Queda no FPM
Principal receita de 70 por cento dos municípios brasileiros, o rateio do Fundo de Participação dos Municípios –FPM esta sendo alvo mais uma vez de protestos dos prefeitos brasileiros, reunidos em Brasília. Em março houve nova queda no repasse e os alcaides reclamam que cada vez mais assumem encargos que seriam da União e dos estados.
Pólos regionais
Com os maiores colégios eleitorais do estado – Porto Velho, Ji-Paraná, Ariquemes, Cacoal e Vilhena – lançando muitos postulantes à Assembléia Legislativa para as eleições de outubro, a tendência é novamente ocorrer uma grande fragmentação de votos nestas cidades, prejudicando as representatividades locais. Municípios pequenos, no entanto, mais unidos politicamente, poderão levar vantagem com isso.
Contra o divisionismo
Por conta do divisionismo político nas cidades pólos, municípios ainda pequenos, como São Francisco do Guaporé (caso de Lebrão), emplacaram deputado, enquanto Ariquemes, Ji-Paraná, Porto Velho e Cacoal que já tiveram representações maiores, vão perdendo terreno. Os municípios prejudicados já pensam em desenvolver campanhas em favor do voto local.
Ex-governadores
Ao contrário de Rondônia que aprovou projeto de lei garantindo a segurança de ex-governadores, sem piscar, em outros estados, onde não existe obediência canina dos parlamentares estaduais ao Poder Executivo, a reação foi diferente. No Paraná, por exemplo, o projeto prevê disponibilidade de quatro policiais militares para fazer segurança dos ex-governadores durante três anos.
Uma imoralidade
Vejamos o que dizem os deputados estaduais paranaenses a respeito do benefício para Roberto Requião (o Cassol das Araucárias...): Ademir Traiano (PSDB) considera o projeto “uma imoralidade, um absurdo uma mordomia que será paga pelo povo paranaense”. E Douglas Fabrício (PPS): O governador tem que se preocupar mais com a segurança da população do que a dele”.
A umbandaime
O nascimento da Umbandaime, uma nova religião na Amazônia, que une os ritos da Umbanda com as do Santo Daime, é tema de reportagem especial da Revista Momento Brasil, que começa a circular no final de semana em Porto Velho, Rio Branco e Manaus. Descendentes de escravos, de seringueiros e de seguidores do Santo Daime criaram a nova seita.
Invasões na periferia
Para escapar do fantasma do aluguel, cujos valores estão nas estrelas na capital rondoniense, centenas de famílias apelam para invasões na periferia. Do dia para noite, as invasões se transformam em bairros, como o caso da ocupação do bairro Airton Sena II, Encravado entre os bairros Jardim Mariana e Vila Ulysses Guimarães.
Tem os especuladores
Ainda sobre as invasões: Infelizmente, entre aquelas famílias que necessitam de um cantinho para morar, também surgem os especuladores que montam barracos apenas para venda. Em temporada de eleições, historicamente as invasões aumentam em Porto Velho, desde 82, quando Raquel Cândido e Ernandes. Índio e cia usavam as ocupações como mote de campanha.
Tucanos reagem
Os tucanos se preparam para o lançamento da candidatura presidencial do governador de São Paulo José Serra, para o próximo dia 22, numa grande festa política, para servir de demonstração de força da passarada. Trata-se de uma reação ao crescimento nas pesquisas da ungida do presidente Lula, a ministra Dilma Roussef.
Do Cotidiano
O “cipó- engana-patrão”
A todo instante os pesquisadores descobrem novas aplicações para itens conhecidos ou ainda ocultos da imensa biodiversidade amazônica. Aqueles que têm contato mais direto com a terra e a floresta tendem a descobrir antes dos doutores muitas das propriedades que as plantas podem apresentar. O nome jacarandá, por exemplo, é milenarmente conhecido e se aplica a uma grande família de plantas. Só a variedade dalbergia tem mais de 500 subvariedades.
É uma árvore que fornece material para diversas aplicações: na construção em geral, na arborização, no paisagismo, na indústria moveleira por sua madeira nobre e também na produção de doces.
Uma dessas ramificações do jacarandá dalbergia, no entanto, tornou-se uma lenda entre os empregados quase escravizados dos empreendimentos econômicos do início da expansão capitalista pela Amazônia. Ao mascar as folhas do “cipó-engana-patrão”, como a variedade ficou mais conhecida pelos funcionários das fazendas e empregados dos seringais, eles ficavam com a saliva vermelha. Ao cuspir sangue diante do patrão, este, assustado, liberava o empregado do trabalho ou o mandava tirar folga para ir ao médico.
Flores e madeira − Obviamente o truque não durou muito e, a certa altura, prejudicou até aqueles que, devido a problemas reais de saúde, sangravam pela boca.
Segundo o engenheiro florestal Paulo Ernani Ramalho de Carvalho, pesquisador da Embrapa Florestas, a Dalbergia brasiliensis, também nome científico do “cipó-engana-patrão”, vem da Magnoliophyta, a maior família de plantas, da ordem das Fabales, que no geral quer dizer vegetais que dão flores. A variedade mais conhecida que ocorre na Amazônia é a “Dalbergia sp”.
Além do curioso nome popular de “cipó-engana-patrão”, uma variedade dessa planta do ramo dalbergia é também conhecida como marmeleiro, no Sul do Brasil. No Paraná há até uma cidade com o nome da planta, que dava a famosa “vara de marmelo” às mães que puniam os filhos travessos.
A árvore ganhou esse nome em homenagem ao médico sueco N. Dalberg (1730−1830) e brasiliensis porque é próprio do Brasil. O nome jacarandá, por sua vez, é proveniente da língua Tupi, como corrutela de ya-aca-r-anta, significando “árvore que possui madeira dura”.
Via Direta