Sexta-feira, 16 de setembro de 2022 - 06h10
Bagé, 16.09.2022
México – “Exército Zapatista de Libertação Nacional
– EZLN”
[...] as mais justas
aspirações do povo, plantadas as mais imperiosas necessidades sociais, e
propostas as mais importantes reformas econômicas e políticas, sem cuja
implantação o país passaria inevitavelmente ao abismo, deprimir-se-ia no caos
da ignorância, da miséria e da escravidão. (Programa Ayala)
Emiliano Zapata
Importante líder da “Revolução
Mexicana de 1910”, considerado um dos heróis nacionais mexicanos, Emiliano
Zapata serve de inspiração para o movimento zapatista. Emiliano Zapata Salazar,
camponês mestiço, filho de Cleofas Salazar e Gabriel Zapata, nasceu no estado
mexicano de Morelos, vilarejo de San Miguel Anenecuilco, atual Ciudade Ayala,
em 08.08.1879, numa época em que o México era governado por José de la Cruz
Porfirio Díaz Mory.
A família Zapata havia apoiado Díaz, quando este lutava para libertar o
México do domínio dos franceses e do imperador Maximiliano (1864-1867). Em
1876, Díaz proclamou-se Presidente, mantendo-se no cargo até 1880. A partir de
1884, foi reeleito Presidente, por seis vezes consecutivas, estabelecendo uma
ditadura favorável aos interesses dos grandes proprietários rurais.
Zapata, por volta
dos 30 anos, ocupou uma das chefias do vilarejo onde nascera, intercedendo nos
numerosos conflitos entre seus habitantes e os fazendeiros que procuravam tomar
posse das terras dos camponeses.
Por muitos anos,
Zapata defendeu os direitos dos moradores através da recuperação de antigos
títulos de propriedade.
Revoltado com a
prepotência dos latifundiários, e com a ditadura de Díaz, declarou,
publicamente, seu desejo de promover uma reforma agrária. Após o manifesto, o
governou mandou encarcerá-lo.
Em liberdade,
organizou, sob o lema “Terra e Liberdade”,
um grupo de camponeses e indígenas do Sul passando a promover ações de
guerrilha, ocupando e repartindo as terras. Uniu-se a Pancho Villa (José Doroteo
Arango), líder dos camponeses do Norte, que combatia o Exército Federal e os
grandes proprietários.
Díaz, nessa
época, estava preocupado com a candidatura de Francisco Ignácio Madero
González, líder do movimento que se opunha à sua reeleição. Díaz prende Madero
e, como único candidato, é considerado eleito. Madero foge da prisão e vai para
os EUA de onde conclama o povo à rebelião, prometendo reforma eleitoral e
agrária de acordo com o “Programa de São
Luiz de Potosí” redigido, por ele, no exílio. Zapata se alia a Madero e, em
1910, comanda como “General” o “Ejército Libertador del Sur”, formado em
Morelos.
A “Revolução Mexicana de 1910” derruba Díaz
e promove ascensão de Madero que, eleito Presidente, resolve dissolver o
exército revolucionário.
Zapata recusa-se
a desarmar seus homens e exige a reforma agrária, prometida no Programa de São
Luiz de Potosí e negada por Madero.
A fatal ruptura do Programa
de São Luiz de Potosí motivou e justificou nossa rebeldia contra aquele que
invalidou todos os compromissos e defraudou todas as esperanças [...]
combatemos Francisco Madero, combateremos outros cuja administração não tenha
por base os princípios pelos quais temos lutado. (Emiliano Zapata Salazar)
Em novembro de 1911, Zapata anuncia o “Programa de Ayala” propondo a derrubada de Madero e reforma agrária
sob o controle das comunidades camponesas. Em fevereiro de 1913, enquanto a
luta prossegue, o General José Victoriano Huerta Márquez assassina Madero. O
governo de Huerta é um retorno ao porfirismo (Porfirio Díaz).
Venustiano Carranza Garza, líder do Exército Constitucionalista, não
reconheceu o novo governo e se mobilizou contra Huerta, contando com o apoio de
Villa e Zapata.
Carranza assume a presidência e, novamente, hesita em aceitar as
propostas camponesas. Em fevereiro de 1917, é promulgada a Constituição com as
transformações idealizadas no Programa de Ayala, os preceitos Constitucionais,
no entanto, são ignorados pelo governo. Em 1919 Zapata é assassinado a mando de
Carranza.
Chiapas
Estado mexicano, cuja capital é Tuxtla Gutiérrez, faz fronteira com a
Guatemala, país a que pertenceu até 1824.
As principais
atividades econômicas são a cafeicultura, o artesanato e o turismo. A população
de Chiapas é formada por 3,6 milhões de habitantes, sendo mais de 1 milhão de
indígenas descendentes dos maias que, em sua maioria, não falam o espanhol.
Causas da Rebelião em Chiapas
Vamos procurar
resumir uma análise feita pelo sociólogo e crítico mexicano Pablo González
Casanova a respeito das oito “Causas da
rebelião em Chiapas”:
1. Herança Rebelde: os
maias representam, na história da humanidade, um dos povos que mais resistiram
à conquista espanhola e o fato de se rebelarem de novo, atende a um chamamento
ancestral. Na sua memória, está presente a figura de Juan López, homem
invencível vindo do céu, que lutou contra o exército em eras passadas e
prometeu regressar para ajudar os índios em suas batalhas.
2. Crise da Fazenda Tradicional: a crise dos latifúndios cafeeiros
dos anos 30, das fazendas de gado nos anos 50, provocou a dispensa dos serviços
dos trabalhadores que se refugiavam em regiões remotas. Em meados dos anos 70,
na Selva, peões de todas as origens formam uma identidade de etnias oprimidas,
que ganhou corpo nos anos 80 por meio da “Associação Rural de Interesse
Coletivo – União de Uniões” (ARIC-UU), e culminou com um processo de integração
das organizações de etnias e de trabalhadores.
3. Ação Pastoral: após o Concílio Vaticano II e da Conferência
Episcopal de Medellín, deu-se início a uma renovação pastoral expressa na
Teologia da Libertação. A ação pastoral desse movimento iniciou nos anos 60 e
os párocos e catequistas se dedicaram a ensinar aos índios novas formas de
organização para o trabalho coletivo, a discussão fraternal e a tomada de decisões.
4. Estudantes de 1968: depois de 1968, alguns líderes estudantis
ajudaram a formar movimentos camponeses. Na sua ideologia havia um elemento
comum: “lutar por uma democracia em que o povo trabalhador e explorado tomasse
as decisões por si mesmo, e pelo fim do sistema repressivo, autoritário e
excludente vigente no México”. Em meados dos anos 70, começaram a chegar em
Chiapas e integraram-se nas organizações populares, “ajudando-as a
organizarem-se e a adquirirem uma maior consciência para levar adiante suas
lutas”.
5. Menos Terras Para os Mais Pobres: em 1971, um decreto presidencial
entrega metade da Selva aos Lacandones, uma etnia quase extinta. Com o pretexto
de preservar alguns que restavam, pretendeu-se arrebatar as terras de
Tzeltales, Tzotziles, Choles, Tojolobales e Zoques, que as habitavam há quase
30 anos, acusando-os de “usurpadores”. Havia, na verdade, um grande conluio de
políticos e madeireiros que usaram como fachada a Companhia Florestal Lacandona
S. A. que se apressou em firmar um contrato com os Lacandones, “legítimos donos”
da terra, adquirindo o monopólio de extrair madeira da região. A terra em
Chiapas, principal fonte de sustento das populações mais pobres, tornou-se cada
vez mais escassa.
6. A Politização dos Povos Indígenas: por volta de 1982, dentro do
Partido Socialista Unificado do México, os Tojolobales lutaram pela presidência
municipal. Ao perderem-na, “perderam a esperança”, segundo se dizia. Em 1974,
os índios de San Juan Chamula tomaram a presidência municipal como protesto
ante a fraude eleitoral cometida pelo PRI. Dias depois, foram desalojados pelo
Exército. A partir de então, o governo local deu início a uma perseguição a
milhares de Chamulas, acusando-os de serem protestantes. Os expulsos ficaram
sem casa e sem-terra. Hoje, mais de 20.000 vivem nos arredores de S. Cristóbal.
Estão na miséria. Os políticos exercem em Chamula uma ditadura autônoma e
brutal, justificando-a no respeito a seus “costumes”.
7. A Violência e a Lei: no regime racista e oligárquico vigente em
Chiapas, a violência institucional é a lei. Sem risco de punição, seja na
terra, no trabalho ou na política, aquele que detém o poder tem a possibilidade
de violar a lei, seja esta agrária, trabalhista ou eleitoral, diferente do que
ocorre com aqueles que são indígenas, mestiços pobres, camponeses,
trabalhadores e até empregados, que a qualquer momento podem ser submetidos a
falsas acusações e serem-lhes aplicados todos os tipos imagináveis de pena.
8. A Violência Negociada com Perdas e Danos: desde o início da
existência do terror internalizado que se empreende uma luta para superá-lo.
Com decisão, frieza e fraternidade, às vezes, consegue-se dar um primeiro passo
nesse sentido. Surgem tentativas de se levar adiante uma luta unida, associada,
com tramas e vínculos que se ampliam em uniões de sem-terra, em centrais
camponesas, em sindicatos. Nestes, luta-se contra a cooptação, a corrupção de
líderes e parentes, levando-se a um endurecimento persistente em que se
expressam as correntes políticas do México moderno e as posições
revolucionárias mais variadas. Numa revolução, a única possibilidade de vitória
é que ela se transforme em uma grande luta política e social, capaz de
modificar as correlações do poder e o mercado no sentido de um projeto local,
nacional e eventualmente global.
Subcomandante Marcos
Rafael Sebastián Guillén Vicente nasceu em 19.07.1957, na cidade de
Tampico, capital da Província de Tamaupilas, fronteira nordeste do México com
os EUA. Filho de imigrantes espanhóis, proprietários de lojas de móveis, é o
quarto entre oito irmãos.
Matriculou-se, em 1977, na Universidade Nacional Autônoma do México
(UNAM), capital mexicana, onde se destacou como aluno brilhante, obtendo
licenciatura em Filosofia e Letras, em 1980, com a tese “Filosofia e educação: práticas discursivas e práticas ideológicas em
livros de escola primária”. Em 1979, iniciou sua carreira docente com aulas
de estética da imagem na Universidad Autónoma Metropolitana e logo em seguida
se uniu aos zapatistas.
Exército Zapatista de Libertação Nacional
Em janeiro de
1993, em Prado, é fundado o Partido das Forças de Libertação Nacional (PFLN),
sendo aprovada a posição defendida pelo subcomandante Marcos de iniciar uma
Guerra de Libertação no México.
O objetivo militar era derrotar o Exército Mexicano e chegar até a Cidade
do México. Os objetivos citados na sua declaração de princípios são:
Encabeçar a luta revolucionária do povo trabalhador para arrancar o poder
da burguesia, libertar o país da dominação estrangeira e instalar a ditadura do
proletariado que impeça a contrarrevolução e inicie a construção do socialismo.
Recorrer, como forma principal, à luta político-militar, combinando-a com
outras formas de ação política. Conta para isto com o EZLN que jamais haverá de
claudicar no México.
O EZLN, durante mais de dez anos, havia se preparado para a luta armada
nas montanhas e nas florestas de Chiapas. Em 1° de janeiro de 1994, o grupo é
apresentado ao mundo, quando tomam San Cristóbal de las Casas, Ocosingo,
Chanaal, Altamirano e Las Margaritas.
Nesse mesmo dia, o EZLN ataca o Quartel de Rancho Nuevo, comandado pelo
General Garrido e invade os sistemas prisionais da região conflagrada,
libertando todos os prisioneiros, a maioria índios.
Além das prisões, as prefeituras, prédios públicos, bancos, sedes de
algumas empresas importantes e rádios foram os primeiros locais a serem
tomados.
Anos de enfrentamento com as Forças Armadas Mexicanas fizeram os
Zapatistas mudar o tom agressivo de seu discurso desde 1993 e, em dezembro de
2007, por ocasião do Colóquio Internacional realizado em San Cristóbal de las
Casas, Chiapas, se dirigem ao povo do México e aos povos do mundo, relembrando
que:
Desde 10.01.1994, o EZLN se comprometeu com a sociedade mexicana a que,
de maneira unilateral, frearia qualquer atividade bélica. Quatorze anos após
essa decisão, o EZLN, apesar da presença hostil do Exército Mexicano, que tanto
dano tem feito às comunidades indígenas Chiapanecas; apesar da formação de
grupos paramilitares; apesar do massacre de Acteal; apesar de tudo, tem honrado
sua palavra.
Neste tempo, colocando em prática o mandar obedecendo, construiu uma das
experiências mais esperançosas do mundo: as juntas de bom governo, as quais
conseguiram melhorar o nível de vida das bases de apoio zapatistas e realizar o
exercício de governo que já é um fardo na luta pela emancipação humana, seu
exemplo de luta pacífica é universal.
Os Zapatistas, ao contrário da nossa “companheirada”,
chegaram à conclusão de que as demandas da “Velha
e Surrada Esquerda” eram demasiado estreitas, por enfatizarem somente os
problemas do proletariado industrial urbano e que a luta armada não é o único
caminho para as pretendidas reformas.
Os zapatistas consideram, hoje, que a luta pelos direitos de cada grupo é
igualmente importante, e é preciso travá-la em todas as frentes
simultaneamente. Eles também professam que os próprios movimentos precisam ser
internamente democráticos. O lema é “mandar
obedecendo”, que poderia ser explicado por “comandar obedecendo às vozes e desejos dos liderados”.
Venezuela – “Movimiento Rumbo Propio”
A Venezuela é uma
república federativa formada por 23 estados, um Distrito Federal, Dependências
Federais (formada por diversas Ilhas) e um Território em Reclamação com a
Guiana (Zona en Reclamación – Guayana Esequiba).
República Independente e Ocidental de Zulia
Na fronteira Ocidental, a Noroeste da Venezuela, encontra-se o estado de
Zulia, que envolve o Lago de Maracaibo. No Lago se encontram as maiores
reservas de petróleo e gás do Hemisfério Ocidental, responsável por cerca de
78% do petróleo produzido pelo país, e um porto altamente estratégico.
A capital do estado é Maracaibo, a segunda maior cidade da Venezuela, e é
o estado mais densamente povoado da república bolivariana, com mais de três
milhões e meio de habitantes sendo um milhão deles colombianos. Possui uma
produção agropecuária importante, fornecendo 80% do consumo nacional, e
recursos naturais como fosfato e carvão.
Maracaibo está situada às margens do maior Lago da América Latina, que
leva seu nome, tendo sido descoberto em 24.08.1499 pelo marinheiro Alonso de
Ojeda, companheiro de Colombo em sua segunda viagem.
A cidade foi fundada no ano de 1529, pelo alemão Ambrosio Alfinger, que
lhe deu o nome de Vila de Maracaibo. A origem de seu nome se deve ao Cacique
Mara, que morreu combatendo os alemães. Reza a tradição que vendo seu líder
morto, os índios gritavam: “Mara-caiu”,
e assim originou-se o nome da capital zuliana.
Alguns
pesquisadores, porém, afirmam que o local onde está edificada a cidade era chamado
em língua indígena de “Maara-iwo”, ou
“lugar onde abundam as serpentes”.
Movimiento Rumbo Propio
Un movimiento político zuliano de afirmación regionalista, cuyo objetivo
es el desarrollo integral del Zulia mediante el capitalismo liberal, único sistema
idóneo a ese fin, a partir de la aprobación plebiscitaria de un Estatuto
Autonómico en la región.
“Autonomía” es más que
autogobierno pero menos que independencia política o secesión. Tampoco equivale
a autosuficiencia económica: todo lo contrario.
Rumbo Propio quiere el máximo de bienestar para los zulianos, poniendo al
Zulia en el Primer Mundo, plenamente integrado en la economía global de hoy.
Para ello no se requieren tratados engañosos tipo ALCA o Mercosur, sino nada
más decretar los principios históricos de libre comercio y libre cambio, que en
el pasado llevaron a las naciones hoy desarrolladas a ser ricas. Rumbo Propio
es un movimiento de opinión, aunque no un partido.
Y da la cordial bienvenida a movimientos similares en otras regiones de
Venezuela y América Latina, inspirados en los mismos principios y lineamientos.
A organização é liderada pelo ex-Ministro da Agricultura, Néstor Suárez;
pelo professor universitário Alberto Mensueti e pelo militar aposentado
Hidelmaro Ferrer.
O Ministério Público
abriu uma investigação para determinar se a iniciativa da organização “Rumbo Propio” atenta contra a Segurança
Nacional. Segundo o Procurador Geral da República, Isaías Rodríguez, se trata
de crime de “traição à Pátria, atentando
contra a soberania e a segurança da nação”.
O Vice-presidente do Rumbo Propio Alberto Mensueti considera que é
necessário resgatar a independência comercial do país e afirma:
Somos de
direita e, portanto, contrários ao socialismo. Queremos convencer a sociedade
que o capitalismo liberal gera riqueza e bem-estar.
O “Rumbo Propio” defende a
diminuição do poder do Estado através da privatização dos serviços públicos e
da autonomia fiscal.
Plano Balboa
Estamos desenvolvendo um contra-plano Balboa. Isto é,
se o Governo dos EUA planeja continuar com essa iniciativa imprudente de nos
atacar, irá embarcar numa
guerra de 100 anos. Estamos preparados.
(Presidente Hugo Rafael Chávez Frias)
O Presidente venezuelano ao ser entrevistado, em outubro de 2005, no
programa “Nightline” da ABC News,
voltou a afirmar que o Governo Norte-americano tinha planos para “invadir seu país por causa do petróleo”
e que possuía “provas concretas” que
foram entregues ao jornalista Ted Koppel. O documento chamava-se “Operação Balboa”.
O “Exercício Específico – Planejamento
Operacional Balboa” foi elaborado no ano 2001, para o “Segundo Curso de Estado Maior Conjunto das
Forças Armadas da Espanha”, e seu objetivo era o de simular uma situação
de conflito entre os países Azul, Marrom e Branco. O Presidente Chávez e seu
pessoal de inteligência avaliaram que tudo fazia parte de um planejamento
estratégico para controlar a indústria petrolífera e proteger o fornecimento de
energia para os EUA.
Consideraram ainda que este objetivo seria alcançado mediante a ocupação
da região fronteiriça com a Colômbia (Zulia, Táchira e Apure).Uma das
justificativas para a invasão do território venezuelano seria garantir a
integridade da Colômbia, e reduzir a influência de Chávez.
A oposição, acostumada às fanfarronices chavistas, utilizou o fato para
desacreditar o bolivariano Presidente perante a opinião pública internacional
mostrando que o tal “Plano Balboa”
nada mais era do que uma espécie de “Jogos
de Guerra”, comuns em treinamento das Forças Armadas.
O Movimento de Pinça
Apesar do chiste “Balboa”, o
Presidente Chávez tem realmente com que se preocupar. Os USA desenvolveram, nos
últimos anos, um projeto para garantir total controle do mercado
latino-americano através da instalação de bases militares.
O objetivo final da militarização dos países da região segue paralelo aos
seus propósitos econômicos e comerciais que seriam, futuramente, a apropriação
de recursos estratégicos, controle territorial, exploração da força de trabalho
barata e a expansão do modelo econômico neoliberal. É o conhecido “movimento de pinça” cujas tenazes são a
militar e a econômica. Para atingir esta última, foram arquitetados uma série
de programas de desnacionalização dos mercados latino-americanos, apropriação
de recursos naturais, redução de custos trabalhistas e apoio integral aos
movimentos separatistas.
Vejamos alguns
indícios que apontam para isso e que justificam as preocupações de Chávez:
Recentemente, o Presidente colombiano, Álvaro Uribe, anunciou sua
intenção de transferir a base militar dos EUA, de Manta, no Equador, para a
Colômbia, apesar de já sediar três bases militares Norte-americanas e diversos
comandos militares operativos.
Uribe reúne-se, constantemente, com o Governador de Zulia, Manuel Rosales
[Many], latifundiário e dono de centros comerciais em Miami, opositor às
políticas de Chávez, e expressa seu desejo de estreitar as relações entre Zulia
e a Colômbia, como se considerasse Zulia uma nação independente da Venezuela.
São frequentes as visitas do embaixador Brownfield a Zulia, que qualifica do “melhor estado da Venezuela”. Brownfield, fazendo coro à política de Uribe, lacaio Norte-americano, comentou em Maracaibo:
Há 25 anos, morei dois anos na República Independente e Ocidental de Zulia e por isso, sei muito bem o que significa viver num país quente.
Bibliografia
Elciudadano.com, n° 3.830. La Misión de Philip Goldberg en Bolivia ‒ Rio
de Janeiro, RJ ‒ Sexta-feira, 16.09.2008.
Solicito Publicação
(*)
Hiram Reis e Silva é Canoeiro, Coronel de Engenharia, Analista de Sistemas,
Professor, Palestrante, Historiador, Escritor e Colunista;
Campeão do II Circuito de Canoagem do Mato Grosso do
Sul (1989)
Ex-Professor do Colégio Militar de Porto Alegre
(CMPA);
Ex-Pesquisador do Departamento de Educação e Cultura
do Exército (DECEx);
Ex-Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério
Militar – RS (IDMM – RS);
Ex-Membro do 4° Grupamento de Engenharia do Comando
Militar do Sul (CMS)
Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia
Brasileira (SAMBRAS);
Membro da Academia de História Militar Terrestre do
Brasil – RS (AHIMTB – RS);
Membro do Instituto de História e Tradições do Rio
Grande do Sul (IHTRGS – RS);
Membro da Academia de Letras do Estado de Rondônia
(ACLER – RO)
Membro da Academia Vilhenense de Letras (AVL – RO);
Comendador da Academia Maçônica de Letras do Rio
Grande do Sul (AMLERS)
Colaborador Emérito da Associação dos Diplomados da
Escola Superior de Guerra (ADESG).
Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN).
E-mail: hiramrsilva@gmail.com.
Galeria de Imagens
* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – X
Bagé, 20.12.2024 Continuando engarupado na memória: Tribuna da Imprensa n° 3.184, Rio, RJSexta-feira, 25.10.1963 Sindicâncias do Sequestro dão e
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – VI
Silva, Bagé, 11.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 224, Rio de Janeiro, RJ Quarta-feira, 25.09.1963 Lei das Selvas T
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – IV
Bagé, 06.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 186, Rio de Janeiro, RJSábado, 10.08.1963 Lacerda diz na CPI que Pressõessã
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – III
Bagé, 02.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 177, Rio de Janeiro, RJQuarta-feira, 31.07.1963 JB na Mira O jornalista H