Sexta-feira, 22 de julho de 2022 - 07h06
22.07.2022
25 a 28 de junho de 1911 – Na manhã [25] seguinte, os 105 bois são
embarcados: um grande evento! Do curral onde os bois estavam abrigados os
marujos cavaram na margem uma vala íngreme e argilosa, que desce gradualmente
até o nível da água protegida por altas cercas de ambos os lados. Os bois, em
grupos de vinte, são conduzidos para baixo, onde os esperam homens robustos,
que os prendem pelos chifres com uma corda curta e grossa. Então uma amarra de
aço, com laço de corda, é colocada em volta dos chifres curvos, permitindo içar
o pobre animal, que fica suspenso pelo pescoço durante alguns minutos entre o
céu e a água sendo então baixado cuidadosamente pela escotilha até o porão e o
convés ficarem totalmente lotados. Os animais são, então, amarrados uns junto
aos outros, com suas cabeças chocando-se umas com as outras. Um cavalo de sela,
que o Comandante comprou, também é içado com uma larga cilha até o convés, onde
passa a conviver pacificamente com os bois. [...] Permanecemos, em Caracaraí,
até o dia 28 de junho. Em consequência da extrema umidade, desenvolveram-se
verdadeiras culturas de bolor nos artefatos de couro; os utensílios de ferro,
por sua vez, cobriram-se de grossa camada de ferrugem. A cabana em que os
passageiros foram alojados ficou imunda, bem como seus hóspedes. A chuva
penetrara através do precário telhado de folhas de palmeira, transformando o
chão, em poças de fétido lodo. As noites são frias, os dias sem Sol e os
mosquitos picavam-nos durante todo o dia e à noite. [...]
Eu estava
prestes a seguir viagem num barco a remo, levando poucos pertences, para depois
mandar buscar a bagagem principal, quando o Rio voltasse a subir, quando, de
montante, veio a “Bruxa” uma pequena
lancha para minimizar nossas aflições. É claro que o batelão em que nos
alojamos é ainda menor do que a “Macuchy”,
e à noite é “acolhedor”, rede com
rede, corpos com corpos, choro de crianças pequenas e de bebezinhos, conversa
em voz alta dos passageiros... Estão todos bem-humorados, alegres com a
possibilidade de seguir viagem. Um velho mulato serve a todos com um garrafão
de vinho tinto. Minha caneca de alumínio passa de mão em mão. Como
acompanhamento, um gramofone toca músicas alegres e assim continua noite
adentro.
Tomar banho está fora de
questão, ao escovar-se os dentes pela manhã, passa-se um pouco d’água no rosto
e pronto! [...] Passamos sem dificuldades pelo Furo do Cujubim, que fica na
margem Oriental assim como a baixa cadeia de montanhas de mesmo nome, ̶ Serra do Castanhal. Os
penedos, que embaraçam a navegação, agora na cheia, estão praticamente cobertos
pelas águas. O piloto manobra com perícia o timão serpenteando magistralmente
pela sinuosa corrente, passando muito próximo das rochas que se projetam na
torrente espumante.
À montante do Braço fizemos uma
breve parada. Este local é conhecido como “Boca
da Estrada”, balizado por uma cabana na mata, principal porto das lanchas.
Avistamos outro batelão que trouxe bois, como se deduz pelas pegadas. Ao
anoitecer, desaba forte borrasca, um aguaceiro frio varre o convés, tudo
encharcando. A embarcação aderna sobre as altas ondas, e mal conseguimos
descansar um pouco quando, em plena escuridão, colidimos com toda força contra
um tronco de árvore submerso.
O choque é enorme, e o caos se
instala, todos correm e gritam e quando alguém diz que o batelão foi perfurado
alguns pensam em pular n’água. Após duas horas de árduo trabalho ficamos
livres de novo.
29 de junho de 1911 – Ao amanhecer passamos pela Foz do Mucajaí,
grande afluente da margem direita, que parece correr paralelamente ao Catrimani
e nascer na mesma região que este.
O Mucajaí é desconhecido em
virtude de suas terríveis febres. No seu curso Médio existem poucas Aldeias,
onde vive o resto da tribo dos Pauschiána ([1])
outrora importante, que, diz-se, também vivem no Catrimani: gente pacífica que
na estiagem, desce até o Rio principal para barganhar, com os colonos,
utensílios europeus por tartarugas e redes de dormir finamente elaboradas de
fibras de palmeira [Mauritia flexuosa]. Fisicamente, os Pauschiána são muito
diferentes das tribos vizinhas, com as quais mantém pouco contato. Muitos deles
se caracterizam por ter um corpo esbelto e pelas feições delicadas, quase semíticas.
Sua origem linguística ainda é muito incerta, tendo em vista que nunca foram
estudados cientificamente ([2]).
O Mucajaí faz a divisa da
região de densa floresta. A partir daí começam as savanas da Guiana, os Campos
Gerais, como os chamam os brasileiros, que se estendem para além do Urariquera
e para o Norte até o Roraima. Avançamos ao longo da bela Serra Araracuara, que
se estende próxima da margem esquerda. Ela forma a falda Sudoeste do maciço de
Carumá, de uns mil metros de altura, também chamada de Serra Grande, o símbolo
do Alto Rio Branco.
A montanha está revestida de
uma espessa névoa e de suas encostas escarpadas cai água em quedas isoladas até
o vale. Diz-se que em seu cume encontra-se um Lago com muitos peixes, fruto de
acúmulo de água das chuvas e, realmente, é muito pouco provável que se encontre
peixes nele.
À tarde, aportamos à margem esquerda,
junto a algumas cabanas na savana, para nos aprovisionarmos de lenha. Os
moradores, caboclos e mulatos, se vestiram como se fossem ir à igreja. O lugar
é chamado Serra Pelada em virtude da Serra, que fica logo atrás, com seus cumes
baixos e escalvados, de onde se origina o seu nome.
Justamente
quando o café ia ser servido, precisamos seguir viagem. Logo depois, ancoramos
no Porto de Boa Vista, sede do Município de Boa Vista do Rio Branco, onde
enxergamos uma fileira de casinhas claras e agradáveis na alta e rochosa margem
direita. Procuro pelo Cacique Inácio, mas não o encontro em nenhum lugar.
Visito algumas famílias com nosso amável Comandante e verificamos que o clima
político está muito carregado, percebe-se isso em todas as conversas. À noite,
dois Padres beneditinos vêm a bordo, Thomas e Adalbert.
O Padre
Adalbert está muito feliz por encontrar um conterrâneo seu, e eu fico
igualmente satisfeito ao ouvir os sons do dialeto suábio. Ele é oriundo de
Lörrach, Baden, mas há quinze anos que não volta à sua terra natal. Padre
Thomas é inglês. Há pouco tempo, em viagem ao Pará, dois Padres morreram de
febre, que provavelmente tinham contraído em Caracaraí. A sede da Missão é em
uma Capela, à montante e além dela, eles têm uma nova Missão localizada bem no
interior, entre os índios do alto Surumu.
Às 22h00,
vou com João Silva, nosso Comandante, ao baile na casa de Terêncio Antônio de
Lima, um senhor de pele moreno-escura e muito afável.
É
considerado um dos moradores mais influentes de Boa Vista. Um indiozinho vem
nos buscar com uma lanterna, pois a iluminação das ruas de Boa Vista
praticamente não existe. Os caminhos estão cobertos de mato alto, e, mesmo na
Rua principal, perambulam bois e porcos, que chafurdam nas poças de lama e
resmungam indignados quando a luz da lanterna os atinge. [...]
O tal
baile não é nada original, danças europeias: valsa, mazurca, quadrilha, como na
minha terra. As moças, algumas delas bonitas, de todos os matizes, usando
vestidos reformados bem ajustados ao corpo e outras trajando roupas um tanto
fora de moda, todas em tons claros e leves e os homens vestem ternos escuros
confeccionados em Manaus. A orquestra é formada de violão, flauta e uma
vitrola, as bebidas: garrafas de cerveja, “cerveja
nacional” vinda do Rio de Janeiro, e “aluá”,
um refresco feito de milho. O salão de dança é numa espécie de varanda, e os
empregados índios ficam admirando, sobre a mureta de pau a pique, os dançarinos
levantarem poeira. A visão mais amena é proporcionada por uma cadela que, no
intervalo, se acomoda no salão para amamentar seu filhote. [...]
À 01h00,
seguimos viagem. O Padre Thomas conseguiu um lugarzinho para colocar sua rede
enquanto o Padre Adalbert dormiu sentado num banco. Passamos, às 09h00, por
Capela, que também fica na margem direita e consiste de algumas casas e uma bem
conservada capela branca, enquanto a de Boa Vista ameaça ruir. O acesso ao
Porto é coberto de rochas. O Padre Thomas desembarca aqui.
Padre
Adalbert segue conosco até São Marcos para me apresentar ao administrador,
grande amigo e benfeitor dos missionários. Meia hora depois lá chegamos. José
Ricardo França das Neves vem a bordo e graças às recomendações que trouxe, fui
recebido com a maior amabilidade possível e minha bagagem foi desembarcada e
carregada pelos índios até a grande varanda da casa onde ficarei alojado. A
lancha prossegue viagem Rio acima com o restante dos passageiros. O Padre
Adalbert retornará em breve à Capela em um barco a remo. São Marcos tem uma
posição dominante na alta e rochosa margem esquerda do Urariquera. Logo abaixo
desemboca o Tacutu, que, em seu curso médio e superior, faz a divisa com a
Guiana Inglesa.
Embora alguns creiam que o
Urariquera e o Tacutu, afluentes do Rio Branco, tenham suas origens na mesma
fonte, na realidade, o Urariquera tem um maior volume d’água e um curso muito
mais longo do que o Tacutu, além dos índios chamarem o Rio Urariquera, até sua
desembocadura no Rio Negro, de Parima ou Parime ([3]).
Eles, em conversa com os brancos, o chamam hoje de Uraricoera ou Arariquera um
nome que antes lhes era totalmente desconhecido e que fazer parte de todos os
mapas atuais.
A vista do
alto de São Marcos é magnífica. Avistam-se ao longe, à jusante, os cumes
azulados de Carumá, Araracuara, Malaguacheta, Pelada e outras serras do Alto
Rio Branco. Há sempre uma brisa fresca, que impede o surgimento de doenças;
aliás, todo o Alto Rio é bastante saudável, ao contrário do Baixo e Médio Rio
Branco onde é notório o foco de febre de Caracaraí.
CAPÍTULO II
Em São Marcos
S |
ão Marcos é a peça fundamental
das Fazendas Nacionais, colossais fazendas de gado do governo brasileiro cuja
extensão total é estimada em torno de 35 mil km2. São, na verdade,
três fazendas, São Bento, ao Sul e Oeste, São José, a Leste, e São Marcos, ao
Norte. Destas, porém, somente a última, com uma superfície de cerca de 8 mil
km2, ainda está em funcionamento. Ela é delimitada, ao Sul, pelo
Urariquera e pelo Tacutu, a Leste, pelo Rio Cotingo, ao Norte, pelo Rio Surumu
e a Oeste, pelo Rio Parimé.
Nas últimas décadas,
estabeleceram-se nessas imensas propriedades do Estado um grande número de
criadores de gado que se apossaram ilegalmente das terras e colocaram suas
marcas no gado selvagem que encontraram por lá. Segundo informação de seu
administrador, encontram-se na Fazenda São Marcos cerca de 18 mil a 20 mil
cabeças de gado, no entanto, apenas cerca de 5 mil pertencem realmente ao
Estado.
As demais carregam a marca do
falecido latifundiário e capitalista Sebastião José Diniz, do Pará, cujos
herdeiros movem há anos um processo contra o Estado. O governo brasileiro
poderia desapropriar legalmente todos esses arrogantes fazendeiros quando bem
entendesse, se tivesse poder para tanto nesses territórios longínquos e não
temesse desencadear uma revolução. [...]
Os vaqueiros são, na sua
maioria, índios de tribos das redondezas, Macuxí e Wapischána, entre outras, e
é admirável a rapidez com que eles aprendem a lidar com o cavalo e o laço.
Alguns dos empregados indígenas têm nomes “cristãos”
bem singulares.
Neves tem o costume, aliás
bastante prático, de batizá-los com o nome de homens afamados, em vez de fazer
uso de nomes portugueses como Pedro, Antônio, José etc. que são muito comuns e
provocam enorme confusão. Encontramos, todavia, por aqui, um “Lamartine” ([4]),
um “Chateaubriand” ([5]),
um “Cleveland” ([6]);
um gordo Macuxí que se chama “Caruso”
([7]),
e, é engraçadíssimo, identificar um jovem Wapischána atende pelo nome de “August Bebel” ([8]).
Neves é conhecido em todo o Rio
Branco por sua generosa hospitalidade, e muitos se aproveitam disso. Ele
demonstra grande interesse para com minha expedição e meus estudos e está
sempre pronto a patrociná-los. George Hübner, que o visitou várias vezes, e o
botânico Ernst Ule, que fez coletas no Rio Branco em 1908, também podem testemunhar
disso ([9]).
Neves mereceria receber
legitimamente, o título de “Cônsul dos
Estrangeiros”, que lhe conferi certa vez, de brincadeira. Em nenhum outro
lugar eu poderia estar em melhores mãos. São Marcos, localizada na fronteira do
território indígena, é muito conveniente como base de apoio para Expedições ao
interior, e Neves exerce ampla influência sobre os colonos e os índios que são
mais numerosos.
A
comida é irrepreensível, muito boa e farta, Dona “Teta”, mulher do baiano Neves, uma branca de Manaus cozinha
muitíssimo bem, um verdadeiro “jardim das
delícias”. Neves quer me cevar, como ele mesmo diz, para que eu possa
suportar melhor as grandes dificuldades da viagem que farei ao Oeste distante.
Satisfiz um desejo muito especial, de que sentia falta já há algum tempo, que é
o de beber de manhã cedo o leite espumante “fresquinho
da vaca”, que um dos vaqueiros indígenas ordenhara numa grande cabaça.
Há também
um cuidado especial com o asseio, não é necessário encarar um caminho longo e
árduo até o Porto, através de uma passarela, para ter acesso à água, porque
atrás da casa foi construído, no estilo das ocas indígenas, um espaçoso
banheiro, onde em um grande barril há sempre água fresca.
Numerosos
e variados são os animais domésticos, pavões, perus, galinhas comuns e galinhas
d’angola, patos, cabras e bodes, ovelhas e carneiros, jovens e velhos cães de
diversas raças, gatos – o dono da casa não os suporta, para alegria dos
inúmeros roedores, porcos, cavalos, bois, vacas, bezerros, vitelos e muitos
abutres, que são muito úteis porque aliados aos porcos, cuidam da “limpeza” – esses animais convivem
pacificamente e ocasionalmente adentram nas salas de estar.
Até as
cobras venenosas, pequenas jararacas que existem em grande número nos arredores,
são praticamente inofensivas pois são lentas demais. Certa manhã, dona Teta
encontrou um desses bichinhos em sua cesta de costura, onde ela tinha arranjado
um ninho quentinho. Na noite seguinte, quando entrei com o Neves no meu
quarto, para revelar algumas chapas fotográficas, o meu anfitrião gritou:
‒ Cuidado, Doutor
cobra!
Uma pequena jararaca
serpenteia, pelo chão, bem próxima de mim, procurando um abrigo seguro contra a
chuva, e, por isso mesmo, não podemos condená-la, mas uma chicotada acaba com
ela. À noite, as cobras costumam caçar roedores no telhado. Podemos ouvi-las
rastejando pelas folhas de palmeira do telhado e, em seguida, se escuta o
assobio desesperado de sua presa. Mas a gente acaba se acostumando com isso e
só é desagradável quando um desses predadores noturnos cai em nossa rede de
dormir, como aconteceu, em uma oportunidade, com meu companheiro Schmidt. [...]
Esta é a situação idílica de São Marcos. O reverso da medalha, como tantas
vezes ocorre, é a questão política. A tensão está claramente no auge, como se
nos encontrássemos em um acampamento militar. Parece, porém, que Neves têm a
situação sob controle da, ele envia, constantemente, mensageiros, e
observadores e recebe relatórios diários.
Na varanda, até altas horas,
ecoam discussões inflamadas, todas elas tratando de um só nome ‒ Bento Brasil.
Conheci aqui um homem que supera todos esses políticos, José Gouvêa, um homem
destemido, simpático na aparência e no caráter, a espinha dorsal de toda a “indignação”, como se denomina em Manaus,
essa revolta contra as arbitrariedades das autoridades.
São Marcos é uma espécie de
local de concentração para os índios das cercanias. “Nevi”, como eles chamam o administrador, trata-os bem e é muito
conhecido e popular entre eles. Os índios vêm, às vezes, em pequenos grupos de
homens, mulheres e crianças, para trocar alguns artigos europeus, em especial
o sal, por farinha de mandioca, milho e frutas. Muitos vestem roupas velhas e
um velho Macuxí, que não fala português, e parece um chefe Sioux, vestiu-se, em
sua opinião, de modo particularmente elegante.
Sobre o corpo magro e pintado
ele veste um colete branco e um paletó preto e comprido cujas abas balançam em
torno das pernas nuas. Neves me apresenta como “inglês”, porque os nativos já conheceram alguns ingleses e alguns
até entendem um pouco do inglês. Passam a tarde toda perambulando pela varanda
e olhando curiosos tudo que faço. Na sua maioria, gente do Cacique Geral
Ildefonso, entre eles Julião, tio do Cacique, um velho conhecido meu, que
conheci, em 1905, em Manaus, quando iniciei meus estudos da língua Macuxí. Naquela
oportunidade, Neves os levara para apresentá-los ao Governador. Julião está
muito alegre em me rever. A casa está lotada de índios, o ambiente está muito
alegre e a aguardente cumpre um papel muito importante nisso. Em seu pequeno
quarto, balançando os joelhos, Neves dança com eles a “parischerá”, a principal dança Macuxí. [...]
À noite, peço que Maria, irmã
de Ildefonso que tem o rosto e os braços tatuados e é muitíssimo parecida com
ele, e à sua bonita sobrinha Carmelita que cantem no fonógrafo melodias de
suas danças típicas e as canções que as mulheres entoam quando ralam a
mandioca. Envergonhadas, e depois de uma breve hesitação, elas atendem com
desenvoltura aos meus pedidos. Ao reproduzir as gravações de seus cantos recebo
calorosos aplausos dos nativos que a tudo assistiam muito atentos.
Neves se
encarrega de proporcionar todo o tipo de diversão, organizando, inclusive, uma
corrida de cava com seus vaqueiros indígenas. É um espetáculo formidável quando
os cavaleiros surgem ao longe, na planura da savana, quase invisíveis, como
pontinhos, que vão crescendo rapidamente de tamanho e, à rédea solta, os pés
descalços no estribo, vêm a galope para, bem perto de nós, estancar
abruptamente os cavalos, que chegam bufando. (GRÜNBERG, 1915)
Bibliografia
GRÜNBERG, Theodor Koch. De Roraima ao Orinoco. Volume II - Mitos e Lendas dos Índios Taulipáng
e Arekuná – Alemanha – Berlim – D.
Reimer (E. Vohsen), 1915.
(*)
Hiram Reis e Silva é Canoeiro, Coronel de Engenharia, Analista de Sistemas,
Professor, Palestrante, Historiador, Escritor e Colunista;
Campeão do II Circuito de Canoagem do Mato Grosso do
Sul (1989)
Ex-Professor do Colégio Militar de Porto Alegre
(CMPA);
Ex-Pesquisador do Departamento de Educação e Cultura
do Exército (DECEx);
Ex-Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério
Militar – RS (IDMM – RS);
Ex-Membro do 4° Grupamento de Engenharia do Comando
Militar do Sul (CMS)
Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia
Brasileira (SAMBRAS);
Membro da Academia de História Militar Terrestre do
Brasil – RS (AHIMTB – RS);
Membro do Instituto de História e Tradições do Rio
Grande do Sul (IHTRGS – RS);
Membro da Academia de Letras do Estado de Rondônia
(ACLER – RO)
Membro da Academia Vilhenense de Letras (AVL – RO);
Comendador da Academia Maçônica de Letras do Rio
Grande do Sul (AMLERS)
Colaborador Emérito da Associação dos Diplomados da
Escola Superior de Guerra (ADESG).
Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN).
E-mail: hiramrsilva@gmail.com.
[1] Também chamados
de Pauischána. (Hiram Reis)
[2] Segundo Richard
Moritz Schomburgk, eles falam uma língua aparentada do Wapischána, pertencente
à família Aruak. (Hiram Reis)
[3] Provavelmente “água grande”. A designação “paru”, “palu”, encontra-se em muitos nomes de Riachos nas línguas das
tribos de lá, Macuxí e Taulipáng, entre outras. (Hiram Reis)
[4] Alphonse Marie Louis de Prat de Lamartine: escritor, poeta e político francês. (Hiram Reis) (Hiram Reis)
[5] François René
Auguste de Chateaubrian: escritor e
diplomata francês.
[6] Cleveland: cidade dos Estados Unidos, do
estado do Ohio. (Hiram Reis)
[7] Enrico Caruso: tenor italiano, considerado, por
Luciano Pavarotti, como o maior intérprete da música erudita de todos os tempos.
(Hiram Reis)
[8] August Ferdinand Bebel:
foi um social democrata alemão. (Hiram
Reis)
[9] Infelizmente
meu querido amigo Ule, um dos maiores conhecedores da flora sul-americana,
faleceu subitamente em 1915. (Koch-Grünberg)
Galeria de Imagens
* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – X
Bagé, 20.12.2024 Continuando engarupado na memória: Tribuna da Imprensa n° 3.184, Rio, RJSexta-feira, 25.10.1963 Sindicâncias do Sequestro dão e
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – VI
Silva, Bagé, 11.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 224, Rio de Janeiro, RJ Quarta-feira, 25.09.1963 Lei das Selvas T
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – IV
Bagé, 06.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 186, Rio de Janeiro, RJSábado, 10.08.1963 Lacerda diz na CPI que Pressõessã
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – III
Bagé, 02.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 177, Rio de Janeiro, RJQuarta-feira, 31.07.1963 JB na Mira O jornalista H