Quinta-feira, 2 de dezembro de 2021 - 06h00
Bagé, 02.12.2021
As grandezas do nosso Brasil, não foram vistas pelo poeta de “Tragédia Épica”, pelo seu lado estático,
de formas radiantes de uma natureza grandiosa, mas também pelo seu lado
dinâmico, em revelações eloquentes da alma do povo, que sente a terra, o seu
cenário e os seus homens, em irradiações estupefacientes de uma majestosa e
única prodigalidade. Há, em equipolência ([1])
das 3 zonas ‒ o Pampa, o Amazonas e o Sertão do Cariri ‒ a diversidade de 3
almas ‒ o gaúcho, o seringueiro e o sertanejo ‒ as quais são os três oficiais,
sentimentalmente díspares no fato da guerra, porque estavam dirigidos por amores
diferentes ‒ o da noiva, o da mãe e o da filha.
A correnteza poética, que, dizendo-se nova, por formas
extravagantíssimas de Arte e de Estética, procura exaltar a terra e o homem do
Brasil, chega tarde, verdadeiramente, em face da prioridade real, que
Mangabeira deu às suas inclinações pela fulgurante grandeza brasileira. Em “Tragédia Épica” os feitos dos homens se
celebraram porque eram eles brasileiros, ao mesmo tempo em que se afirmaram
como tais, por sua própria razão de ser. Não se forçou a natureza, nem do
quadro, nem das figuras, para se exaltar o heroísmo do jagunço, para se
afervorar ([2]) o acontecimento
épico, contido na grande tragédia, ou para se inundar da luz da glória, a
epopeia dos feitos guerreiros.
A tragédia, sendo ao mesmo tempo épica, não tira o valor da raça e do
homem, porque é a relação entre o doloroso e o heroico, entre o triste episódio
e o vibrante heroísmo o Brasil está louvado sem prejuízo da gramática e da
arte, sem desprestígio da poesia e do bom senso Falam três almas distintas, com
um só sentimento elevado: o amor da Pátria. Cada um deles sofre, entretanto, o
seu amor individualmente, sob a impressão do momento.
O que todos exuberam ([3])
por igual – o Gaúcho, louvando os campos, aonde corre o cavaleiro arguto e sem
rival; o Nortista, fascinado pela magnificência do Rio-mar, onde se espelha,
não a sua figura na correnteza calma, mas a sua alma, nos grandes momentos das
insopitáveis ([4]) pororocas e o
Nordestino, assombrado, não com a sua própria sombra, mas com a fartura da luz
e de calor, que o Sol dispersa nas terras, onde a vida se modifica para ser
virtualmente ânsia e desespero, na sede e na fome espalhadas pelos sertões
áridos e crestados ‒ o que todos exuberam por igual, é a fascinação brasileira,
o fanatismo da nossa terra, a paixão das nossas gentes, pelo que é seu, no
rincão da família, pelo que é nosso, na Pátria Brasileira.
Sentiu Francisco Mangabeira nos campos e nas trincheiras, de Monte Santo
a Canudos, através de diversas etapas, o valor étnico daquelas gentes
desconformes nos sentimentos individuais, e, no entanto, unânimes na objetiva
de felicitar o Brasil pela paz entre os seus filhos, levados a campanhas
extremas, sem perda, contudo, da noção de identidade humana, que o fanatismo
religioso apenas obumbrou ([5]).
E por isto, para os transviados, o poeta primou na dedicação à caridade.
Quando regressou, depois de incendiado o Arraial dos fanáticos e de decapitados
muitos deles, pela famosa gravata vermelha, que o foi o degolamento à faca, na
fúria dos vencedores, a 23.10.1897, trouxe, como recompensa, os maiores elogios
dos chefes militares. Dizia-se que tinha prestado relevantes serviços nos
hospitais de sangue, e, mais do que tudo, uma experiência dolorosa do quanto
pode, não raro, o atavismo humano.
Porque não salientar o estado d’alma do poeta, como resultado psíquico
daquela peregrinação pelos sertões ensanguentados da Bania, com a prova
explícita dessa experiência, naqueles belos versos que formam a “Carta do Soldado”, cuja grandiosidade
está justamente na razão direta da simpleza com que se escreveram, num ritmo,
vulgar, com a luxúria, entretanto, das rimas preciosas? Lá estão esses versos
magníficos, escritos nos arraiais da luta, na “Tragédia Épica”, como elemento do grande poema. Mas, eles sós tem o
apreço e a valia de um poema.
E ainda não é tudo. Contêm eles quadras que em si sós são outros lautos
poemas. Eis uma:
(Mangabeira, 1900)
O soldado embora bravo
É esquecido pela lei...
Mas, se eu aqui sou escravo
Nos teus cismares sou rei!
A alma sensível do poeta, procurou, no extremo oposto ao ambiente
sangrento, em que fazia o seu tirocínio quotidiano, o meio próprio para
produzir a profunda censura da animalidade sobrevivente do homem ‒ a sua obra
foi sempre de criação e de crítica ‒ no fato da guerra.
Foi consequência esse ponto de vista, em que Francisco Mangabeira se
colocou, da necessidade que provou de expandir o seu interesse artístico, ou
psicológico, através da rebelião íntima contra os horrores desenvolvidos
tetricamente aos seus olhos, na vizinhança do hórrido Canudos. Assim, aspirou
ele, com uma vaga tristeza, em ‒ “A Carta
do Soldado” ‒ a uma felicidade, a uma expressão de beleza, que estava
prometida, mas sempre e sempre recuada, quando nada pela inércia dos
combatentes. Mas, aquela passagem pelas intempéries dos hospitais de barraca, a
pensar ferimentos e a curar almas, com a sua palavra inspirada na sua fé
ardente de artista, contorceu a diretriz da sua existência tranquila e
superiormente serena.
Recordar-se aquele instante doloroso, em que Francisco, metamorfoseado em
um cirurgião militar, embora ainda a atravessar as Termópilas ([6])
do terceiro ano do curso médico, dentro de uma farda singela, armado e abatido,
na “gare” ([7])
da Estrada de Ferro da Bahia ao São Francisco, apertou o seu choroso pai de
encontro ao peito, é refazer-se um dos seus grandiosos momentos de sua curta
existência de abnegado, que o foi.
Não deslizou pelo seu rosto moreno, uma só lágrima. No entanto, os seus
olhos estavam apagados, como as paisagens das serranias envoltas na bruma dos
crepúsculos. E, mordendo o lenço branco, sofregamente, nervosamente, pela
janela do “wagon” ([8])
– fui testemunho de vista – fitou com o saudoso pai, até que o comboio se foi e
ele perdeu, com a distância, a vista do genitor estremecido...
O artista desenvolveu-se triunfalmente com o envolvimento do poeta nas
angusturas do Exército, a que servia. O médico, porém, só se completou por
força do compromisso de diplomar-se que Mangabeira assumiu com a adoção da
carreira. E isto, aliás, sem maior retardamento, em 1900, mas também sem notas
acadêmicas, que lhe dessem maior brilho entre os seus condiscípulos e colegas. Ainda
no quarto ano do curso, estimulado pelos arroubos dos encômios ([9])
com que Múcio Teixeira, desde 1896, em uma série de artigos, sob o título de ‒
“Um Novo Poeta Baiano” ‒ estampada no
Jornal de Notícias, da Bahia, e em 1897, em continuado estudo, publicado na
Cidade do Rio, o afamado jornal de José do Patrocínio, Francisco Mangabeira
estampou o seu primeiro livro de versos, sob a impressionante epígrafe de ‒ “Hostiário”. Este volume de grandiosos
versos, porém, não foi o que primeiro escreveu o poeta. E isto explicou ele em
nota aposta ao volume, do teor que se segue:
Este livro, que tem a prioridade na publicação, não foi o primeiro que
compus. Escrevi o “Hostiário” de 1896
a 1897, quando já estavam prontos as “Flâmulas”
e os “Poemetos”. Se o prefiro aos
outros para a minha estreia, é porque o acho o mais sincero de todos, embora a
uniformidade do metro e do assunto, possa torná-lo enfadonho. [...]
As reticências, que não são minhas, mas do poeta, significam,
positivamente, muita coisa, porque suspenderam, para sempre, o seu próprio
juízo sobre o assunto do poema: o amor. O fato, entretanto, foi que o “Hostiário” sensacionou ([10])
e, da Província, o nome do poeta, já definitivamente aureolado, segundo as
previsões de Múcio Teixeira, chegou à capital do país, ecoando por todos os
Estados, cheio de glórias e de gabos.
Na Bahia daqueles atrasados tempos, onde, com relativa importância,
chegado do Sul, esbanjando a fama que os forasteiros costumam apregoar de si
mesmos, pontificava, em rodapés de jornais, Damasceno Vieira, este, do cimo de
sua velhice e das ânsias de sua arte passada, não pode deixar de proclamar o
triunfo obtido pelo “Hostiário” ‒
acrescendo o valor dessa proclamação o fato de que, feito o pregão de
Mangabeira, como o fora por Múcio Teixeira, já tinha o novo artista contra si a
inimizade daquele poeta como crítico de seu primeiro livro de versos... Pois
Damasceno escreveu:
Assim como das sete notas musicais, compositor emérito sabe formar
variadas e felizes combinações, que nos deleitam o ouvido e nos transportam a
sentimentais devaneios, assim também o poeta do ‒ “Hostiário” ‒ com limitado número de objetos, compõe um poemeto de
227 páginas: pouco se afasta de “vossos
olhos” ([11])
deslumbradores, o vosso peito piedoso e são, mãos leves e puras, aquela boca de
flor, sorriso brando, cabeça de oiro, tranças bastas e escuras, e a vossa face
divina e bela.
Francisco Mangabeira escolheu como tema um único assunto ‒ o Amor; uma
cadência única ‒ a dos versos de nove sílabas. Espírito juvenil e já
transcendente, soube disciplinar-se a ponto de submeter o seu talento a essa
dupla cadeia.
Traça limitado horizonte ao estro; circunscreve a forma dentro dos
limites estreitos dos monossílabos; arrisca-se a parecer monótono; porém vence
as dificuldades que se criou para a sua estreia; encara o Amor por mil faces;
percorre febrilmente toda a gama da paixão, ora otimista, ora pessimista; dobra
e desdobra os versos a seu talante ([12]);
repete-os como estribilho; enovela-os; distende-os em quadras, em quintilhas,
em oitavas; ‒ e produz assim as mais variadas harmonias, subordinadas embora ao
mesmo compasso, como se nos proporcionasse um original concerto só composto de
valsas, porém escolhidas e emocionantes valsas de Strauss.
Acha-se o livro metodicamente dividido: a cada um dos quatro tipos ideais
de mulher, o jovem poeta consagra doze poesias, demonstrando assim que Dona
Laura, Dona Leonor, Regina e Santa, merecem-lhe o mesmo culto.
Estava realizado o êxito prometido. O livro emocionava, o livro sacudia a
indiferença da Província ressabiada com todos os poetas ‒ prevenção antiga e
dolorosa! ‒ o livro, enfim, indicava uma grande individualidade poética, uma
grande personalidade artística no seu autor. E bastou “pour épater” ([13]).
Um seu contemporâneo asseverou:
Bem sabia que o seu livro era primoroso e tinha de ser
apreciado, se não pelo povo, de quem sabia e dizia ser desvalorizada a opinião,
mas pelos que têm e sabem apreciar uma estrofe bem trabalhada, e fora dos
moldes banais e vulgares da norma
E esse contemporâneo, que emitiu tão firme consideração, foi Fernando
Caldas, tecendo o elogio do poeta do “Hostiário”.
Através das páginas desse seu primeiro livro, o amor é a essência e a própria
vida do poeta. Por isto Mangabeira talvez adotasse intimamente como flâmula de
seu poema, a expressão de Balzac: “L’Amour
c’est mon essence et ma vie” ([14]).
A razão está por toda a parte. E o poeta a diz nos versos com que abre o
hostiário de Dona Leonor:
Dona Leonor
(Mangabeira,
1898)
Nestas
poesias eu vos proclamo
A
vencedora do meu amor.
Resumem-se
elas nisto: ‒ Eu vos amo,
Como
as abelhas ‒ o prado em flor.
‒
Poli o verso, conforme pude
Para
cantar
A
primavera da juventude,
Que
vejo em vossa fronte brilhar.
Nestas
poesias eu vos proclamo
A
vencedora do meu Amor...
Resumem-se
elas nisto: ‒ Eu vos amo,
Como
a ave ‒ o ninho cheio de olor.
Faço
com elas uma moldura
Para
engastar
A
vossa imagem risonha e pura
Os
vossos risos, o vosso olhar.
Nestas
poesias eu vos proclamo
A
vencedora do meu amor.
Resumem-se
elas nisto: ‒ Eu Vos amo,
Como
o Sol ama seu resplendor.
Uma
coroa teço e com ela
Vou
adornar
A
vossa face divina e bela,
Iluminada
pelo luar.
Nestas
poesias eu vos proclamo
A
vencedora do meu amor.
Resumem-se
elas nisto: ‒ Eu vos amo,
Como
um crente ama Nosso Senhor.
Inda
hei de ver-vos, senhora minha,
A
irradiar,
Como
se fosseis uma rainha
Vinda
das terras de além do mar.
Nestas
poesias eu Vos proclamo
A
vencedora do meu Amor.
Resumem-se
elas nisto: ‒ Eu Vos amo,
Perdidamente,
Dona Leonor.
O ‒ “Hostiário” ‒ correspondia,
pois, à profética anunciação que dele proclamou Múcio Teixeira. Com especialidade
na juventude das escolas superiores da Bahia. É bem dito que o berço do gênio,
como o de Hércules, é cercado de serpentes ([15]).
Se, de fato, fadas tutelaram o nascimento do poeta, augurando-lhe uma
venturosa travessia na vida da arte, é certo também que serpentes lhe acompanharam
os passos, por toda a parte.
A proclamação ruidosa que Múcio Teixeira lançou ‒ poeta iluminado com a
previsão de profeta ‒ realmente fez anunciar o advento do artista, porque o
poeta já estava por si mesmo armado de cavaleiro, “de ponto em branco” ([16]).
Mas, prejudicou-lhe a simpatia para outros muitos, que se apaixonaram com
as exterioridades bizarras da estranha criação artística. A estreia de
Francisco Mangabeira fundamentou a divisão dos moços contemporâneos em duas
correntes, não para que se lhe desse competidor, mas para que se lhe
distribuíssem simpatias maiores e menores...
Foi, entretanto, mais numerosa a corrente das simpatias. E o poeta, na
verdade, ficou para sempre popularizado nas academias de seu tempo.
(Mangabeira, 1900)
Da
guerra o monstro estertora ([17])
Sob
os pés do anjo da paz,
Que lembra Nossa Senhora
Esmagando Satanás.
Partiu o poeta entre os primeiros acadêmicos, de vários anos do curso
médico, para os hospitais de sangue, nas circunvizinhanças de Canudos, onde,
acastelado, entre defesas naturais, Antonio Maciel, sob o vulgo apavorante de
Antonio Conselheiro, fez resistência, durante perto de um ano, aos soldados da
República. Na mesma turma de destemidos, seguiu com o rumo do poeta, o seu
irmão Carlos Mangabeira.
A partida ocorreu na tarde de 27.07.1897, por volta das duas horas,
embarcados todos em um carro de primeira classe, tirado pela locomotiva número
18, que, as sete horas da noite do mesmo dia, se deteve na estação da cidade de
Alagoinhas, no Norte da Bahia. E essa partida foi uma das cenas mais tocantes a
que já assistimos. Francisco Mangabeira recebia, a todos os instantes,
impressões desconhecidas, mas que fundo sulcavam a sua retentiva ([18]),
afim de, mais tarde, servirem de germens ao seu livro ‒ “Tragédia Épica” ‒ que, não sendo criado com as originalidades com
que o fora o ‒ “Hostiário” ‒ contudo
mereceu críticas mais fortes, a começar por mal entendida impropriedade de seu
título, e a terminar por inexpressivas condenações de imagens e de metro. Por
toda parte daquele trajeto, em demanda de Canudos, Mangabeira colheu
inspirações, cada vez mais poderosas para o seu estro, e mais legítimas para a
sua poesia.
Toda a viagem foi tormentosa: uma verdadeira Eucaristia de surpresas a de
aborrecimentos, não obstante o entusiasmo febril da mocidade. Em Alagoinhas,
foram os abnegados moços homenageados com um banquete. Naquele burburinho de
ruidosas festas, Francisco manteve a secura de suas linhas fisionômicas,
aprofundado, mais do que nunca, porque sempre estivera mergulhado em infinita
tristeza, em cismas, que não o abandonaram jamais.
Depois do baile ‒ minuto de alegria naquele século incomensurável de
saudades ‒ às quatro horas da madrugada, precipitando-se a desenvolução ([19])
da viagem que produzia fadigas, embarcavam-se todos e prosseguiam na marcha,
conduzidos pela máquina de número 28, às cinco horas e meia da manhã, indo
esbarrar, as 9 horas em Serrinha, onde foi servido um almoço, e de onde
partiram às 10 horas. As povoações sertanejas recebiam os moços com os alentos
de ovações profusas, e todos eles, no aceso dos entusiasmos, vivavam ([20]),
por toda a parte, a República, a repelirem a falsa acusação de monarquista com
que maldiziam, então, a Bahia. Um escritor expôs assim a primeira decepção
daquela mocidade abnegada, ocorrida com a sua chegada a cidade de Queimadas,
onde se detiveram às 2 horas da tarde daquele mesmo dia:
Aí já principiamos a sentir pela família o que martiriza o coração e
acabrunha o espírito ‒ a saudade; aí já principiamos a sofrer os horrores da
guerra e as decepções do homem grosseiro. Era um representante do Exército
Nacional quem assim procedia, muito diversamente dos seus ilustres colegas.
Era o sr. Comandante da Praça, Major Nemésio de Sá, que, com a grosseria
que lhe é característica, dizia, ao cientificarmos-lhe que éramos os acadêmicos
de medicina:
‒ Pois bem! Isto aqui
é Queimadas! Os senhores procurem seus cômodos. Eu não tenho nenhum, nem posso
dar nada!
Incrível! Por esta fúnebre recepção imaginem os leitores o que estava
reservado para nós. Não fosse a briosa oficialidade do 24° Batalhão de Infantaria,
e teríamos de passar toda a sorte de misérias, ao sabor do sr. Comandante da
Praça.
Foram eles que nos deram o alimento preciso para a nossa subsistência e
nos dispensaram tantas finezas, que nos fizeram hipotecar-lhes a nossa
gratidão. Logo que chegamos a Queimadas, depois de receber-nos dessa maneira o
sr. Comandante da Praça, procurávamos os meios de que podíamos lançar mão,
quando se nos apresenta o simpático e ilustre Alferes José L. Sodré Pereira, do
16° de Infantaria, a oferecer-nos a sua casa, que, “embora pequena, poderia comportar todos aqueles que,
desinteressadamente, marchavam pressurosos em defesa do torrão pátrio e que
também eram seus colegas”. Alguns ficaram com o Sodré e outros com os
demais oficiais do 24°, que, além das muitas amabilidades que nos dispensaram,
disseram ‒ “serem todos companheiros de
luta”. Eis porque não passamos aí privações idênticas às de Canudos.
Bibliografia
DINIZ, Almachio. Francisco Mangabeira – Brasil – Rio de Janeiro, RJ – Tipografia da
Escola Profissional, 1929.
Solicito Publicação
(*) Hiram Reis e Silva é Canoeiro, Coronel de Engenharia, Analista de
Sistemas, Professor, Palestrante, Historiador, Escritor e Colunista;
· Campeão do II
Circuito de Canoagem do Mato Grosso do Sul (1989)
· Ex-Professor
do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA) (2000 a 2012);
· Ex-Pesquisador
do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx);
· Ex-Presidente
do Instituto dos Docentes do Magistério Militar – RS (IDMM – RS);
· Ex-Membro do
4° Grupamento de Engenharia do Comando Militar do Sul (CMS)
· Presidente da
Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS);
· Membro da
Academia de História Militar Terrestre do Brasil – RS (AHIMTB – RS);
· Membro do Instituto
de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS – RS);
· Membro da
Academia de Letras do Estado de Rondônia (ACLER – RO)
· Membro da
Academia Vilhenense de Letras (AVL – RO);
· Comendador da
Academia Maçônica de Letras do Rio Grande do Sul (AMLERS)
· Colaborador
Emérito da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG).
· Colaborador
Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN).
·
E-mail: hiramrsilva@gmail.com.
[1] Equipolência:
equivalência.
[2] Afervorar:
encher-se de fervor.
[3] Exuberam: tem
em excesso.
[4] Insopitáveis:
irrefreáveis.
[5] Obumbrou:
anuviou.
[6] Termópilas:
Batalha dos 300 de Esparta contra 250.000 persas.
[7] Gare: estação.
[8] Wagon: vagão.
[9] Encômios:
louvores.
[10] Sensacionou:
teve grande sucesso.
[11]
Vossos
olhos: «Pois o Sol brilha nos vossos olhos» «E em vossos olhos vi minha cruz.»
«[...] somente quando veem vossos olhos» «Volvei-me a bênção misteriosa dos
vossos olhos de serafim!» «Os vossos olhos são meu fanal» «Nem também rogo doce
guarida na luz dos vossos olhos, Senhora»... (MANGABEIRA ‒ Hostiário)
[12] Talante:
arbítrio, vontade.
[13] Pour épater:
para impressionar.
[14] “O amor é minha essência e minha vida”.
[15] A deusa Juno (Hera),
esposa de Zeus, enciumada pela traição de Zeus com uma de suas amantes mortais –
Alcmena, enviou duas serpentes para matar Hércules, filho do casal de amantes,
ainda no berço.
[16] De ponto em
branco: elegante.
[17] Estertora: agoniza.
[18] Retentiva: memória.
[19] Desenvolução:
decorrer.
[20] Vivavam: davam
vivas, aclamavam.
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – X
Bagé, 20.12.2024 Continuando engarupado na memória: Tribuna da Imprensa n° 3.184, Rio, RJSexta-feira, 25.10.1963 Sindicâncias do Sequestro dão e
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – VI
Silva, Bagé, 11.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 224, Rio de Janeiro, RJ Quarta-feira, 25.09.1963 Lei das Selvas T
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – IV
Bagé, 06.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 186, Rio de Janeiro, RJSábado, 10.08.1963 Lacerda diz na CPI que Pressõessã
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – III
Bagé, 02.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 177, Rio de Janeiro, RJQuarta-feira, 31.07.1963 JB na Mira O jornalista H