Sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022 - 11h14
Bagé, 04.02.2022
Quo Vadis?, n°
187
Manaus,
AM – Quinta-feira, 22.10.1903
No
País da Miséria – O Acre no
Ponto de Vista Moral
III
A inteligência acanhada e inculta é a mais apropriada à moralidade
deficiente e manca. Como há de o homem preencher bem os seus devores em relação
à família e à sociedade, se os não compreende ou se não sabe quais sejam eles? O
sentimento pode em tais casos ser o mais nobre e mesmo o mais fervoroso.
Debalde o é; porque ninguém pratica virtudes que não conhece. O Acre, no ponto
de vista moral, é uma consequência lógica do Acre sob os aspectos intelectuais
e físicos. Mas, não se deve inferir destas palavras que a moralidade no Acre
seja apenas defeituosa e mesquinha como o são a mentalidade do povo e o
espetáculo geral da região. Para isso seria necessário que ele não passasse de
um povoado comum, onde as especulações comerciais não encontrassem tão vasto
campo de ação. E não é, escusava dizê-lo, o caso. No seu caráter de Califórnia,
não podia o país furtar-se aos graves desvios que a ganância pecuniária por
toda parte inventa; na sua qualidade de terra desprotegida e remota alimenta,
como é natural, os crimes que a justiça ignora e os vícios que o isolamento
inspira e desenvolve.
No Acre, pela ambição de fazer fortuna rapidamente, o homem começa
perdendo os escrúpulos de honestidade que em outro meio menos orgíaco
conservaria. Em seguida, sentindo as mais elementares necessidades materiais e
sociais, entrega-se ao vício por desocupação ou para esquecer a miserável
situação em que se encontra. Daí os casos frequentes de gulodice desenfreada,
de libidinagem incontinente, de embriaguez contumaz. E, no correr dessa vida de
depravação contínua, o trabalhador perde a maior parte dos dias, o patrão
descura dos seus negócios, a mulher habitua-se ao desrespeito com que é
tratada, as crianças permanecem abandonadas a si mesmas. Nos lugares mais
povoados [Antimarí, Porto Alonso e Xapuri] passam as noites nas mais
extravagantes bacanais em que consomem caixas e caixas de péssima cerveja,
cujas garrafas são abertas a terçado e esvaziadas sem auxílio do copo. E a
maldade campeia francamente no desconceito ([1])
da família, na explicação desairosa do todas as fortunas [aliás ilusórias] do
Acre, na descoberta de secretos vícios, em todas as intrigas que um pequeno
povo desmoralizado imagina e cultiva.
Da Boca do Acre até o Igarapé da Bahia, isto é, um quase todo o curso do
Rio, não conheço um homem [excetuado um Sr. Vieira do Xapuri] a quem não tenha
ouvido chamar de trapaceiro ou gatuno. E há, certamente, razão para se terem em
má conta, indivíduos que vendem latas de leite condensado a 13.000 réis, latas
de sardinha a 10.000 e mercados ([2])
de canela a 7.000 réis. Mas não penseis que quando o acreano chama Fulano ou
Cicrano de gatuno refere-se a esse exagero de preços absolutamente natural para
ele.
Não! Trata de fatos incomparavelmente mais graves que vos narra por
miúdo, apresentando o necessário testemunho. O que não o impossibilita,
entretanto, de manter as melhores relações de amizade com as pessoas de quem
fala mal e mesmo de elogiá-las na presença como sendo modelos de honestidade. Dessa
perfídia quase inconsciente, à força de habitual, abundam em exemplos os chefes
locais da revolta, ora criminando tudo quanto ela há feito, ora desculpando-lhe
todas as depredações, segundo a opinião das pessoas que os ouvem. O espírito da
velhacaria e trapaça chegou no Acre ao ponto de seus habitantes estranharem ou
confundirem as mais espontâneas noções de justiça. Num dos dias do julho
passado apresentou-se à Delegacia Policial do Xapuri um indivíduo queixando-se
de que outro queria comprar-lhe, contra sua vontade, um burro. Chamado esse
outro à presença do Delegado, difícil coisa foi convencê-lo de que devia
restituir o burro ao seu amargurado dono, por isso que o violento comprador
pensava firmemente que lhe assistia o direito de obter o animal, quisesse ou
não quisesse vendê-lo o possuidor. José Galdino, a quem já fiz referências,
deixou de pagar alguns empregados de sua casa sob pretexto de serem soldados,
visto que um Decreto de Plácido de Castro, tornara militares todos os
habitantes do Acre. Citado em audiência do Delegado do Xapuri e provando os
queixosos que passaram todo o tempo da revolta trabalhando, com ordenado fixo,
na propriedade de José Galdino, sem nunca serem alistados, decidiu o Delegado
que o Cel pagasse o que devia. José Galdino achou esse julgamento tão
arbitrário e vexatório que tomou uma canoa e foi-se a “Empresa” queixar-se ao Gen Olympio. Essas, todavia, e mais as que
se limitam a aumentar continuamente o débito dos trabalhadores a fim do que não
tenham saldo nunca, são traficâncias que não prejudicam senão a bolsa dos seringueiros.
Há também as que se estendem até à violência física por intermédio do
tronco, do vergalho ([3])
e muitas vezes pela eliminação do indivíduo. No Acre não é raro surrar-se um
homem pelo fato de reclamar sua conta afim de saber em que condições está, como
não é extraordinário que se mande assassinar outro por ter saldo, não obstante
todas as fraudes do patrão. Mas isso não é ainda o que de pior tem produzido a
ganância aliada à desonestidade. Faz-se mais esta transação infinitamente
nefanda: tomam-se a mulher e os filhos a um seringueiro para dá-los a outro que
desde então, e por isso, obriga-se a pagar a dívida suposta ou verdadeira do
espoliado! Eu sei que a imaginação humana é fértil na inventiva do mal. Sei que
há na história inúmeros exemplos de maiores e mais repelentes monstruosidades.
Não me espanta, pois, este caso de depravação moral, mas contrista-me, como a
qualquer homem de coração, vê-lo passar sem um protesto, sem uma digna
repulsão, ao menos por
parte da vítima.
No Acre o indivíduo tão brutalmente ofendido naquilo que tem de mais
sagrado limita-se a mudar de patrão e poucas vezes de lugar. E não são somente
os trabalhadores que passam esta vida do odioso cativeiro. Um dia batem à porta
do patrão um juiz, um promotor e um advogado: instauram-lhe um processo, muitas
vezes por crime não cometido, e o pobre homem não se vê livre dele senão depois
de ter-lhes dado alguns contos de réis em borracha. José Joaquim de Mattos,
morador em Campinas, pagou no ano passado seis contos de réis a um negociante
de Antimarí sem nunca ter tido negócio com este homem.
Em compensação José Joaquim de Mattos tornou esta vingança tão tremenda
quanto solene: pregou na porta do Barracão de sua residência o recibo
competentemente selado que lhe passou o desconhecido credor! Acrescente-se a
todas as misérias descritas as eternas disputas oriundas do direito de
propriedade e ter-se-á uma ideia aproximada do que seja o Acre no ponto de
vista moral. Ali não há, com efeito, dono de Seringal que não tenha questões com
todos confinantes ([4]) de sua pessoa.
E, em virtude, das extravagantes noções que tem da agrimensura ([5]),
ou antes por causa da ideia preconcebida e fixa da velhacaria, não basta para
resolver as que façam demarcações em regra, que se dividam os lotes em polígonos
regulares com picadas largas e marcos em todas as linhas quebradas. Fora
preciso que estivesse à frente daquele povo um homem de valor e de chicote em
punho, uma espécie de Francia ([6])
que concentrasse nas próprias mãos todos os poderes para distribuí-los com
energia e justiça.
Porque, em verdade, a população do Acre pouco difere dos selvagens que o
eminente paraguaio teve de chamar à disciplina, ao trabalho e à ordem. Tal
homem não teria, certamente, nada que temer, mas muito que corrigir. O acreano
é fraco, obediente e tímido, mas é também manhoso, relaxado e reincidente no
delito. Nada lhe falta para ser desgraçado material, intelectual e moralmente.
Manaus, 17 de outubro de 1903.
Alípio Bandeira, 2° Ten de artilharia (JQV, n° 187)
Quo Vadis?, n°
188
Manaus,
AM – Sexta-feira, 23.10.1903
No
País da Miséria – A Revolta
IV
Um povo que não pensa e não ama, que não cuida senão de ganhar dinheiro e
que, com o espírito preso a esse ideal da riqueza, sofre as maiores privações e
se sujeita ao mais rude rebaixamento, não pode ter ambições de glória, não anda
queimando incenso nas aras da liberdade e menos se agita em assomos de
patriotismo.
Da glória [porque conhece a sua profunda insignificância] nem cogita, nem
trata; da liberdade apenas sente os benefícios através de reflexões mais ou
menos confusas; de patriotismo somente sabe que nasceu numa certa nação. Um,
tal povo não tem entusiasmos nem tem agonias. A vida para ele resume-se nos
fatos que o cercam e dos quais depende.
Pode, a política tomar todas as feições, a liberdade Pátria periclitar ([7])
e até desaparecer nas garras da conquista; a integridade nacional ressentir-se
dos mais infensos cortes.
Para ele Pátria reduz-se ao canto da terra em que exerce a sua atividade
e no qual permanecerá satisfeito, desde que o deixem trabalhar, ainda que mude
de dono.
E se as condições geográficas do País, que habita são tais que o isolem
do resto do mundo, todo esse desinteresse transforma-se em verdadeira
indiferença. Os ecos das grandes lutas humanas não chegam até ao seu deserto;
não o incita; pois, o alheio exemplo do heroísmo ou do amor. Tudo lhe parece
bem, inclusive a própria desgraça. Nada se lembra de concertar na ordem social,
nem mesmo aquelas injustiças que o ferem diretamente.
Porque não basta sentir: é necessário agir também e um povo assim não tem
capacidade para a ação, à falta de exercício. Quando lhe chega a hora do
sofrimento, sofrerá murmurando, mas sofriam sem reagir. Não tem abnegação, não
tem coragem, não tem aspirações. Os sonhos de patriotismo, os ideais de
liberdade, ambições de poder e de mando, a fé, o ardor, a pertinácia, a bravura
não encontram guarida no seio de tal gente.
A própria dignidade torna-se então uma coisa convencional senão postiça.
O pensamento dorme, oblitera-se o sentimento e a atividade só se desperta para
a costumeira labutação. Este é o povo do Acre, o qual não desejou nem fez
jamais Revolução por gosto.
Logo que lhe bate à porta o aventureiro de mal entendida glória ou de
inconfessados interesses, logo entrega-se e vão para a luta, não como o soldado
entusiasta e decidido, mas como a ovelha medrosa sobre a qual derreou-se o lobo
voraz. No Acre um homem qualquer de medíocre energia arrasta do primeiro
Seringal a que chega 20 ou 30 homens e com esses toma dos outros todo o pessoal
que quiser. Encontrará, sem dúvida, muita má vontade, tanto entre os
recrutados, como no meio dos patrões, porque sabem por experiência que nada tem
a ganhar.
Esta oposição, porém, não passa de falatório mais ou menos indiscreto,
conforme a índole dos prejudicados e a opinião dos ouvintes. Mas essa não foi,
é força dizê-lo, a marcha da última revolta. O povo estava perfeitamente bem na
situação em que se encontrava. As autoridades eram tiradas, ao que parece, da
ralé boliviana. Não se faziam distinções: o seringueiro bebia e jogava em comum
com os juízes e com os delegados. Não havia para os deboches ninguém tão
respeitável que não pudesse assisti-los, nem tão baixo que não merecesse um
convite. Os juízes eram tão interessados nos negócios como outro cidadão
qualquer. A tropa pouca, os impostos pequenos, o relaxamento completo. A
polícia fechava os olhos aos delitos, ou punia-os com extrema severidade,
conforme queriam os patrões. A falta de pudor administrativo chegava ao ponto
de se fiarem os direitos de exportação. E cada qual tinha livre o campo para
praticar as traficâncias que pudesse. Era a situação que convinha ao povo
desmoralizado e cediço ([8])
do Acre.
A revolta precisou, pois, de um protesto que servisse para iludir até
certo ponto os patrões e que viesse ecoar cá fora como um rasgo simpático do
patriotismo. Aproveitou-se do arrendamento americano. Chegando a Xapuri Plácido
de Castro convenceu facilmente os negociantes daquela aldeia de que contava com
altas proteções, que tinha tido conferências com pessoas poderosas, que todo o
Baixo Acre, finalmente, estava em armas. Era um embuste, ao menos no que se
refere ao movimento do Baixo Acre, mas serviu aos seus fins. José Galdino e
Joaquim Maia, acenados ainda com as patentes de Coronel, deram-lhe o primeiro
pessoal com quem devia descer o Rio para entrar em ação.
Era quanto bastava. De então por diante não lhe faltaram soldados. Onde
chegasse fazia requisição e era atendido com fingido agrado. Ele tinha efetivamente,
mais gente do que necessitaria para tomar à força a que lhe fosso negada, e o
povo do Acre era bastante medroso para arriscar uma recusa. Contudo o decantado
chefe distribuiu a torto e a direito uma infinidade de patentes que prometeu
[coisa irrisória!] transferir para o Exército no momento oportuno. Dono de
seringal era Coronel ou Tenente-Coronel, conforme lia melhor ou pior; aviadores
([9])
eram Majores e Capitães, trabalhadores que soubessem ler eram Tenentes e
Alferes. E esse homem que andou alguns meses pelas guerrilhas do Rio Grande do
Sul e que na Escola Militar de Porto Alegre aprendeu certos rudimentos de
organização militar, dividiu as suas forças em Brigadas, distribuiu comandos,
teve Ajudante e Quartel-Mestre-Generais ([10]),
Comandantes de Distritos, etc.
Mas no fim da organização chegou a esta coisa ridícula: um Batalhão de
coronéis e majores que, por não prestar para nada e não querer sujeitar-se às
fadigas da campanha, foi considerado fidalgo, chamado Batalhão dos Cadetes e
comandado por um Sargento! Também não era de estranhar essa posição
contraditória e dúbia. No restante das forças acreanas havia capitães e Alferes
corneteiros. Mas não bastava o pessoal; a revolta precisava, é claro, de
gêneros alimentícios. Por onde passava o Exército acreano não ficava boi, nem
porco, nem bode, nem galinha de pé. O Acre, porém, era, como hoje, pouco
sortido desses animais. Fizeram-se requisições de comestíveis a troco de vales
com promessa de ótimo resgate.
Os patrões mais espertos enterraram suas mercadorias para não serem
consumidas; outros deram as que não puderam com subterfúgios, negar. Só o
desgraçado trabalhador, não teve licença de possuir mais nada. Tomaram-lhe o
feijão, o milho, o rifle e mesmo as latas de, conservas que tinham em casa.
“Além de queda, coice” ([11])
‒ é a expressão popular. Ele ia para a revolta porque, não tinha coragem de
negar-se, ou porque não teve tempo do fugir para o Iaco. E além dessa situação
cheia de angústia e medo, deixavam-lhe a mulher e os filhos sem ter o que
comer. Como era natural, cedo lavrou o desgosto nas fileiras acreanas e a par
do desgosto, o despeito e a ambição. Os “vagabundos
do Bagaço” [nome que dão no Xapuri a meia dúzia de desocupados quis tem
vivido dos motins do Acre] nada tinham que dar à revolta, mesmo a certeza de um
bom discurso individual, mas não queriam ser menos do que coronéis.
Plácido fez-lhes a vontade e os chefes do Alto Acre ficaram despeitados.
Era tarde, entretanto, para, recuar, além de que as promessas de grandes lucros
no fim, manteve-os em reserva e debaixo de aparente satisfação. Os soldados,
porém, tendo pouca esperança, muito medo e cuidados pela sorte da família,
atravessavam de Soledade em fuga para o Iaco, ou metiam-se em ocultos papiris ([12])
nas matas. Começaram, então, os castigos dos desertores. Plácido mandava
surrar; Gentil e Brandão esfaqueavam.
E o desgraçado seringueiro apavorado pelo espetáculo dessas punições
diárias, vendo muitas vezes inutilizados pelo “espicha” companheiros seus, que outro crime não tiveram senão o de
fugir, começaram a habituar-se à nova vida, não pela volta da calma, nem por
efeito de resignação, mas por medo. Tal foi a gente e tais foram os recursos
com que Plácido de Castro marchou para “Empresa”
a dar o seu primeiro combate.
Manaus, 17 de outubro de 1903.
Alípio Bandeira, 2° Ten de artilharia (JQV, n° 188)
Bibliografia
JQV,
n° 187. No País da Miséria – O Acre no Ponto de Vista Moral (III) – Manaus,
AM – Quo Vadis?, n° 187, 22.10.1903.
JQV,
n° 188. No País da Miséria – A Revolta (IV) – Manaus, AM – Quo Vadis?,
n° 187, 23.10.1903.
Solicito Publicação
(*) Hiram Reis e Silva é Canoeiro, Coronel de Engenharia, Analista de
Sistemas, Professor, Palestrante, Historiador, Escritor e Colunista;
· Campeão do II
Circuito de Canoagem do Mato Grosso do Sul (1989)
· Ex-Professor
do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA);
· Ex-Pesquisador
do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx);
· Ex-Presidente
do Instituto dos Docentes do Magistério Militar – RS (IDMM – RS);
· Ex-Membro do
4° Grupamento de Engenharia do Comando Militar do Sul (CMS)
· Presidente da
Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS);
· Membro da
Academia de História Militar Terrestre do Brasil – RS (AHIMTB – RS);
· Membro do
Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS – RS);
· Membro da
Academia de Letras do Estado de Rondônia (ACLER – RO)
· Membro da
Academia Vilhenense de Letras (AVL – RO);
· Comendador da
Academia Maçônica de Letras do Rio Grande do Sul (AMLERS)
· Colaborador
Emérito da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG).
· Colaborador
Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN).
· E-mail: hiramrsilva@gmail.com.
[1] Desconceito:
descrédito, desrespeito.
[2] Mercados: venda.
[3] Vergalho:
açoite feito de pênis de boi ou cavalo.
[4] Confinantes:
próximos.
[5] Agrimensura:
medição de terras.
[6] José Gaspar
Rodríguez de Francia: com a independência do Paraguai, em 1811, Francia, o “El Supremo”, assumiu o poder estabelecendo
uma República Popular ‒ a chamada “Ditadura Perpétua”.
[7] Periclitar: correr
perigo.
[8] Cediço: putrefato.
[9] Aviadores: comerciantes
abastados da praça de Manaus ou Belém que forneciam mercadorias, a créditos
extorsivos, aos seringalistas.
[10] Quartel-Mestre-General: QMG – oficial do Estado-Maior
encarregado da administração e logística de um Exército.
[11] “Além de queda, coice”: provérbio
português empregado quando o azar é dobrado – além de cair do cavalo, você pode
levar um coice.
[12] Papiris: ou
tapiris, abrigos improvisados cobertos com folhas de palmeiras para proteção temporária.
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – X
Bagé, 20.12.2024 Continuando engarupado na memória: Tribuna da Imprensa n° 3.184, Rio, RJSexta-feira, 25.10.1963 Sindicâncias do Sequestro dão e
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – VI
Silva, Bagé, 11.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 224, Rio de Janeiro, RJ Quarta-feira, 25.09.1963 Lei das Selvas T
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – IV
Bagé, 06.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 186, Rio de Janeiro, RJSábado, 10.08.1963 Lacerda diz na CPI que Pressõessã
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – III
Bagé, 02.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 177, Rio de Janeiro, RJQuarta-feira, 31.07.1963 JB na Mira O jornalista H