, da UFSCar. O primeiro Sarau trará elementos de pesquisa de discentes vinculados/as ao programa, ainda em andamento, tanto no mestrado quanto no doutorado. Já no segundo Sarau, pretendemos fortalecer o que chamarei de sublinha de pesquisa, que é uma vastidão de temas e de intercorrências genericamente (historicamente) definidas como Direito Digital. Temos muitas teses de doutorado defendidas nesse escopo e a pretensão é reunir a exposição de algumas dessas teses. Para o público que não conhece esse campo de pesquisa é especialmente interessante participar, pois, é um campo em que se verifica constantemente a capacidade interdisciplinar, multidisciplinar. É difícil encontrar outro campo de pesquisa com tanta multiplicidade – a capilaridade é infinita, como se vê na ideia de um rizoma ou da Inteligência Coletiva.
Em outros momentos, o ideal seria trazer o hibridismo, com Saraus que tenham alguma passagem pelo presencial, com mais atividade cultural. Vamos pensar nisso também para um futuro próximo.
2.
Por que nesse formato?
Como disse, temos uma urgência de final de ano. Porém, a pandemia nos trouxe o doloroso aprendizado (inicial) do trabalho remoto. Penso que a maioria de nós aprendeu, teve que aprender, e sobreviveu ao convívio com essa outra realidade. Criamos caminhos, instrumentos e métodos de ensino-aprendizagem que convergiam e convergem ao digital. Na verdade, se olharmos com atenção, toda a vida social (desde s eleições municipais) perpassa o digital: do trabalho e da política ao processo de ensino-aprendizagem. Assim ocorreu conosco e, em decorrência disso, criamos um canal no Youtube: https://www.youtube.com/c/ACi%C3%AAnciadaCF88. Neste endereço teremos o Sarau do PPGCTS, e temos disciplinas do PPGCTS, além de muitos cursos de extensão. O acesso é público e gratuito. O formato digital, neste momento, também corrobora a ideia-base da inclusão discente, com a facilidade de investirmos na popularização da Ciência: as lives ficam gravadas e podem ser assistidas a qualquer hora, em qualquer lugar. Literalmente, por este canal, temos a sensação de que falamos além dos muros da universidade. Não há porque jogar fora o esforço de quatro anos.
3.
Como será o sarau (apresentações, atrações etc.)?
O ideal é que conseguíssemos ter alguma forma de atração cultural, artística, musical – vamos tentar isso também. Em todo caso, teremos apresentações não muito longas, a fim de que haja uma conversa de aprofundamento, mais plural, ao final de todas as falas.
4.
Qual a disciplina do PPGCTS que os organizadores cursaram?
No momento, ainda estão cursando a disciplina “Aspectos jurídicos do acesso à informação” – com destaque para a fixação conceitual do Estado Democrático de Direito. Penso que isso é fundamental, fixar o conceito – história, ontologia política, desenho constitucional, teleologia, técnica –, ainda mais nos tempos atuais de extremo negacionismo: negamos tanto a ciência, a vacina, quanto negamos a Constituição Federal de 1988. Na prática, há uma cultura florescente de negação da racionalidade, do Bom Senso. Isso tem um forte lastro político e civilizatório, uma vez que esse tipo de negacionismo, por exemplo, ao negar-se, furtar-se, ao Bom Senso, acaba por mirar num alvo político mais claro, que é a inibição do senso crítico. Para o modelo de capitalismo vigente (financista) é fundamental combinar todas as formas de uberização possíveis (da vida social) com a ausência do senso crítico. Portanto, nossa obrigação na Universidade Pública é produzir um conhecimento que tenha relevância social, que traga mudanças societais. Como dizia Edgar Morin, só há ciência com consciência – ou Florestan Fernandes, ao erigir seu “Saber Militante”. De outro modo, a crítica ligeira à realidade brasileira, acaba por confundir o realismo político com o conceito e, assim, sem conhecer a condição conceitual acaba-se por nivelar tudo por baixo – como se o conceito fosse a própria realidade. Certa vez, alguém disse que “a Constituição de 1988 não fez a ‘revolução agrária”; e, de fato, não poderia fazê-la. Primeiro porque a Constituição é uma lei e não um agente político e, segundo, porque a Constituição de 1988 fala em reforma agrária – e não em revolução. Então, mais vez, surge a necessidade de se conhecer melhor para criticar com mais propriedade. Modestamente, o Sarau do PPGCTS pretende contribuir com o desenvolvimento da ciência e do conhecimento técnico e humano, ainda que em limites bem estabelecidos e compreensíveis.
5.
Contato para esclarecimento de dúvidas?
Podem acessar pelo meu e-mail institucional: vinicio@ufscar.br.
O
grupo de pesquisa/trabalho é amplo, mas hoje reporto alguns participantes:
1.
Samirian Grimberg – Doutoranda/PPGCTS
2.
Arlei Olavo Evaristo – Doutorando/PPGCTS
3.
Simone Regassone Grande
– Mestranda/PPGCTS
4. Marcela Rech – graduanda em pedagogia/UFSCar (técnica da live)
A ciência que não muda só se repete, na mesmice, na cópia, no óbvio e no mercadológico – e parece inadequado, por definição, falar-se em ciência nes
A Educação Constitucional do Prof. Vinício Carrilho Martinez
Introdução Neste texto é realizada uma leitura do livro “Educação constitucional: educação pela Constituição de 1988” de autoria do Prof. Dr. Viníci
Todos os golpes no Brasil são racistas. Sejam grandes ou pequenos, os golpes são racistas. É a nossa história, da nossa formação
Veremos de modo mais extensivo que entre a emancipação e a autonomia se apresentam realidades e conceitos – igualmente impositivos – que suportam a