Terça-feira, 15 de maio de 2018 - 09h06
É triste verificar, desde a década de 90 a melhoria no transporte público na capital é promessa eleitoral nunca cumprida – e qual é ?!; alternativa de enriquecimento ilícito para alguns e plataforma para eleger trabalhadores da categoria que no final das contas nem se lembram de onde saíram...
Eu posso detalhar como é utilizar os coletivos públicos de Porto Velho, como moradora da zona leste da cidade porque utilizei esse meio para trabalhar e estudar durante mais de 10 anos. E para quem conhece, sou há quase 30 anos, fiel moradora do mais que esquecido conjunto residencial Jardim Primavera, entre os Jamary e o Darwich – vulgo pombal – pelo tamanho original das casas...
Se for contabilizar quantas horas perdi em paradas de ônibus esperando o tal Jardim Primavera, depois Ronaldo Aragão, Ulisses via João Paulo seria de chorar. Nunca foi menos de duas horas por dia. Eu disse menos... Utilizar ônibus sucateados em vias esburacadas é quase como dizer: não podemos dar pão com mortadela e mussarela para quem está acostumado com pão com ovo ou margarina – aquelas bem gordurosas...
Até aí tudo bem. Mas quando você tem uma via – só a principal, asfaltada, no caso dessa parte da zona leste, é dolorido relembrar as mazelas de transporte da época do ensino médio, universidade, trabalho...
Coitada de mim, que era repórter na TV Norte (Rede TV depois Record) que ouvia as piadinhas dos demais companheiros de transporte: “Eita que o negócio tá ruim mesmo, até a repórter da TV “anda” de busão”, “Vixi o que adianta entrevistar o governador se não consegue nem melhorar o transporte que utiliza todo dia”... Quer mais ou está bom...
Enfim.
Quando a linha Presidente Rooseevelt passou a atender essa parte menosprezada da cidade, os mais de 50 mil moradores dos três conjuntos acreditaram a situação vai mudar. Melhorou muito! A cada 25 minutos temos um ônibus passando, no horário de pico, e mais de 40 nos finais de semana. O Céu para os mais de 200 minutos que sofri diariamente.
Milagre e atuação política não foi. A mudança era para levar os estudantes de outros cantos da cidade à recém-inaugurada Uniron. Quem detestou a mudança foram os usuários casuais de transporte coletivo dos considerados elitizados Jardim das Mangueiras, Nova Porto Velho, do centro... Enfim, povo ama o povão, né!
Entendo não é fácil aguentar a “sovaqueira” de moradores desta parte da cidade, que levantam de madrugada para trabalhar e retornam no início da noite. Quase tive uma crise de riso na semana passada quando vi uma universitária dondoca quase desmaiar debaixo do braço de um trabalhador... Coisas da vida, querida!
Entonces... Retornando as tristes condições reais do transporte público da capital. Os coletivos são melhores do que antigamente. São um pouco, no entanto é visível que se trata de uma frota herdada de outras cidades, nada zero bala. Aquela coisa usada que nem sempre foi bem cuidada!
Acho incrível quando meus primos e tios reclamam dos coletivos climatizados, na maior parte da frota, em Goiânia. Vou comparar. Claro! Eles reclamam porque estão acostumados com o melhor desde sempre. Saí de Goiânia com 10 anos, hoje tenho 40 e recordo bem dos ônibus sempre limpos e conservados mesmo nas linhas mais difíceis, na época, em Aparecida de Goiânia que não era um município.
E tão absurdo uma capital não ter um sistema de transporte coletivo eficiente! É absurdo demais também não termos terminais de integração físicos de verdade. Sim, comparando de novo, iguais aos que Goiânia tem desde a década de 70. Eles são econômicos sim, para a população e para a empresa e prefeitura. Andar uma cidade daquela toda com dois vales transporte é incrível!
Tenho vontade de chorar quando passo no caí n´água e vejo o terminal de ônibus desativado. Era para a atual gestão pegar o que já existia e melhorar. A ideia existia, copiada de Goiás, referência em saúde e transporte público para o País e deixar sua marca como todo político brasileiro está habituado a fazer. Colocava umas cores lá e fazia a integração funcionar mesmo com terminais devidamente cobertos, com catracas, banheiros, lanchonetes e segurança quesito imprescindível. Porto Velho deveria ter quatro terminais: zona Sul, Leste, Centro e Norte.
Fiquei ausente da cidade por cinco anos, e com tristeza vejo quase nada de mudanças.
Acho que o SIM funciona precariamente, pois tem potencial para muito mais. Vejam que doideira é ir a central recarregar o cartão e descobrir que você só faz isso se estiver com o cartão físico, não adianta nada nome, CPF, ter o código e tudo mais. Que tecnologia avançada eles utilizam. Sendo irônica SIM.
Como positividade é meu segundo apelido, ontem, vi algo que aqueceu meu afamado gélido coração chagásico, depois de ter tirado fotos da sujeira das poltronas e nas barras do coletivo. O espaço modesto “Viajando na Leitura”, painel atrás do motorista. Um local para os usuários compartilhar livros durante o percurso.
Sê uma administração pública tem pessoas com potencial para replicar uma ideia mais que batida no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, mas nem por isso menos genial, ela merece uma chance de demostrar a que veio. Afinal, começaram a trabalhar “ontem”.
Nossa” Fiquei no limiar da assessoria e da articulista. Olha eu fazendo o trabalho da assessoria de comunicação da Prefeitura, de grátis, na faixa, tenham certeza! Porque Viviane Vieira de Assis (Paes), essa quase ex-jornalista tem péssima fama de ser sistemática, dura demais e certinha em excesso para fazer isso...
E viva a leitura, na cidade onde uma grande parte dos estudantes das escolas públicas pedem greve para não aprender, utilizam palavrões de A a Y dentro dos transporte coletivos para mostrar rebeldia; jogam lixo no coletivo como se fossem classe média e não filhos de trabalhadores que muitas vezes fazem a limpeza da sujeira literal deles; que esqueceram os bons modos e atropelam os demais sejam gestantes, mães com filhos de colo e crianças para sentar nos bancos sujos e pichados por eles mesmos...
Enfim... Acabarei entrando na parte de educação que aprendi começa em casa, jamais na escola!
Aqueles que resolvem esconder ou destruir o que o anterior faz, por ser de partido diferente me faz recordar os tempos dos faraós. Aquenaton, anterior a Ramsés, tentou implantar o monoteísmo, onde era tradicional o culto a diversos deuses e acabou sendo usurpado do poder. Até hoje arqueólogos buscam resgatar parte da história desse faraó. Quase nada sobrou além de um busto de sua esposa, Nefertiti.
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