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Gente de Opinião

Hiram Reis e Silva

A Terceira Margem – Parte CDLX - Theodor Koch-Grünberg (1911) Parte II


Koimelemong (Grünberg) - Gente de Opinião
Koimelemong (Grünberg)

22.07.2022

 


25 a 28 de junho de 1911 – Na manhã [25] seguinte, os 105 bois são embarcados: um grande evento! Do curral onde os bois estavam abrigados os marujos cavaram na margem uma vala íngreme e argilosa, que desce gradualmente até o nível da água protegida por altas cercas de ambos os lados. Os bois, em grupos de vinte, são conduzidos para baixo, onde os esperam homens robustos, que os prendem pelos chifres com uma corda curta e grossa. Então uma amarra de aço, com laço de corda, é colocada em volta dos chifres curvos, permitindo içar o pobre animal, que fica suspenso pelo pescoço durante alguns minutos entre o céu e a água sendo então baixado cuidadosamente pela escotilha até o porão e o convés ficarem totalmente lotados. Os animais são, então, amarrados uns junto aos outros, com suas cabeças chocando-se umas com as outras. Um cavalo de sela, que o Comandante comprou, também é içado com uma larga cilha até o convés, onde passa a conviver pacificamente com os bois. [...] Permanecemos, em Caracaraí, até o dia 28 de junho. Em consequência da extrema umidade, desenvol­veram-se verdadeiras culturas de bolor nos artefatos de couro; os utensílios de ferro, por sua vez, cobri­ram-se de grossa camada de ferrugem. A cabana em que os passageiros foram alojados ficou imunda, bem como seus hóspedes. A chuva penetrara através do precário telhado de folhas de palmeira, transfor­mando o chão, em poças de fétido lodo. As noites são frias, os dias sem Sol e os mosquitos picavam-nos durante todo o dia e à noite. [...]

Eu estava prestes a seguir viagem num barco a remo, levando poucos pertences, para depois man­dar buscar a bagagem principal, quando o Rio voltas­se a subir, quando, de montante, veio a “Bruxa” uma pequena lancha para minimizar nossas aflições. É claro que o batelão em que nos alojamos é ainda menor do que a “Macuchy”, e à noite é “acolhedor”, rede com rede, corpos com corpos, choro de crianças pe­quenas e de bebezinhos, conversa em voz alta dos passageiros... Estão todos bem-humorados, alegres com a possibilidade de seguir viagem. Um velho mulato serve a todos com um garrafão de vinho tinto. Minha caneca de alumínio passa de mão em mão. Como acompanhamento, um gramofone toca músicas alegres e assim continua noite adentro.

Tomar banho está fora de questão, ao escovar-se os dentes pela manhã, passa-se um pouco d’água no rosto e pronto! [...] Passamos sem dificuldades pelo Furo do Cujubim, que fica na margem Oriental assim como a baixa cadeia de montanhas de mesmo nome, ̶ Serra do Castanhal. Os penedos, que embaraçam a navegação, agora na cheia, estão praticamente cobertos pelas águas. O piloto manobra com perícia o timão serpenteando magistralmente pela sinuosa corrente, passando muito próximo das rochas que se projetam na torrente espumante.

À montante do Braço fizemos uma breve parada. Este local é conhecido como “Boca da Estrada”, balizado por uma cabana na mata, principal porto das lanchas. Avistamos outro batelão que trouxe bois, como se deduz pelas pegadas. Ao anoitecer, desaba forte borrasca, um aguaceiro frio varre o convés, tudo encharcando. A embarcação aderna so­bre as altas ondas, e mal conseguimos descansar um pouco quando, em plena escuridão, colidimos com toda força contra um tronco de árvore submerso.

O choque é enorme, e o caos se instala, todos correm e gritam e quando alguém diz que o batelão foi perfu­rado alguns pensam em pular n’água. Após duas ho­ras de árduo trabalho ficamos livres de novo.

29 de junho de 1911 – Ao amanhecer passamos pela Foz do Mucajaí, grande afluente da margem direita, que parece correr paralelamente ao Catri­mani e nascer na mesma região que este.

O Mucajaí é desconhecido em virtude de suas terrí­veis febres. No seu curso Médio existem poucas Aldeias, onde vive o resto da tribo dos Pauschiána ([1]) outrora importante, que, diz-se, também vivem no Catrimani: gente pacífica que na estiagem, desce até o Rio principal para barganhar, com os colonos, utensílios europeus por tartarugas e redes de dormir finamente elaboradas de fibras de palmeira [Mauritia flexuosa]. Fisicamente, os Pauschiána são muito diferentes das tribos vizinhas, com as quais mantém pouco contato. Muitos deles se caracterizam por ter um corpo esbelto e pelas feições delicadas, quase se­míticas. Sua origem linguística ainda é muito incerta, tendo em vista que nunca foram estudados cientifi­camente ([2]).

O Mucajaí faz a divisa da região de densa floresta. A partir daí começam as savanas da Guiana, os Cam­pos Gerais, como os chamam os brasileiros, que se estendem para além do Urariquera e para o Norte até o Roraima. Avançamos ao longo da bela Serra Araracuara, que se estende próxima da margem esquerda. Ela forma a falda Sudoeste do maciço de Carumá, de uns mil metros de altura, também cha­mada de Serra Grande, o símbolo do Alto Rio Branco.

A montanha está revestida de uma espessa névoa e de suas encostas escarpadas cai água em quedas isoladas até o vale. Diz-se que em seu cume encon­tra-se um Lago com muitos peixes, fruto de acúmulo de água das chuvas e, realmente, é muito pouco provável que se encontre peixes nele.

À tarde, aportamos à margem esquerda, junto a algumas cabanas na savana, para nos aprovisionar­mos de lenha. Os moradores, caboclos e mulatos, se vestiram como se fossem ir à igreja. O lugar é chamado Serra Pelada em virtude da Serra, que fica logo atrás, com seus cumes baixos e escalvados, de onde se origina o seu nome.

Justamente quando o café ia ser servido, precisamos seguir viagem. Logo depois, ancoramos no Porto de Boa Vista, sede do Município de Boa Vista do Rio Branco, onde enxergamos uma fileira de casinhas claras e agradáveis na alta e rochosa margem direita. Procuro pelo Cacique Inácio, mas não o encontro em nenhum lugar. Visito algumas famílias com nosso amável Comandante e verificamos que o clima político está muito carregado, percebe-se isso em todas as conversas. À noite, dois Padres beneditinos vêm a bordo, Thomas e Adalbert.

O Padre Adalbert está muito feliz por encontrar um conterrâneo seu, e eu fico igualmente satisfeito ao ouvir os sons do dialeto suábio. Ele é oriundo de Lörrach, Baden, mas há quinze anos que não volta à sua terra natal. Padre Thomas é inglês. Há pouco tempo, em viagem ao Pará, dois Padres morreram de febre, que provavelmente tinham contraído em Caracaraí. A sede da Missão é em uma Capela, à montante e além dela, eles têm uma nova Missão localizada bem no interior, entre os índios do alto Surumu.

Às 22h00, vou com João Silva, nosso Comandante, ao baile na casa de Terêncio Antônio de Lima, um senhor de pele moreno-escura e muito afável.

É considerado um dos moradores mais influentes de Boa Vista. Um indiozinho vem nos buscar com uma lanterna, pois a iluminação das ruas de Boa Vista praticamente não existe. Os caminhos estão cobertos de mato alto, e, mesmo na Rua principal, perambu­lam bois e porcos, que chafurdam nas poças de lama e resmungam indignados quando a luz da lanterna os atinge. [...]

O tal baile não é nada original, danças europeias: valsa, mazurca, quadrilha, como na minha terra. As moças, algumas delas bonitas, de todos os matizes, usando vestidos reformados bem ajustados ao corpo e outras trajando roupas um tanto fora de moda, to­das em tons claros e leves e os homens vestem ter­nos escuros confeccionados em Manaus. A orquestra é formada de violão, flauta e uma vitrola, as bebi­das: garrafas de cerveja, “cerveja nacional” vinda do Rio de Janeiro, e “aluá”, um refresco feito de milho. O salão de dança é numa espécie de varanda, e os empregados índios ficam admirando, sobre a mureta de pau a pique, os dançarinos levantarem poeira. A visão mais amena é proporcionada por uma cadela que, no intervalo, se acomoda no salão para ama­mentar seu filhote. [...]

À 01h00, seguimos viagem. O Padre Thomas conse­guiu um lugarzinho para colocar sua rede enquanto o Padre Adalbert dormiu sentado num banco. Passa­mos, às 09h00, por Capela, que também fica na margem direita e consiste de algumas casas e uma bem conservada capela branca, enquanto a de Boa Vista ameaça ruir. O acesso ao Porto é coberto de rochas. O Padre Thomas desembarca aqui.

Padre Adalbert segue conosco até São Marcos para me apresentar ao administrador, grande amigo e benfeitor dos missionários. Meia hora depois lá che­gamos. José Ricardo França das Neves vem a bordo e graças às recomendações que trouxe, fui recebido com a maior amabilidade possível e minha bagagem foi desembarcada e carregada pelos índios até a grande varanda da casa onde ficarei alojado. A lancha prossegue viagem Rio acima com o restante dos passageiros. O Padre Adalbert retornará em bre­ve à Capela em um barco a remo. São Marcos tem uma posição dominante na alta e rochosa margem esquerda do Urariquera. Logo abaixo desemboca o Tacutu, que, em seu curso médio e superior, faz a divisa com a Guiana Inglesa.

Embora alguns creiam que o Urariquera e o Tacutu, afluentes do Rio Branco, tenham suas origens na mesma fonte, na realidade, o Urariquera tem um maior volume d’água e um curso muito mais longo do que o Tacutu, além dos índios chamarem o Rio Urariquera, até sua desembocadura no Rio Negro, de Parima ou Parime ([3]). Eles, em conversa com os brancos, o chamam hoje de Uraricoera ou Arariquera um nome que antes lhes era totalmente desconheci­do e que fazer parte de todos os mapas atuais.

A vista do alto de São Marcos é magnífica. Avistam-se ao longe, à jusante, os cumes azulados de Caru­má, Araracuara, Malaguacheta, Pelada e outras ser­ras do Alto Rio Branco. Há sempre uma brisa fresca, que impede o surgimento de doenças; aliás, todo o Alto Rio é bastante saudável, ao contrário do Baixo e Médio Rio Branco onde é notório o foco de febre de Caracaraí.

CAPÍTULO II

Em São Marcos

S

ão Marcos é a peça fundamental das Fazen­das Nacionais, colossais fazendas de gado do governo brasileiro cuja extensão total é esti­mada em torno de 35 mil km2. São, na verdade, três fazendas, São Bento, ao Sul e Oeste, São José, a Leste, e São Marcos, ao Norte. Destas, porém, so­mente a última, com uma superfície de cerca de 8 mil km2, ainda está em funcionamento. Ela é delimitada, ao Sul, pelo Urariquera e pelo Tacutu, a Leste, pelo Rio Cotingo, ao Norte, pelo Rio Surumu e a Oeste, pelo Rio Parimé.

Nas últimas décadas, estabeleceram-se nessas imen­sas propriedades do Estado um grande número de criadores de gado que se apossaram ilegalmente das terras e colocaram suas marcas no gado selvagem que encontraram por lá. Segundo informação de seu administrador, encontram-se na Fazenda São Marcos cerca de 18 mil a 20 mil cabeças de gado, no entanto, apenas cerca de 5 mil pertencem realmente ao Estado.

As demais carregam a marca do falecido latifundiário e capitalista Sebastião José Diniz, do Pará, cujos herdeiros movem há anos um processo contra o Estado. O governo brasileiro poderia desa­propriar legalmente todos esses arrogantes fazen­deiros quando bem entendesse, se tivesse poder para tanto nesses territórios longínquos e não temesse desencadear uma revolução. [...]

Os vaqueiros são, na sua maioria, índios de tribos das redondezas, Macuxí e Wapischána, entre outras, e é admirável a rapidez com que eles aprendem a lidar com o cavalo e o laço. Alguns dos empregados indígenas têm nomes “cristãos” bem singulares.

Neves tem o costume, aliás bastante prático, de batizá-los com o nome de homens afamados, em vez de fazer uso de nomes portugueses como Pedro, Antô­nio, José etc. que são muito comuns e provocam enorme confusão. Encontramos, todavia, por aqui, um “Lamartine” ([4]), um “Chateaubriand” ([5]), um “Cleveland” ([6]); um gordo Macuxí que se chama “Caruso” ([7]), e, é engraçadíssimo, identificar um jovem Wapischána atende pelo nome de “August Bebel” ([8]).

Neves é conhecido em todo o Rio Branco por sua generosa hospitalidade, e muitos se aproveitam disso. Ele demonstra grande interesse para com minha expedição e meus estudos e está sempre pronto a patrociná-los. George Hübner, que o visitou várias vezes, e o botânico Ernst Ule, que fez coletas no Rio Branco em 1908, também podem testemu­nhar disso ([9]).

Neves mereceria receber legitima­mente, o título de “Cônsul dos Estrangeiros”, que lhe conferi certa vez, de brincadeira. Em nenhum outro lugar eu poderia estar em melhores mãos. São Marcos, localizada na fronteira do território indígena, é muito conveniente como base de apoio para Expedições ao interior, e Neves exerce ampla influência sobre os colonos e os índios que são mais numerosos.

A comida é irrepreensível, muito boa e farta, Dona “Teta”, mulher do baiano Neves, uma branca de Ma­naus cozinha muitíssimo bem, um verdadeiro “jardim das delícias”. Neves quer me cevar, como ele mesmo diz, para que eu possa suportar melhor as grandes dificuldades da viagem que farei ao Oeste distante. Satisfiz um desejo muito especial, de que sentia falta já há algum tempo, que é o de beber de manhã cedo o leite espumante “fresquinho da vaca”, que um dos vaqueiros indígenas ordenhara numa grande cabaça.

Há também um cuidado especial com o asseio, não é necessário encarar um caminho longo e árduo até o Porto, através de uma passarela, para ter acesso à água, porque atrás da casa foi construído, no estilo das ocas indígenas, um espaçoso banheiro, onde em um grande barril há sempre água fresca.

Numerosos e variados são os animais domésticos, pavões, perus, galinhas comuns e galinhas d’angola, patos, cabras e bodes, ovelhas e carneiros, jovens e velhos cães de diversas raças, gatos – o dono da casa não os suporta, para alegria dos inúmeros roedores, porcos, cavalos, bois, vacas, bezerros, vitelos e muitos abutres, que são muito úteis porque aliados aos porcos, cuidam da “limpeza” – esses animais convivem pacificamente e ocasionalmente adentram nas salas de estar.

Até as cobras venenosas, pequenas jararacas que existem em grande número nos arredores, são prati­camente inofensivas pois são lentas demais. Certa manhã, dona Teta encontrou um desses bichinhos em sua cesta de costura, onde ela tinha arranjado um ninho quentinho. Na noite seguinte, quando en­trei com o Neves no meu quarto, para revelar algu­mas chapas fotográficas, o meu anfitrião gritou:

  Cuidado, Doutor cobra!

Uma pequena jararaca serpenteia, pelo chão, bem próxima de mim, procurando um abrigo seguro contra a chuva, e, por isso mesmo, não podemos condená-la, mas uma chicotada acaba com ela. À noite, as cobras costumam caçar roedores no telhado. Podemos ouvi-las rastejando pelas folhas de palmeira do telhado e, em seguida, se escuta o assobio desesperado de sua presa. Mas a gente acaba se acostumando com isso e só é desagradável quando um desses predadores noturnos cai em nossa rede de dormir, como aconteceu, em uma oportunidade, com meu companheiro Schmidt. [...] Esta é a situação idílica de São Marcos. O reverso da medalha, como tantas vezes ocorre, é a questão política. A tensão está claramente no auge, como se nos encontrássemos em um acampamento militar. Parece, porém, que Neves têm a situação sob controle da, ele envia, constantemente, mensa­geiros, e observadores e recebe relatórios diários.

Na varanda, até altas horas, ecoam discussões inflamadas, todas elas tratando de um só nome ‒ Bento Brasil. Conheci aqui um homem que supera todos esses políticos, José Gouvêa, um homem destemido, simpático na aparência e no caráter, a espinha dorsal de toda a “indignação”, como se denomina em Manaus, essa revolta contra as arbitrariedades das autoridades.

São Marcos é uma espécie de local de concentração para os índios das cercanias. “Nevi”, como eles cha­mam o administrador, trata-os bem e é muito conhe­cido e popular entre eles. Os índios vêm, às vezes, em pequenos grupos de homens, mulheres e crian­ças, para trocar alguns artigos europeus, em especial o sal, por farinha de mandioca, milho e frutas. Muitos vestem roupas velhas e um velho Macuxí, que não fala português, e parece um chefe Sioux, vestiu-se, em sua opinião, de modo particularmente elegante.

Sobre o corpo magro e pintado ele veste um colete branco e um paletó preto e comprido cujas abas ba­lançam em torno das pernas nuas. Neves me apre­senta como “inglês”, porque os nativos já conhece­ram alguns ingleses e alguns até entendem um pou­co do inglês. Passam a tarde toda perambulando pela varanda e olhando curiosos tudo que faço. Na sua maioria, gente do Cacique Geral Ildefonso, entre eles Julião, tio do Cacique, um velho conhecido meu, que conheci, em 1905, em Manaus, quando iniciei meus estudos da língua Macuxí. Naquela oportunidade, Neves os levara para apre­sentá-los ao Governador. Julião está muito alegre em me rever. A casa está lotada de índios, o ambiente está muito alegre e a aguardente cumpre um papel muito importante nisso. Em seu pequeno quarto, balançando os joelhos, Neves dança com eles a “parischerá”, a principal dança Macuxí. [...]

À noite, peço que Maria, irmã de Ildefonso que tem o rosto e os braços tatuados e é muitíssimo parecida com ele, e à sua bonita sobrinha Carmelita que can­tem no fonógrafo melodias de suas danças típicas e as canções que as mulheres entoam quando ralam a mandioca. Envergonhadas, e depois de uma breve hesitação, elas atendem com desenvoltura aos meus pedidos. Ao reproduzir as gravações de seus cantos recebo calorosos aplausos dos nativos que a tudo assistiam muito atentos.

Neves se encarrega de proporcionar todo o tipo de diversão, organizando, inclusive, uma corrida de cava com seus vaqueiros indígenas. É um espetáculo formidável quando os cavaleiros surgem ao longe, na planura da savana, quase invisíveis, como pontinhos, que vão crescendo rapidamente de tamanho e, à ré­dea solta, os pés descalços no estribo, vêm a galope para, bem perto de nós, estancar abruptamente os cavalos, que chegam bufando. (GRÜNBERG, 1915)

Bibliografia

 

GRÜNBERG, Theodor Koch. De Roraima ao Orinoco. Volume II - Mitos e Lendas dos Índios Taulipáng e Arekuná –  Alemanha – Berlim – D. Reimer (E. Vohsen), 1915.

 


 

(*) Hiram Reis e Silva é Canoeiro, Coronel de Engenharia, Analista de Sistemas, Professor, Palestrante, Historiador, Escritor e Colunista;

 

Campeão do II Circuito de Canoagem do Mato Grosso do Sul (1989)

Ex-Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA);

Ex-Pesquisador do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx);

Ex-Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério Militar – RS (IDMM – RS);

Ex-Membro do 4° Grupamento de Engenharia do Comando Militar do Sul (CMS)

Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS);

Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil – RS (AHIMTB – RS);

Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS – RS);

Membro da Academia de Letras do Estado de Rondônia (ACLER – RO)

Membro da Academia Vilhenense de Letras (AVL – RO);

Comendador da Academia Maçônica de Letras do Rio Grande do Sul (AMLERS)

Colaborador Emérito da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG).

Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN).

E-mail: hiramrsilva@gmail.com.



[1]   Também chamados de Pauischána. (Hiram Reis)

[2]   Segundo Richard Moritz Schomburgk, eles falam uma língua aparenta­da do Wapischána, pertencente à família Aruak. (Hiram Reis)

[3]   Provavelmente “água grande”. A designação “paru”, “palu”, encontra-se em muitos nomes de Riachos nas línguas das tribos de lá, Macuxí e Taulipáng, entre outras. (Hiram Reis)

[4]   Alphonse Marie Louis de Prat de Lamartine: escritor, poeta e político francês. (Hiram Reis) (Hiram Reis)

[5]   François René Auguste de Chateaubrian: escritor e diplomata francês.

[6]   Cleveland: cidade dos Estados Unidos, do estado do Ohio. (Hiram Reis)

[7]   Enrico Caruso: tenor italiano, considerado, por Luciano Pavarotti, como o maior intérprete da música erudita de todos os tempos. (Hiram Reis)

[8]   August Ferdinand Bebel: foi um social democrata alemão. (Hiram Reis)

[9]   Infelizmente meu querido amigo Ule, um dos maiores conhecedores da flora sul-americana, faleceu subitamente em 1915. (Koch-Grünberg)

Galeria de Imagens

  • Menininhas Taurepang (Grünberg)
    Menininhas Taurepang (Grünberg)
  • Zarabatanas (Grünberg)
    Zarabatanas (Grünberg)
  •  Zarabatanas (Grünberg)
    Zarabatanas (Grünberg)
  • Chefe Manuel Pita e família (Grünberg)
    Chefe Manuel Pita e família (Grünberg)
  • Dança Parischera em Koimelong (Grünberg)
    Dança Parischera em Koimelong (Grünberg)
  • Córrego na serra do Banco e Imagem 07b – Repouso na Savana (Grünberg)
    Córrego na serra do Banco e Imagem 07b – Repouso na Savana (Grünberg)
  •  Cascata do Miang e Imagem 08b – Sul das Montanhas Aruayang (Grünberg)
    Cascata do Miang e Imagem 08b – Sul das Montanhas Aruayang (Grünberg)
  • De Aruayang para o vale do Miang e Imagem 09b – Maloca do chefe Theodoro (Grünberg)
    De Aruayang para o vale do Miang e Imagem 09b – Maloca do chefe Theodoro (Grünberg)
  • Floresta do Kata e Imagem 10a – Em Tschita-ute (Grünberg)
    Floresta do Kata e Imagem 10a – Em Tschita-ute (Grünberg)
  • Moromelu (Grünberg)
    Moromelu (Grünberg)

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