Quarta-feira, 5 de outubro de 2022 - 06h10
Bagé, 05.10.2022
Brasil um País de Todos!
Não! Brasil um País de
Tolos!
As dimensões
continentais do Brasil costumam ser apontadas como um dos alicerces da
prosperidade presente e futura do país. [...] as próximas gerações terão de se
contentar em ocupar uma porção do tamanho de São Paulo e Minas Gerais. E esse
naco poderá ficar ainda menor.
O governo
pretende criar outras 1.514 reservas e destinar mais 50.000 lotes para a
reforma agrária. Juntos, eles consumirão uma área equivalente à de Pernambuco.
A maior parte será entregue a índios e Comunidades de remanescentes de
Quilombos. Com a intenção de proteger e preservar a cultura de povos nativos e
expiar os pecados da escravatura, a legislação brasileira instaurou um rito
sumário no processo de delimitação dessas áreas.
Os motivos,
pretensamente nobres, abriram espaço para que surgisse uma verdadeira indústria
de demarcação. Pelas leis atuais, uma Comunidade depende apenas de duas coisas
para ser considerada indígena ou quilombola: uma declaração de seus integrantes
e um laudo antropológico. A maioria desses laudos é elaborada sem
nenhum rigor científico e com claro teor ideológico de uma esquerda que ainda
insiste em extinguir o capitalismo, imobilizando terras para a produção.
Alguns relatórios ressuscitaram povos extintos há mais de 300 anos. Outros
encontraram etnias em estados da Federação nos quais não há registro histórico
de que elas tenham vivido lá. Ou acharam quilombos em regiões
que só vieram a abrigar negros depois que a
escravatura havia sido abolida.
Nesta reportagem, VEJA apresenta casos nos quais antropólogos, ativistas
políticos e religiosos se associaram a agentes públicos para montar processos e
criar reservas. Parte delas destrói perspectivas econômicas de toda uma região,
como ocorreu em Peruíbe, no Litoral Sul de São Paulo. [...]
Os laudos antropológicos são encomendados e pagos pela Fundação Nacional
do índio [FUNAI]. Mas, muitos dos antropólogos que os elaboram são arregimentados em organizações não governamentais
[ONGs] que sobrevivem do sucesso nas demarcações.
A quantidade
de dinheiro que elas recebem está
diretamente relacionada ao número de índios ou quilombolas que alegam defender.
Para várias dessas entidades, portanto, criar
uma reserva indígena ou um quilombo é uma forma de angariar recursos de outras organizações estrangeiras e mesmo do governo brasileiro.
Não é por outro motivo que apenas a causa indígena já tenha arregimentado
242 ONGs. Em dez anos, a União repassou para essas entidades 700 milhões de reais.
A terceira maior beneficiária foi o Conselho
Indígena de Roraima [CIR]. A
instituição foi criada por Padres
católicos de Roraima com o objetivo de promover a demarcação da reserva Raposa Serra do Sol, um escândalo de proporções literalmente amazônicas.
Instituída em 2005, ela abrange 7,5% do território do estado e significou
a destruição de cidades, de lavouras e um ponto final no desenvolvimento do
Norte de Roraima ‒ que, no total, passou a ter 46% de sua área constituída por
reservas indígenas.
Em dez anos, o CIR recebeu nada menos que 88 milhões
de reais da União, mais do que a quantia
repassada à delegacia da FUNAI de Roraima no mesmo período. Não é preciso
dizer que a organização nem sequer prestou
contas de como gastou esse dinheiro.
A ganância e a falta de controle propiciaram o surgimento de uma
aberração científica. Antropólogos e indigenistas brasileiros inventaram o
conceito de “índios ressurgidos”.
Eles seriam herdeiros de tribos extintas há 200 ou 300 anos. Os laudos que
atestam sua legitimidade não se preocupam em certificar se esses grupos mantêm
vínculos históricos ou culturais com suas pretensas raízes. Apresentam somente
reivindicações de seus integrantes e argumentos estapafúrdios para
justificá-las. [...]
Em dez anos,
a população que se declara indígena triplicou. [...] Na Amazônia, quarenta
grupos de ribeirinhos de repente se descobriram índios. Em vários desses
grupos, ninguém é capaz de apontar um ancestral indígena nem de citar costumes
tribais. VEJA deparou com Comunidades usando cocares comprados em lojas de
artesanato. Em uma delas, há pessoas que aderiram à macumba, um culto africano,
pensando que se tratasse da religião do extinto povo Anacé. No Pará, um Padre
ensina aos ribeirinhos católicos como dançar em honra aos deuses daqueles que
seriam seus antepassados. (COUTINHO & PAULIN &
MEDEIROS)
Entrevista com o Conselheiro
da Associação Quilombola
Em setembro de 2008, escrevi um artigo denunciando que o Mato Grosso do
Sul estava em polvorosa com a pretensa criação de uma área para a “Nação Guarani”, na área mais produtiva
do estado.
Os guaranis da Argentina e Paraguai se entusiasmaram e já pretendiam
invadir a região de mala e cuia. Como os grãos brasileiros não têm concorrentes
no mercado internacional, as grandes empresas estrangeiras financiaram,
novamente, laudos e perícias fajutos em mais essa tentativa de
desnacionalização da “Terra Brasilis”.
Os proprietários
agiram impedindo a entrada de antropólogos nas suas terras, a sociedade
mato-grossense e seus políticos se mobilizaram e a situação foi revertida, pelo
menos temporariamente, até que novamente os rapinantes da FUNAI voltem a
atacar.
Os tentáculos da
desnacionalização continuaram se estendendo a outras regiões em nome de
pretensos “Resgates Históricos” e os
Quilombolas não ficaram atrás. Quando surgiu a pretensa demarcação de um
Quilombo em Bagé, meu sangue Farroupilha ferveu.
Escrevi dois
artigos sobre a questão e fui chamado de “fascista
e racista” pelos “Fabricantes de
Quilombos” de todo o país. A situação teve, de repente, um desenrolar
bastante interessante e que não teve maior repercussão na mídia impressa.
Infelizmente, a imprensa brasileira está por demais comprometida politicamente
e só divulga aquilo que é de interesse dos PeTralhas.
Se os “Fabricantes de Quilombos” me taxaram de
“fascista e racista”, eu gostaria de
saber quais seriam os qualificativos que os “Fantoches de Fidel Castro” ou as “Viúvas do Muro de Berlim” empregariam ao Sr. Daniel Ribeiro Franco
depois de sua esclarecedora e corajosa entrevista à Rádio Difusora de Bagé.
Qual será a decisão
final da justiça? Serão atendidas as pretensões da grande maioria dos membros da Associação ou a de uma minoria
atuante e mais comprometida com ideologias alienígenas do que com o trabalho
digno? A Rádio Difusora de Bagé entrevistou no dia 01.05.2010, o Senhor Daniel,
Conselheiro Fiscal da Associação Quilombola de Palmas, morador da localidade
das Pedreiras, em Palmas, Distrito de Bagé, que lhe apresentou um
abaixo-assinado, reconhecido em cartório, com 58 assinaturas de pessoas,
inclusive dele próprio, um afrodescendente, que são contrários à demarcação de
área Quilombola em Palmas. O cabeçalho do documento é o seguinte:
Os membros da Comunidade Quilombola Rural de Palmas e demais moradores
afrodescendentes nas áreas abrangidas pela respectiva Associação, abaixo
assinados e qualificados, declaram a quem de interesse for e para os devidos
fins que discordam do reconhecimento, delimitação ou demarcação
de áreas, possivelmente, remanescentes de Quilombos no Distrito de Palmas, Município de Bagé.
Desta forma, os signatários dessa declaração manifestam sua discordância
com a coletivização de suas terras, bem como informam a quem de interesse for
que desde o primeiro
momento suas intenções se relacionavam a
simples regularização fundiária individualizada
das terras por eles hoje ocupadas.
Daniel: Até alguns dias antes
da notificação dos proprietários, não era do conhecimento da maioria dos sócios
da própria Associação e nem do conhecimento da Comunidade, a abrangência desse
processo. O que estava claro, para todos nós, era que estávamos reivindicando a regularização das terras por
nós ocupadas. O que foi passado muitas
vezes pela líder comunitária Eliége e também pelo Presidente da Associação, o
Leomar.
É de nosso conhecimento e de conhecimento da Comunidade de Palmas que
existem muitas terras lá habitadas pelos afrodescendentes, terras essas que não
dispõem de documentos, então nós nos reunimos com o objetivo de que esses
residentes, digamos, legalmente herdeiros dessas terras pudessem ter essas
terras no seu nome.
Situação essa que não era surpresa para nenhum de nós, mas quando tomou proporções fora do
nosso conhecimento e o nome de toda a Comunidade Afrodescendente foi usado,
como sabedor disso e que era de nosso prévio e total conhecimento, não posso me
calar diante dessa situação.
Como
residente em Palmas, na chácara onde moro há 7 anos me causa constrangimento e
até certa revolta. Até mesmo, por declarações que foram feitas por membros da
nossa Associação ou por representantes dela, dizendo
que nós,
negros ou afrodescendentes, somos pisoteados
pelos brancos. Isso é uma declaração que não corresponde
com a realidade que nós vivemos lá.
Eu vim da Pedra Grande, que é uma região do Distrito de Palmas, faz onze
anos, trabalhei 7 anos com um residente dali; trabalho esse que me deu
condições de comprar a minha chácara.
Eu vim da Pedra Grande com uma bicicleta, uma mochila nas costas, muita
vontade de trabalhar e o coração cheio de sonhos e planos; sonhos e planos esses que, graças às bênçãos
de Deus e ao trabalho e reconhecimento por parte de pessoas
de qualquer
cor, de negros e brancos de Palmas, esses sonhos estão sendo realizados.
Então, o que nós entendemos é que o caminho para
que o negro
seja reconhecido é nós termos dignidade, e dignidade não é querer
pegar o
campo do vizinho, dignidade não é
aceitar todas as coisas que vêm como direito, digamos assim, mas é termos
caráter e filtrarmos as coisas.
Foi isso que me motivou, e não somente a minha vontade e o meu
descontentamento, mas também com o fato de que essas terras não irão ficar no
nome dos proprietários dali.
Existem residentes ali, há 40 ou 50 anos que perderão o direito de suas
terras, as quais foram adquiridas com suor, perderão o direito de ter o título
da sua terra, de fazerem dela o que bem quiserem.
Então, com
base no meu descontentamento e no descontentamento de mais 58 pessoas, eu estou
aqui.
Há pessoas
que assinaram algumas atas lá, pessoas essas que demonstraram seu total
descontentamento com o que está acontecendo, são pessoas que assinaram uma vez,
estiveram em uma ou duas reuniões e foi passado para essas pessoas que o
objetivo da Associação era regularizar as terras dos afrodescendentes,
residentes ali, que não tinham documentos das terras.
Então, essas
pessoas sentiram sua confiança traída, a sua dignidade diante da sociedade,
como alguns disseram: a minha dignidade foi roubada, a minha palavra foi roubada porque está
sendo colocada para um fim que eu não coloquei.
Então elas
manifestaram através dessa declaração que eu tenho aqui a sua inconformidade
com o que está acontecendo em Palmas, até mesmo porque é do conhecimento de
todos os que querem usar de boa-fé, que em Palmas brancos e negros convivem em perfeita harmonia, negros trabalham com brancos, tem parcerias
com algumas pessoas, eu mesmo que sou um pequeno criador de abelhas, um pequeno apicultor, tem dois apicultores
de grande porte lá que me ajudam com as minhas abelhas, nós trocamos serviço, eles me ajudam, eu não
tenho carro, eles vão lá com o seu veículo, com as suas camionetes, melam as minhas abelhas junto comigo, arrumamos o
mel, eu vou lá ajudo eles sem nenhum preconceito, sem nenhum problema.
Então agora, aparecer em nota que existe em Palmas uma guerra entre
negros e brancos não condiz com a realidade de Palmas.
Além dessas assinaturas que temos aqui, existem muitas outras pessoas que
não assinaram porque não estavam lá, tem pessoas que me procuraram hoje pela
manhã, ligaram e me procuraram pessoalmente e me falaram:
‒ Daniel eu
quero assinar, onde está essa lista?
Eu quero assinar, eu não concordo. Tem afrodescendentes assim como eu que
estão revoltados com a situação constrangedora
que foram colocados, não por
ruralistas de Palmas, mas pelos próprios representantes da dita Comunidade.
Eu creio que uma Comunidade ou uma Associação deva apresentar os anseios
da Comunidade que ela representa, o que na verdade não está acontecendo em
Palmas. Ontem, alguém brincou comigo dizendo que coloquei uma faca no pescoço
dessas pessoas para assinarem, mas não, eu única e exclusivamente falei a
verdade para essas pessoas.
Toda a verdade que nos foi apresentada pelo INCRA no dia 22 de abril na
reunião que teve na casa do Presidente da Associação, o Leomar Alves. Foi com
base no que nós ouvimos nessa reunião, com base nas declarações feitas pela
representante da Comunidade [Eliége] que me motivou a fazer esse trabalho, a me
manifestar dessa forma, a procurar as pessoas para conversar.
E elas me diziam: pelo amor de Deus, eu não concordo com isso, eu quero uma forma de me manifestar
publicamente ou alguém que nos represente provando
e mostrando que nós não concordamos com
isso que está acontecendo e o que nós queremos
em Palmas é a plena harmonia entre negros e brancos.
Agora
imagine: eu trabalhei cinco anos para comprar 18 hectares de terra, terra essa
que eu disponho do título em minhas mãos, que pago imposto por ela, agora ela
vai ficar a título de coletividade, eu vou perder o direito de vender para quem
eu quiser, de arrendar essa terra, de no futuro, de repente o meu filho querer
ir estudar fora e em minha falta ele não vai poder vender a terra.
A revolta dos produtores dali, dos residentes é com essa questão, além de
nós não estarmos reivindicando terras do nosso vizinho, nós queremos manter o título da
nossa terra, nós consideramos um retrocesso
na nossa civilização perdermos o título da nossa terra e ficar em nome
de uma Associação, embora essa Associação seja Associação Quilombola de Palmas,
mas nós queremos ter o pleno direito de fazer de nossas terras o que quisermos,
queremos ter a autonomia sobre essa terra.
Chegarmos até aqui, vermos a tristeza no rosto de pessoas que dizem que
tiveram sua boa-fé roubada quando assinaram atas, ou quando aparece no processo
que a maioria dos afrodescendentes de Palmas, a maioria dos membros da
Associação da Comunidade Quilombola de Palmas concorda com o que está
acontecendo. Isso nós consideramos uma vergonha para os afrodescendentes,
principalmente para aqueles que nós consideramos ter caráter; é baseado nisso
que nós não vamos guardar essa declaração numa gaveta.
Ontem eu entreguei em mãos ao Presidente da Associação, o Leomar. Mesmo
discordando eu continuo fazendo parte da Associação, eu sou Conselheiro Fiscal
da Associação, temos aqui nessa lista a assinatura do Vice-Presidente
da Associação, temos a assinatura de outros Conselheiros também.
Isso não é faca no pescoço de ninguém, alguém estava dizendo que isso era
uma coação, que nós como negros estamos com medo dos brancos ou dos
proprietários de Palmas.
Eu, afrodescendente, residente em Palmas não vim aqui na rádio por medo
de ninguém, não estou me manifestando por ter medo de represálias ou que algum
branco ou que algum ruralista de Palmas me coloque uma arma na cabeça; eu estou me manifestando porque nós queremos honrar os nossos ancestrais,
nós temos certeza de que a maioria dos
residentes, que nós moramos no lugar deles hoje ou daqueles que estão recebendo suas terras por herança, que os nossos
antepassados teriam vergonha do que
está acontecendo.
Nas reuniões, o que era nos falado era das vantagens de se ter uma
Comunidade organizada, isso é uma verdade, uma Comunidade que se organiza, que
trabalha unida com os mesmos propósitos, as coisas funcionam.
Mas, na primeira reunião onde foi apresentada essa questão da
coletividade, a discordância foi grande, inclusive eu fui um dos primeiros a
discordar porque ali tem muitas pessoas que levam o trabalho a sério ao passo
que tem muitas que riem da cara de quem trabalha.
Chamam de “puxa-saco” dos
brancos, de bobo porque trabalham, riem da cara de quem passa correndo para o
dia a dia de trabalho, dizem: é, tem que trabalhar, tem que ter alguém que
trabalhe para os vagabundos poderem cruzar os braços – há quem diga isso, pra
mim já foi dito isso.
Alguns domingos, eu trabalhando na chácara, amontoando pedras para melhorar
um pouquinho a situação da minha chácara, que tem muitas pedras, e aí dizem
assim: e aí, vamos lá, vamos lá, trabalha, trabalha porque eu não posso
trabalhar, essa coisa de trabalhar me faz mal!
Daí fica muito bom para essas pessoas quererem direitos iguais,
reivindicarem terras da mesma forma, título coletivo, que fique com
perpetuidade na família que, em falta dele, fique para seu filho.
Tenho plena
certeza que a maior herança que nós podemos deixar para
nossos filhos, a primeira é: respeito pelo que é seu e pelo
o que é dos outros, respeito próprio acima de tudo, e a segunda é
vontade de trabalhar, disposição de
correr atrás de seus sonhos e, principalmente, o direito de ir e vir, seja em Palmas, seja no lugar que for.
Porque se nós concordarmos com o que está acontecendo em Palmas, nós
estaremos condenando os nossos filhos a ficar em Palmas ou perder a sua
herança. É o que está acontecendo, é o que vai acontecer com os
afrodescendentes.
Eu tenho orgulho de ser afrodescendente, eu tenho orgulho de ser negro, e
esse orgulho de ser negro me leva a poder gritar em voz alta: quero continuar livre, quero ter o direito de assim como
eu suei para conquistar a minha chácara, a vender a
minha chácara para quem bem entender e poder mudar de lugar se assim entender
necessário.
Um fato que me chamou a atenção foi o quanto nas festas populares ali, a
forma, a harmonia em que negros e brancos conviviam. Tenho certeza de que, se
não houver um esclarecimento da situação que está ocorrendo lá, essa harmonia
vai se perder, não porque os ruralistas ou porque os brancos queiram, mas
podemos dizer que aí nós próprios estamos cavando nossa sepultura.
E outro fato que também foi colocado na imprensa é a de que nossos
filhos, que pessoas afrodescendentes estavam correndo risco, que estavam sendo
ameaçadas, isso não condiz com a realidade dali. Na barreira, como a maioria
das pessoas chamavam, a reivindicação ou o protesto que os ruralistas estavam
fazendo ali, eu considero um direito deles, eles estavam simplesmente querendo
uma explicação clara do que estava acontecendo.
Ninguém
foi agredido ou xingado, ninguém foi humilhado. Passei várias vezes ali, para ir para o meu trabalho, eu passava ali, conversava com alguns e às vezes
me perguntavam: e aí, Daniel, o que está acontecendo?
E eu dizia – nem eu sei, mas vamos procurar a verdade e vamos trazer a
verdade à tona. Quando foi do nosso conhecimento que estavam dizendo que toda a
Comunidade ou a maioria da Comunidade Afrodescendente concordava com isso aí,
não dá para ficar quieto porque isso não condiz com a realidade. O que nós
queremos através dessa declaração é que o direito da Comunidade afrodescendente
seja respeitada, mas direito esse de escolher o que se quer e o que não se
quer.
Se o governo nos dá esse direito, é um direito que o governo pode nos
apresentar, mas nós podemos aceitar ou não esse direito,
nós podemos zelar pelo direito de ter nosso título de terra, de defender o que é nosso e também
de defender o direito do meu vizinho do lado,
seja ela negro ou branco.
Muito obrigado!
Bibliografia
COUTINHO & PAULIN & MEDEIROS, Leonardo
Coutinho & Igor Paulin & Júlia de Medeiros. A Farra da Antropologia Oportunista ‒ Brasil ‒ São Paulo, SP ‒
Revista Veja ‒ Edição 2.163, 05.05.2010.
(*) Hiram
Reis e Silva é Canoeiro, Coronel de Engenharia, Analista de Sistemas,
Professor, Palestrante, Historiador, Escritor e Colunista;
Campeão do II Circuito de Canoagem do Mato Grosso do
Sul (1989)
Ex-Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA);
Ex-Pesquisador do Departamento de Educação e Cultura
do Exército (DECEx);
Ex-Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério
Militar – RS (IDMM – RS);
Ex-Membro do 4° Grupamento de Engenharia do Comando
Militar do Sul (CMS)
Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia
Brasileira (SAMBRAS);
Membro da Academia de História Militar Terrestre do
Brasil – RS (AHIMTB – RS);
Membro do Instituto de História e Tradições do Rio
Grande do Sul (IHTRGS – RS);
Membro da Academia de Letras do Estado de Rondônia
(ACLER – RO)
Membro da Academia Vilhenense de Letras (AVL – RO);
Comendador da Academia Maçônica de Letras do Rio
Grande do Sul (AMLERS)
Colaborador Emérito da Associação dos Diplomados da
Escola Superior de Guerra (ADESG).
Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN).
E-mail: hiramrsilva@gmail.com.
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – X
Bagé, 20.12.2024 Continuando engarupado na memória: Tribuna da Imprensa n° 3.184, Rio, RJSexta-feira, 25.10.1963 Sindicâncias do Sequestro dão e
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – VI
Silva, Bagé, 11.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 224, Rio de Janeiro, RJ Quarta-feira, 25.09.1963 Lei das Selvas T
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – IV
Bagé, 06.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 186, Rio de Janeiro, RJSábado, 10.08.1963 Lacerda diz na CPI que Pressõessã
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – III
Bagé, 02.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 177, Rio de Janeiro, RJQuarta-feira, 31.07.1963 JB na Mira O jornalista H