Sexta-feira, 26 de agosto de 2022 - 07h06
Bagé, 26.08.2022
Diário
da Noite, N° 262
Rio
de Janeiro, RJ ‒ Segunda-feira, 11.08.1930
Às
Zonas mais Desconhecidas
da América do Sul
Partiu Hoje, à Tarde, pelo “Santos”, a Comissão de Limites Entre o
Brasil e a Venezuela ‒ Interessantes Informações Prestadas pelo Chefe Dessa
Comissão, Cmt Braz Aguiar
Embarcou
hoje, a bordo do paquete “Santos”,
com destino a Manaus, de onde partirá para as nossas fronteiras com a
Venezuela, a Comissão Brasileira de limites, que vai definitivamente demarcar e
fixar as linhas divisórias entre os dois Países. É chefe dessa importante
Comissão o Comandante Braz Dias de Aguiar, de nossa Marinha, de Guerra, que já
tem feito parte de outras Comissões de Limites.
O
Diário da Noite
No intuito
de colher alguns informes sobre os trabalhos já realizados naquela fronteira,
que ademais se revestem de especial importância, sabido que se trata de uma
zona ainda completamente desconhecida e habitada por selvagens, procurou aquele
distinto oficial em sua residência, pela manhã, quando ainda ultimava os
preparativos de sua viagem. Inteirado dos motivos de nossa visita, o Comandante
Braz Dias de Aguiar prestou-se gentilmente a nos satisfazer a curiosidade:
Os Fins da Comissão
A presente Comissão
destina-se a demarcar as linhas divisórias entre o Brasil e a Venezuela, de
acordo com o que determina o último protocolo, assinado na gestão do Chancelar
Octávio Mangabeira. Com esse objetivo já iniciamos os trabalhos em fins do ano passado,
suspendendo-os em fevereiro último, em virtude da estação de águas e enchentes.
Trata-se da demarcação da linha geodésica desde o Cucuí ao Saco de Uná, ou
seja, uma extensão mais ou menos de 1.300 quilômetros de uma zona desconhecida,
talvez a mais desconhecida da América do Sul.
As explorações nessa
zona, sobre as vertentes, são penosíssimas. Para realiza-las determinei que uma
parte da missão subisse o Rio Canabury e outra o Padoahyry, para reinício dos
trabalhos. Os trabalhos de que se tem notícia na parte Oeste dessa zona, são os
da Comissão Venezuelana de 1889, que determinou as linhas do Cucuí ao Oeste,
parte essa perdida para a Colômbia. O General Dionysio, na Comissão de 80,
atingiu ao Cucuí, enquanto que na parte Leste, em 1927, o Capitão Polydoro, da
Comissão Rondon, subiu ao Urariquera, até a serra de Parima. Atravessar as
vertentes das cordilheiras que distam daquela serra 80 quilômetros é o que a
Comissão de Limites vai fazer, determinando as linhas e demarcando-as. A zona
posto que não seja salubre não é das piores.
Preventivamente,
porém, tomamos todas as precauções para evitar as febres: o uso diário do
quinino, o licor do Fowler ([1]),
o mosquiteiro, o sulfarsenol e a estricnina, são indispensáveis nessas viagens.
Quanto aos índios, a
última vez que estivemos nessa zona sentimos que nos vigiaram e cercaram.
Porém, não fomos atacados. São os Macu de alguma agressividade. [...]
Mas, como se sabe, decorrem do ato três outros: no primeiro o ajuste, a
seguir, o Tratado, depois a demarcação e subsequente caracterização.
Coube ao Chanceler Otávio Mangabeira, ativar a realização das demais
operações divisionárias de nossa fronteira. Isso, porém, não é obra de uma
geração.
Resta, portanto, que
se atente ao trabalho hercúleo dessas Comissões de Limites que se internam em
zonas inóspitas e desconhecidas para demarcar e assinalar as linhas divisórias
de nossas fronteiras.
Concluiu o
Comandante Braz Dias de Aguiar, a sua palestra como permitia, o tempo de quem
se preparava para horas após, partir para internar-se nas zonas, consideradas,
as mais desconhecidas da América do Sul.
Os Componentes da Comissão Dias Aguiar
A Comissão de Limites chefiada pelo Cmt Braz de Aguiar, compõe-se de seu
Chefe e, dos CT Nelson Simas de Souza; Waldernar de Araújo Motta, Cap Francisco
Pereira da Silva, Cap médico Dr. Manoel Maurício Sobrinho e 1° Ten Jonathas
Moraes Corrêa e Dr. Sodré Vianna, civil. (DIÁRIO DA NOITE, N° 262)
Anais
da Academia Brasileira de Ciências, Ed. 1
Rio
de Janeiro, RJ ‒ 1938
Aguiaria
Vi as primeiras árvores de “duraque” ([2]) em 1929,
quando de subida no Rio Negro, como hóspede na lancha da Comissão Demarcadora das
Fronteiras do Setor Norte, chefiada pelo Comandante
Braz Dias de Aguiar. Elas não tinham
flores nem frutos, mas o material que pude colher e que consistia em raminhos
com folhas e em amostras da madeira, foi suficiente para permitir a inclusão da
planta entre as Bombacaceaes da afinidade de Scleronema e Calostemma. (DUCKE)
A
Batalha, N° 4.334
Rio
de Janeiro, RJ ‒ Quarta-feira, 25.09.1940
A
Fronteira Brasileira com a Venezuela
Prosseguem
Ativamente os Trabalhos da Comissão Demarcadora
Deverá seguir para Belém do Pará, na próxima sexta-feira, o CMG Braz Dias
de Aguiar, Chefe da Primeira Divisão da Comissão Brasileira Demarcadora de
Limites que trabalha no setor formado pelas fronteiras com o Peru, a Colômbia, a
Venezuela e as três Guianas.
O Cmt Braz de Aguiar vai encontrar os trabalhos de sua Divisão em pleno
desenvolvimento, devendo dar início à segunda campanha deste ano, com o
objetivo de fazer o levantamento dos Rios Catrimani, afluente do Branco, e
Demini, afluente do Negro, sobre cujas cabeceiras ainda não há conhecimento
seguro. Nossas fronteiras com a
Venezuela já foram definidas no Tratado concluído em 1859.
Os trabalhos de demarcação,
começados em 1880 e findos em 1884, não foram aprovados pela Venezuela. Novos
trabalhos estiveram a cargo da Comissão Melo Nunes, dissolvida em 1915. Em 1929
foi novamente organizada uma Comissão Mista de Remarcação, que trabalhou até
1934. Em 1939, iniciou-se a atual campanha, que se dedica ao estabelecimento de
sinais aerofotogramétricos e marcos fronteiriços, e ao levantamento topográfico
de Rios cuja caracterização interessa imediatamente aos trabalhos
demarcatórios. Foram assim, levantados cinco Rios da Bacia Amazônica, o Surumu,
o Pacu, o Majari, o Uraricaá e o Surubaí e as cabeceiras de quatro Rios da
Bacia do Orenoco, o Guaná, o Kidi, o Emecuni e o Ijani. O serviço de “fotocroquis” é feito em aviões, do
Serviço de Obras Públicas da Venezuela, ao longo da fronteira e já se estendeu
até as nascentes do Majaní. [...]
Os trabalhos de demarcação são
igualmente executados com colaboração de trabalhadores, cujas condições de
saúde melhoram dia a dia, graças ao combate constante aos três males que afetam
tais regiões: a malária, o beribéri e leishmaniose tegumentar. O atual ritmo
dos trabalhos demarcatórios imprime um grande desenvolvimento à campanha de
1939-1940, que já realizou mais de um terço da tarefa projetada. Concluídos
esses trabalhos, o que a Divisão conta fazer em 2 ou 3 campanhas, ficará
integralmente demarcada a nossa linha fronteiriça com as Guianas Holandesa e
Inglesa e a Venezuela. Esse trabalho, levado a feito com tenacidade e
constância, representará uma definitiva contribuição para a caracterização
perfeita dos nossos limites Setentrionais, o que por certo determinará
progressivo soerguimento dessas regiões até agora pouco servidas das mais
modernas conquistas da civilização. (A BATALHA, N° 4.334)
A
Batalha, N° 4.346
Rio
de Janeiro, RJ ‒ Quarta-feira, 09.10.1940
O
Presidente Vargas na Amazônia
Em
Contato com os Membros da
Comissão de Limites
BELÉM, 8 [Agência Nacional] – O Presidente Getúlio Vargas recebeu a
visita de vários membros da Comissão de Limites, sediada nesta capital, como a
Primeira Divisão de Demarcação de Fronteiras entre o Brasil e as Guianas
Inglesa, Holandesa, Francesa, a Venezuela, o Peru e a Colômbia. Da exposição
feita, então, pelo Comandante Braz Aguiar, que aqui se encontra nesse posto há
25 anos, o Chefe do Governo viu como vão adiantados os trabalhos de demarcação
e estabelecimento de limites. A atividade da mesma Comissão pode ser avaliada,
sabendo-se que foram, já, colocados 250 marcos e fixados trezentos pontos de
coordenadas. Mais de quatro mil quilômetros de Rios já foram percorridos para
esse trabalho. Todas essas atividades foram seguidas pelo Presidente Getúlio
Vargas nos mapas que lhe eram mostrados no momento. Verificou, então, o Chefe
do Governo, que o serviço de demarcação já está terminado nas fronteiras com as
Guianas Inglesa e Holandesa, estando as linhas divisórias com a Venezuela quase
concluídas. A linha com a Guiana Inglesa tem cerca de 1.600 quilômetros. As
atividades da Comissão já se estenderam até a Bacia do Orenoco, sendo que em
todos os trabalhos o fato mais curioso até agora está na fixação dos limites
com a Venezuela. Ficou provado que a serra Marchiall não é o ponto mais Norte
do Brasil e sim a serra Caimai.
Depois de
apreciar esses mapas, em número superior a 50, o Presidente foi informado da
maneira de organização das Expedições de estudos que devem demorar, sempre, no
interior da selva, transpondo Rios, desbordando serras, pelo menos de oito a
dez meses. Vivamente impressionado com a longa exposição que lhe foi feita, o
Chefe do Governo, despedindo-se dos membros da Comissão de Limites, disse-lhes:
Heróis não são apenas
os que morrem pela Pátria, oferecendo-lhe o seu sangue. Também os senhores, por
tanto trabalho anônimo construindo as fronteiras do Brasil, longe do mundo, são
heróis. (A BATALHA, N° 4.346)
A
Batalha, N° 4.425
Rio
de Janeiro, RJ ‒ Terça-feira, 14.01.1941
Atacados
e Cercados Pelos Índios
os Membros da Comissão de Limites
Surpreendidos
e Cercados Quando Dormiam Foram Todos Feridos por Flechas Envenenadas
BELÉM, 13
[Agência Nacional] – Confirma-se o ataque dos índios aos membros da Comissão de
Limites do Setor Norte, atualmente em operações na fronteira da Venezuela.
Informações radiotelegráficas transmitidas diretamente dizem que o destacamento
brasileiro encontra-se cercado há 24 horas.
O grupo
composto do radiotelegrafista, o médico e mais três membros, e o único do qual
chegam notícias, avisou que foi atacado pela madrugada do dia doze, por cerca
de cem índios.
Surpreendidos
quando dormiam, foram todos feridos por flechas envenenadas, mas, mesmo assim,
conseguiram repelir a bala, chefiados pelo médico Armando Morelli, o ataque dos
selvagens, que recuaram, mantendo o cerco. Essa situação ainda perdura,
constando, sem confirmação até agora, que dois elementos do grupo morreram,
estando os outros em estado gravíssimo.
O
Médico Morelli faz uma Narrativa do Ataque, em Radiograma Dirigido ao
Chefe da Comissão de Limites
Comunica-nos a Agência Nacional: No dia 9 do corrente mês, uma Turma da
Comissão Brasileira Demarcadora de Limites ‒ 1ª Divisão, empenhada, nos
trabalhos de levantamento do curso, do Rio Demini, afluente do Rio Negro, no
Estado do Amazonas, foi atacada por índios selvagens. Quando se realizou o
ataque, estavam apenas no acampamento o Médico Morelli, o telegrafista Jovino,
Sargento da Marinha, e mais três homens. O grosso da turma achava-se distante
do local, procedendo a trabalhos de campo.
Todos os cinco homens foram feridos gravemente; apenas o telegrafista
pode locomover-se. O seguinte radiograma, passado pelo Médico Morelli ao Chefe
da Comissão de Limites, CMG Braz Dias de Aguiar, para a sede da Comissão, em
Belém, Pará, permite que se faça uma ideia não só da gravidade da ocorrência
como da bravura de que deram provas os sitiados:
O ataque começou às 05h30, com duas saraivadas de flechas premeditadas,
em cada rede. Consegui alcançar meu rifle e atirei no rumo dos agressores,
afugentando-os do local, porém, eles se mantêm nos arredores, anunciados pelos
latidos dos cães, que não cessam. Todos nós ficamos avariados, com mais de três
ferimentos, cada um, exceto o Sargento da Marinha, Jovino que recebeu uma
flecha na axila esquerda, ficando atravessada, e eu com sete, duas das quais
atravessaram o pulmão direito e outra que se alojou na região renal, fixando-se
na coluna vertebral, sendo, com muita dificuldade, tirada.
Apresento quatro
hemorragias internas, mas meu organismo está suportando regularmente, apesar
das dores lancinantes. Acredito que serão vinte ou trinta os atacantes, pois já
se contam quarenta flechas, na maioria envenenadas.
Nosso único recurso,
agora, é de nos entrincheirarmos aqui e esperarmos socorro, de Leônidas ou de
Nilar, que baixou ao depósito. Nenhum dos homens pode andar e eu nem me mexer
na rede. Mesmo a baixada por canoa é muito perigosa, porque os índios andam nos
arredores. Pelo sim e pelo não, envio a todos muitos abraços, que peço a Vossa
Excelência transmitir. Cordiais saudações – Morelli.
Novo
Ataque
Outros radiogramas informavam que os índios continuavam a rondar o
acampamento, durante a noite, impossibilitando, os atacados a sair das
trincheiras e que, por causa dos latidos dos cães, tinham a impressão que o
resto da Turma também fora atacada.
No dia 10, os índios voltaram a atacar o acampamento. Apesar da gravidade
de seus ferimentos, os homens pretenderam descer o Rio, quando os índios
cortaram-lhes a retirada, sendo o grupo obrigado a voltar às trincheiras.
Em vista da situação crítica em que se encontram esses membros da
Comissão de Limites, o Ministro das Relações Exteriores deu autorização ampla
ao seu chefe, Comandante Braz Dias de Aguiar, para agir em seu socorro.
O General
Comandante da 8ª Região Militar, com sede em Belém, pôs à disposição do
Comandante Braz Dias de Aguiar um avião “Comodoro”
para seguir até Manaus. De Manaus, o Chefe da Comissão de Limites seguiu em
lancha, cedida pelo Interventor Federal no Amazonas, pelo Rio Negro, em direção
ao Rio Demini, levando consigo dois médicos e ambulância, esperando chegar a
tempo de prestar socorro aos membros da Comissão que se encontram sitiados.
Até o presente momento, o Ministério das Relações Exteriores, ao qual
está subordinada a Comissão Brasileira Demarcadora de Limites, não tem
conhecimento da morte de nenhum dos homens que compõem a turma encarregada dos
trabalhos de levantamento do curso do referido Rio. (A BATALHA, N°. 4.425)
Bibliografia:
A BATALHA, N° 4.334. A Fronteira Brasileira com a Venezuela - Prosseguem Ativamente os
Trabalhos da Comissão Demarcadora ‒ Brasil ‒ Rio de Janeiro, RJ ‒ A
Batalha, N° 4.334, 25.09.1940.
A BATALHA, N° 4.346. O Presidente Vargas na Amazônia - Em Contato com os Membros da Comissão
de Limites ‒ Brasil ‒ Rio de Janeiro, RJ ‒ A Batalha, N° 4.346, 09.10.1940.
A BATALHA, N° 4.425. Atacados e Cercados Pelos Índios os Membros da Comissão de Limites –
Surpreendidos e Cercados Quando Dormiam Foram Todos Feridos por Flechas
Envenenadas ‒ Brasil ‒ Rio de Janeiro, RJ ‒ A Batalha, N° 4.425,
14.01.1941.
DIÁRIO DA NOITE, N° 262. Às Zonas mais Desconhecidas da América do Sul ‒ Brasil ‒ Rio de
Janeiro, RJ ‒ Diário da Noite, N° 262, 11.08.1930.
(*)
Hiram Reis e Silva é Canoeiro, Coronel de Engenharia, Analista de Sistemas,
Professor, Palestrante, Historiador, Escritor e Colunista;
Campeão do II Circuito de Canoagem do Mato Grosso do
Sul (1989)
Ex-Professor do Colégio Militar de Porto Alegre
(CMPA);
Ex-Pesquisador do Departamento de Educação e Cultura
do Exército (DECEx);
Ex-Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério
Militar – RS (IDMM – RS);
Ex-Membro do 4° Grupamento de Engenharia do Comando
Militar do Sul (CMS)
Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira
(SAMBRAS);
Membro da Academia de História Militar Terrestre do
Brasil – RS (AHIMTB – RS);
Membro do Instituto de História e Tradições do Rio
Grande do Sul (IHTRGS – RS);
Membro da Academia de Letras do Estado de Rondônia
(ACLER – RO)
Membro da Academia Vilhenense de Letras (AVL – RO);
Comendador da Academia Maçônica de Letras do Rio
Grande do Sul (AMLERS)
Colaborador Emérito da Associação dos Diplomados da
Escola Superior de Guerra (ADESG).
Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN).
E-mail: hiramrsilva@gmail.com.
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – X
Bagé, 20.12.2024 Continuando engarupado na memória: Tribuna da Imprensa n° 3.184, Rio, RJSexta-feira, 25.10.1963 Sindicâncias do Sequestro dão e
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – VI
Silva, Bagé, 11.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 224, Rio de Janeiro, RJ Quarta-feira, 25.09.1963 Lei das Selvas T
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – IV
Bagé, 06.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 186, Rio de Janeiro, RJSábado, 10.08.1963 Lacerda diz na CPI que Pressõessã
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – III
Bagé, 02.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 177, Rio de Janeiro, RJQuarta-feira, 31.07.1963 JB na Mira O jornalista H