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Gente de Opinião

Hiram Reis e Silva

A Cloaca Cultural Brasileira


A Cloaca Cultural Brasileira - Gente de Opinião

Hiram Reis e Silva,
Porto Alegre, RS, 20 de agosto de 2013

 
 

Vem Com Peito

(Aviões do Forró)

(...) A menina que não tem peito

Por favor não desiludaA Cloaca Cultural Brasileira - Gente de Opinião

Se você não tem peito

Agora vire e vem com a bunda (...)

(http://letras.mus.br/avioes-do-forro/vem-com-peito)

 

A contaminação intelectual do povaréu tupiniquim parece irreversível. A virulência do mau gosto, da falta de educação, da falência da ética e dos bons costumes cravou suas garras definitiva e firmemente no inconsciente coletivo de uma sociedade indigente. A degradação é patente na baixa qualidade dos programas ao vivo transmitidos pela mídia televisiva, nos degenerados protagonistas das novelas e nas letras e músicas aviltantes.

Os sons atuais, com suas letras horrorosas, falam, quando muito, aos sentidos humanos mais rudimentares e bárbaros, enquanto a boa melodia estimula o coração e a perene música clássica é capaz de instigar a alma. As letras atuais rebaixaram a mulher a um simples objeto sexual e, o que é mais impressionante, é que algumas destas vulgares criaturas dançam e vibram ao ouvi-las.

Uma destas pobres compositoras em entrevista teve a capacidade de afirmar que precisava de inspiração e muito tempo para compor seus rudes, abjetos e mal engendrados versos o que deixava patente sua mediocridade intelectual.

Acho que o grande Flávio Cavalcanti deve estar dando voltas no sepulcro e com uma vontade enorme de reencarnar e reeditar seu Programa “UM INSTANTE, MAESTRO!” para quebrar os CDs destas abjetas criaturas.

 

-  Flávio Antônio Barbosa Nogueira Cavalcanti

Fonte: Prefácio do Livro de Léa Penteado – Um Instante, Maestro! (http://mongaku.net)

 

“Li não sei onde, guardei e dou de graça”.

“O diabo banca o jogo, Deus vai pagar pra ver” .

“Meu melhor programa de televisão é aquele que ainda não fiz”.

“Tenho nojo de qualquer tipo de covardia, física ou moral. Tenho medo de ter medo”.

(Flávio Cavalcanti)

 

Flávio Cavalcanti foi um dos homens mais poderosos da TV brasileira nos primeiros anos da década de 1970. Seu poder emanava dos números do Ibope. Líder absoluto de audiência, idolatrado por muitos, desprezado por Outros tantos, ninguém lhe negava a condição de “Senhor dos Domingos”, aquele que, através dos quadros de seu programa, determinava o que as pessoas discutiriam durante toda a semana em casa ou no trabalho. O perfil que se tem de Flávio Cavalcanti após a leitura de “UM INSTANTE, MAESTRO!” é de um homem destemido, que conheceu a glória e a decadência sem se livrar desta condição.

 

-  Cancioneiro Imortal

 

Chão de Estrelas

(Orestes Barbosa – Sílvio Caldas)

(...) Na corda, qual bandeiras agitadas

Pareciam estranho festival!

Festa dos nossos trapos coloridos

A mostrar que nos morros mal vestidos

É sempre feriado nacional

A porta do barraco era sem trinco

Mas a lua, furando o nosso zinco

Salpicava de estrelas nosso chão

Tu pisavas os astros, distraída,

Sem saber que a ventura desta vida

É a cabrocha, o luar e o violão.

 

(https://www.youtube.com/watch?v=asQkrFR_79E)

 

 

A Estrada e o Violeiro

(Sidney Miller)

(...) Parece um cordão sem ponta, pelo chão desenrolado

Rasgando tudo que encontra, a terra de lado a lado

Estrada de Sul a Norte, eu que passo, penso e peço

Notícias de toda sorte, de dias que eu não alcanço

De noites que eu desconheço, de amor, de vida e de morte

Eu que já corri o mundo cavalgando a terra nua

Tenho o peito mais profundo e a visão maior que a sua

Muitas coisas tenho visto nos lugares onde eu passo

Mas cantando agora insisto neste aviso que ora faço

Não existe um só compasso pra contar o que eu assisto. (...)

 

(http://www.youtube.com/watch?v=MsY0QsgTQyQ)

 

 

Disparada

(Geraldo Vandré e Théo de Barros)


(...) Aprendi a dizer não

Ver a morte sem chorar

E a morte, o destino, tudo

A morte e o destino, tudo

Estava fora do lugar

Eu vivo prá consertar...

 

Na boiada já fui boi

Mas um dia me montei

Não por um motivo meu

Ou de quem comigo houvesse

Que qualquer querer tivesse

Porém por necessidade

Do dono de uma boiada

Cujo vaqueiro morreu... (...)

Mas o mundo foi rodando

Nas patas do meu cavalo

E nos sonhos

Que fui sonhando

As visões se clareando

As visões se clareando

Até que um dia acordei...

 

Então não pude seguir

Valente em lugar tenente

E dono de gado e gente

Porque gado a gente marca

Tange, ferra, engorda e mata

Mas com gente é diferente...


 

(https://www.youtube.com/watch?v=82dRs2z6iQs)

 

-  Livro do Autor

 

O livro “Desafiando o Rio-Mar – Descendo o Solimões” está sendo comercializado, em Porto Alegre, na Livraria EDIPUCRS – PUCRS e na rede da Livraria Cultura (http://www.livrariacultura.com.br). Para visualizar, parcialmente, o livro acesse o link: http://books.google.com.br

 

Fonte: Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva

Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA);

Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS);

Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil – RS (AHIMTB – RS);

Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS);

Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional.

E-mail: hiramrsilva@gmail.com

Blog: http://desafiandooriomar.blogspot.com.br

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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