Segunda-feira, 31 de outubro de 2022 - 07h00
Bagé, 31.10.2022
Em dezembro de 2007, eu já havia
escrito diversos artigos para diversos jornais brasileiros a respeito da TIRSS,
desde 2000, comparando-a com a “Questão
do Pirara”, mostrando a incompetência do Executivo e do STF, apresentando a
posição irretocável de Rui Barbosa que considerava que decisões que afetassem
nossa soberania devessem passar pelo Legislativo...
Foi então que um envelope pardo foi
deixado à porta de minha casa, cujo teor replico a seguir:
9ª Viagem de Estudos – Amazônia
Oriental – Grupo de Trabalho da Amazônia – Viagem do GTAM – 15 a 21.05.2005
[...] B. O GTAM
O GTAM é constituído por
representantes de órgãos que compõem o Sistema Brasileiro de Inteligência
[SISBIN], sendo que, eventualmente, se convida pessoas com conhecimentos
específicos para participar de suas atividades.
Vem atuando desde 1996 e tendo como
objetivo a manutenção e o reforço dos vínculos de trabalho entre os órgãos de
Inteligência além de ampliar, atualizar e nivelar os conhecimentos sobre a
Amazônia, mediante contato direto com outros órgãos governamentais, com as
sociedades locais e com especialistas nos diversos campos do poder,
principalmente com os responsáveis pela Segurança e Defesa do Estado e da
Nação.
O GTAM se compõe de representantes dos
seguintes órgãos:
² ABIN, que os
coordena;
² Ministério da
Defesa;
² Estado Maior
da Armada;
² CIM/Comando
da Marinha;
² CIE/Comando
do Exército;
² CIAer/Comando
da Aeronáutica;
² DIP/Departamento
de Policia Federal; e
² Programa
Calha Norte/MD. [...]
2 - Principais Dados Obtidos [...]
B. A Problemática das Minorias Étnicas
A questão indígena na
Amazônia é muito complexa e engloba os seguintes problemas:
² Integração ou
segregação do índio;
² Grande
extensão das Terras Indígenas [TI]; e
² Exploração
das riquezas vegetais e minerais dessas TI.
Preocupam os interesses
estrangeiros sob essas questões e a atuação de órgãos governamentais que, aparentemente,
não levam em consideração os interesses nacionais.
Nos contatos realizados
não se pode constatar que a questão indígena seja um problema de dimensões
similares às da Amazônia Ocidental. Entretanto, ficou evidente a impressão
geral de que funcionários da FUNAI possam ter influência nos ilícitos, intermediando
a “corrupção” dos indígenas com
madeireiros e garimpeiros. Outros aspectos observado foram a política de
segregação do índio, sob orientação de servidores da FUNAI, e a livre atuação
de ONGs em TI, podendo propiciar a criação de nações indígenas soberanas,
quando localizadas nas proximidades de fronteiras.
Tais situações contam com
o apoio de organizações internacionais e nações desenvolvidas, interessadas na
obtenção das matérias primas das ricas reservas da região. As TI do Estado do
Pará são bem aquinhoadas em madeira nobre e ouro, e suas lideranças indígenas
ostentam grande riqueza. Essas lideranças dispõem de boas residências nas
cidades, aviões, veículos “off road”
de último tipo, quase sempre com motoristas “não índios”.
Trajam-se de
índios em festas, para fugir da justiça e efetuar reivindicações.
Em virtude de depoimentos
de políticos e militares da região, ficou constatada a ingerência de entidades
estrangeiras na política indigenista brasileira, como as efetuadas pelas ONG
WWF e “Amigos da Terra” que financiam
as atividades de outras ONG menores. [...]
H. Biodiesel – Fator Portador do Futuro
A ameaça de esgotamento
das jazidas de petróleo tem provocado a busca por alternativas viáveis e o
melhor sucedâneo, provavelmente, seja o combustível oriundo da biomassa, como
do álcool e o biodiesel. [...]
O cultivo do dendê, a planta que mais
produz óleo vegetal por área plantada, na Amazônia Oriental já ultrapassa os
50.000 ha, e está em expansão; uma refinaria de biodiesel já produz
combustível.
Os benefícios do cultivo do dendê na
Amazônia ultrapassam as vantagens econômicas por ser capaz de empregar tanta
mão de obra quanto houver disponível, possibilitando a realização do ideal do
pleno emprego, o sonho de todo governante. [...]
10ª Viagem de Estudos – Amazônia
Setentrional – Grupo de Trabalho da Amazônia – Viagem do GTAM – 11 a 18.09.2005
[...] 2 – Observações Localizadas
B – Roraima
[...] O principal problema no momento
se relaciona com a concretização das medidas previstas na portaria de
homologação da Terra Indígena Raposa-Serra do Sol.
Esta homologação tem
criado conflitos que estão longe da solução e não foi assimilada pela população
não índia nem pela maioria dos índios, que lá são bastante aculturados e
desejam usufruir das benesses da civilização, recusando-se a retornar ao estado
primitivo. Das cinco associações indígenas existentes só o Conselho Indígena de
Roraima [CIR] ([1])
defende a homologação da reserva em área contínua. As demais falam em resistir.
Os fazendeiros terão que abandonar as terras e a atividade agrária até abril de
2006; vários Alguns agricultores cogitam de emigrar, e dizem que lhes foram
oferecidas terras na Guiana e na Venezuela.
Esta última hipótese, se concretizada,
trará significativos prejuízos ao Brasil e desenvolvimento aos países
lindeiros, pois os agricultores são o único fator de progresso na região.
A população e a classe política do
Estado se mostram indignadas com a unilateralidade das representações federais
da FUNAI e do IBAMA, que não levam em conta nem os interesses deles nem o que
consideram interesse nacional, com pouca esperança e mesmo descrédito na lisura
das soluções jurídicas federais ([2])
o que aumenta as possibilidades de futuros conflitos armados. Na população
local foi evidenciado haver decisão de resistir.
Baseadas na convicção de que a
homologação contínua contraria o interesse nacional e na comprovação da
existência de ingerência estrangeira na questão indígena, as forças reativas
contam com a simpatia da maioria dos elementos das Forças Armadas e da
população de Roraima. Enquanto este relatório estava sendo elaborado chegaram
notícias de início de conflitos. Na reserva Waimiri Atroari continua ocorrendo
o fechamento da BR-174 [Manaus-Boa Vista] com anuência do MPF. Esses índios se consideram independentes do restante do Brasil. Provavelmente
recebem orientação e apoio de diversas ONGs estrangeiras. [...]
GTAM – 2006 [...]
C. Caracterização da Área em Estudo [...]
No imaginário nacional a Amazônia é um
local de águas plácidas que refletem a orla de uma floresta impenetrável. Além
dessa imagem quase paradisíaca se estende um inferno verde, infestado de
insetos e répteis peçonhentos, onde o incauto viajante, sem o auxílio de um
nativo, certamente se confundiria e terminaria perdido para ser devorado pelas
feras. Nos grandes rios existe uma “civilização
potâmica”. Os rios têm mão e contramão; têm bares, armazéns, postos de
combustíveis, casas flutuantes, ribeirinhos e os mascates chamados “regatões” levando o comércio, além de
intensa navegação.
Esta imagem é parcialmente
verdadeira, mas não é a única existente Além dos rios existem as terras não
inundáveis, na maior parte cobertas pela floresta densa e quase intocada;
existem campos extensos quer em Roraima como no Amazonas e no Pará; existem
serras altas e escarpadas na fronteira norte, com as maiores elevações do País
e uma larga faixa de transição entre a floresta e o cerrado ao sul, onde se
concentra a atividade humana fora das grandes cidades [...].
Embora a partir da
fundação de Brasília e nas últimas décadas, o Brasil esteja avançando na
ocupação da Amazônia Meridional, a parte Setentrional permanece como um
território virtual para o Brasil do futuro. Na quase desabitada Fronteira
Oeste, a conturbada situação dos países lindeiros e o narcotráfico causam a
maior preocupação, mas a verdadeira ameaça reside nas extensas terras indígenas
[TI] nas fronteiras. Da pressão internacional sobre a região, basta lembrar que
em 1989 o presidente Mitterrand afirmou que o Brasil precisaria aceitar uma
soberania relativa sobre a Amazônia.
Isto nos remete a questão
dos povos indígenas, que pode trazer preocupações para a integridade nacional,
não consideradas até agora, exatamente no Setentrião da Amazônia. Algumas das
TI tendem a se transformar em “bantustans”
([3]).
Outras em “curdistões” ([4])
quando contíguas à áreas com a mesma etnia no outro lado da fronteira. Se não
conseguirmos integrar as populações aborígines, estaremos ameaçados de
desmembramento do território nacional. Nossas credenciais sobre a posse são
antigas e incontestáveis, mas não nos fornecem garantias perpétuas no caminho
que estamos seguindo. A contestação ao domínio brasileiro já começou, e não é desprezível.
D. Principais Observações
D.1- A Questão Indígena, Particularmente a Situação da TI
Raposa-Serra do Sol.
A questão indígena na
Amazônia é muito complexa e engloba os seguintes problemas:
² Integração ou segregação do
índio;
² Grande extensão das Terras
Indígenas [TI]);
² Exploração das riquezas
vegetais e minerais dessas TIs; e
² Conflitos em função da
homologação contínua da TI Raposa-Serra do Sol.
Foi confirmado o
conhecimento de que a questão indígena atinge uma gravidade capaz de pôr em
risco a segurança nacional. Considerando a atual reivindicação de autonomia e a
possibilidade de futura reivindicação de independência de nações indígenas, o
quadro geral está cada vez mais preocupante especialmente na fronteira norte.
As organizações não
governamentais [ONGs], algumas controladas por governos estrangeiros,
adquiriram enorme influência, na maioria das vezes usadas em benefício da
política de suas nações de origem, em detrimento do Estado Brasileiro.
Na prática, substituem, nas
áreas indígenas, o governo nacional. São evidentes os interesses estrangeiros
sobre essas questões e a atuação de órgãos governamentais, aparentemente, não
levam em consideração os interesses nacionais. A maioria das TI, como a
ianomâmi, são bem aquinhoadas em jazidas minerais, o que atrai garimpeiros,
geralmente bem aceitos pelos índios. A FUNAI procura retirá-los, e tem
solicitando o auxílio da Polícia Federal e do Exército.
Ficou evidenciada, a repulsa que os militares têm para
com essas tarefas, as quais, segundo eles, contrariam o interesse nacional de
firmar a presença brasileira na fronteira.
O principal problema no
momento se relaciona com a concretização das medidas previstas na portaria de
homologação da TI Raposa-Serra do Sol. Continuou evidente de que funcionários
da FUNAI agiram com má fé ao insistir na homologação contínua, contra o desejo
dos próprios índios, subordinando-se às teses das ONGs nacionais e
estrangeiras. Foi constatada na área a existência de diversas pequenas malocas,
compostas por três casinhas ou um pouco mais, na maioria aparentemente
despovoadas, de recente construção. Isto
confirmou o conhecimento anterior de que as
malocas antes existentes se subdividiram em mais de uma centena para simular que
toda a área estaria ocupada.
Foram deslocados índios das fronteiras
com a Guiana para essas áreas, com a oferta de receberem cabeças de gado para
que ficassem naquelas regiões durante o período de “homologação”. Por exemplo, entre essas malocas recentemente
construídas na margem da rodovia e despovoadas [tidas por índios que não estão
ligados ao CIR como “invasões”], uma
é chamada de “maloca da homologação”.
As demarcações foram feitas em bases falsas e desprezando antigos e registrados
títulos de propriedade que remontam a 1937, ou antes.
Assinaturas do laudo antropológico no
qual se baseou a demarcação contínua foram comprovadamente falsificadas, fatos
estes constantes de processo judicial federal ([5]),
que, por encaminhamentos, processos e decisões não tradicionais, foram
desprezados. As ações populares relativas a este assunto têm sido anuladas. Esta
homologação não foi assimilada pela maioria dos índios da região, bastante
aculturados e que desejam continuar produzindo e estar inseridos no estado
brasileiro; que se recusam a retornar ao estado primitivo e de miséria que
anteveem para o futuro, caso seja mantida essa demarcação. Os conflitos
certamente serão inevitáveis. É evidente a ingerência de entidades na política
indigenista brasileira ([6])
que muitas vezes financiam as atividades de outras menores.
É de convicção geral que essas
organizações têm recebido muitos recursos do exterior e do próprio Governo
Nacional ([7])
e que os têm usado sempre contra o desenvolvimento geral, do Estado e da
sociedade. As antigas propostas de demarcação da TI Raposa-Serra do Sol
contemplavam áreas bem menores que as atuais.
O constante aumento da área a ser
demarcada e a homologação da TI Raposa-Serra do Sol gerou conflitos que estão
longe de uma solução.
Somado a outros impedimentos impostos
por órgãos federais no que tange à utilização racional de terras para a
produção agrícola, estes problemas estão levando o Estado de Roraima a uma
falência econômica, mesmo estando entre as regiões mais mineralizadas do
Planeta e possuindo naturais recursos para ser um celeiro do norte do País.
Na população de Roraima ficou
evidenciado haver pouca esperança em soluções jurídicas e a firme decisão de
resistir a esse “status”. Baseadas na
convicção de que a homologação contínua contraria o interesse nacional, as
forças reativas contam com a simpatia das Forças Armadas e da população de
Roraima. As últimas notícias dão conta do início de conflitos na região. A
demarcação contínua das reservas indígenas Raposa-Serra do Sol, São Marcos e
Ianomâmi, praticamente isola o extremo norte do País do restante do Brasil,
exceto, até o momento, por um pequeno corredor. Somando-se a essa região a área
chamada de “cabeça do cachorro”
tem-se um território com quatro fronteiras – Guiana, Venezuela, Colômbia e
Brasil – e com uma das maiores riquezas minerais e biológicas do mundo, mas com
acesso praticamente impedido aos brasileiros.
Ambas as TI têm extensões
no outro lado da fronteira – embriões de novas nações formadas à custa de
territórios nossos e dos vizinhos, e representam uma vulnerabilidade que, pelo
rumo que os acontecimentos estão tomando, pode ocasionar o desmembramento do
território nacional. Na reserva Waimiri Atroari continua ocorrendo o fechamento
da BR-174 [Manaus-Boa Vista] com anuência do MPF. Esses índios se consideram
independentes do restante do Brasil. Provavelmente recebem orientação e apoio
de diversas ONGs estrangeiras. [...]
D.3 - A Presença e Atuação de Estrangeiros.
Evidencia-se a presença
norte-americana em todos os países que cercam a Amazônia brasileira. A
deficiência no controle de entrada de estrangeiros estaria contribuindo para o
ingresso sistemático de estrangeiros, particularmente por intermédio das ONGs
que financiam projetos de pesquisas em diversas áreas científicas.
Nota-se um crescente aumento da
presença de norte-americanos, europeus e sul-americanos, muitos desses
trabalhando para ONGs. Estima-se que mais de uma centena de ONGs atuem na
Amazônia nas áreas indígena e ambiental. Os holandeses predominam nos hotéis de
selva, aparentemente como empresários de turismo; na área médica, predominam os
peruanos, como médicos contratados nos municípios; e, através da ONG Médicos
Sem Fronteiras, se assinalam muitos estadunidenses, holandeses e italianos.
Embora seja difícil fazer
uma separação nítida, foram ouvidas opiniões abalizadas de que as ONGs de
origem britânica e norte-americana tendem a procurar criar condições de futura
independência das “nações” indígenas,
enquanto outras ONGs, inclusive apoiadas pela Alemanha e as de orientação religiosa
tendem a procurar uma autonomia diferenciada, no estilo da região de “Chiapas”, do sul do México.
Em ambos os aspectos se
pode vislumbrar riscos para a unidade nacional e para a paz social. Muitas ONGs
estão sendo, de fato, as responsáveis pelas áreas protegidas no Brasil. Há uma
perigosa dependência do Ministério do Meio-ambiente à organizações
internacionais sabidamente conhecidas pela independência de sua atuação em
território nacional, bem como pela ideologia que professam radicalmente contra
o desenvolvimento do País, contra a presença de nacionais e contra a atuação
governamental nessas áreas.
As maiores ONG nacionais
agindo na Amazônia são compostas por membros e associados com ligação ou
comprometimento com organizações e até governos estrangeiros. Muitas dessas ONG
nacionais, como também muitos brasileiros que nelas trabalham têm dependência
financeira de organizações estrangeiras. É em Roraima onde o problema se
afigura mais grave, em função da extensão das Terras Indígenas.
[...] A FUNAI é responsável
pelo controle dos indígenas e pela emissão de registros de nascimento na área
indígena, mas, mesmo que quisesse fazer o controle, não teria condições com os
meios de que dispõe. Membros de organizações europeias visitam frequentemente
as TI, sem que haja qualquer impedimento ou controle pelos órgãos oficiais;
quem dá os esclarecimentos, quando exigido, são as organizações que estão, de
fato, coordenando a área e utilizando agentes da FUNAI como prepostos.
A presidência da FUNAI
solicitou ao G8, [...], ajuda financeira emergencial para os índios. Com essas
atitudes, torna-se difícil exigir que os estrangeiros parem de interferir em
assuntos internos nacionais. Há crença generalizada de interferência
estrangeira praticada pelas ONGs, principalmente na região sul do Estado do
Pará. A atuação de Dorothy Stang foi um indício da existência dessas
influências. As motivações das interferências seriam:
² As rivalidades comerciais no
mercado da soja;
² A concorrência pela
comercialização de madeira;
² A possível queda do preço do
ouro no mercado internacional, em função do aumento de oferta pelo Brasil;
² Disputas pela propriedade das
jazidas minerais e
² As implicações de uma futura
produção de biocombustíveis. [...]
As diversas declarações de chefes de
governo estrangeiros e de outras autoridades sobre “soberania compartilhada” e “responsabilidade
internacional” sobre a Amazônia, indicam a necessidade de um estudo mais
profundo sobre este assunto. [...]
Conclusões
‒ Quanto a
Questão Indígena, Particularmente a Situação da TI Raposa-Serra do Sol:
O principal problema no
momento se relaciona com a concretização das medidas previstas na portaria de
homologação da TIRSS. Esta homologação tem criado conflitos que estão longe da
solução e não foi assimilada pela população não índia nem pela maioria dos
índios, que lá são bastante aculturados e desejam as benesses da civilização,
recusando-se a retornar ao estado primitivo.
A população e a classe
política do Estado se mostram indignadas com a unilateralidade das
representações federais da FUNAI e do IBAMA, que não levam em conta nem os
interesses deles nem o que consideram interesse nacional, com pouca esperança e
mesmo descrédito na lisura das soluções jurídicas
federais ([8]),
o que aumenta as possibilidades de futuros conflitos armados. [...]
‒ Quanto a
Atuação de Estrangeiros:
Embora seja difícil fazer
uma separação nítida, foram ouvidas opiniões abalizadas de que as ONGs de
origem britânica e norte-americana tendem a procurar criar condições de futura
independência das “nações” indígenas,
enquanto outras ONGs, inclusive apoiadas pela Alemanha e as de orientação
religiosa tendem a procurar uma autonomia diferenciada, no estilo da região de
“Chiapas”, do sul do México. [...]
(*) Hiram Reis e Silva é Canoeiro, Coronel de
Engenharia, Analista de Sistemas, Professor, Palestrante, Historiador, Escritor
e Colunista;
Campeão do II
Circuito de Canoagem do Mato Grosso do Sul (1989)
Ex-Professor do
Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA);
Ex-Pesquisador do
Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx);
Ex-Presidente do
Instituto dos Docentes do Magistério Militar – RS (IDMM – RS);
Ex-Membro do 4°
Grupamento de Engenharia do Comando Militar do Sul (CMS)
Presidente da
Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS);
Membro da Academia de
História Militar Terrestre do Brasil – RS (AHIMTB – RS);
Membro do Instituto
de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS – RS);
Membro da Academia de
Letras do Estado de Rondônia (ACLER – RO)
Membro da Academia
Vilhenense de Letras (AVL – RO);
Comendador da
Academia Maçônica de Letras do Rio Grande do Sul (AMLERS)
Colaborador Emérito
da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG).
Colaborador Emérito
da Liga de Defesa Nacional (LDN).
E-mail: hiramrsilva@gmail.com.
[1] O CIR tem o apoio do Conselho Indigenista
Missionário (CIMI), que é ligado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB), da Pastoral da Terra, da Diocese de Boa Vista e de personalidades
atuantes na estrutura governamental. Recentemente, foi organizada uma festa na
área da TIRSS quando, apesar da restrição, estrangeiros hospedaram-se em
malocas da reserva sem aguardar a devida autorização, tanto da FUNAI quanto do
DPF. Entre os estrangeiros, provenientes de Roma/ Itália, foram convidados a
Senadora Italiana Emanuella Grossi, Silvano Sabatine, da “Pró-índio de Roraima”, Marcelo Pêra, também do Senado da Itália,
Bispo D. Aldo Mongiano, missionário da Consolata, e, provenientes de Portugal,
o jornalista Joaquim Jorge Pimpão Franco, do canal de TV/SIC, e o padre Elísio
Ferreira Assunção. Constavam da lista de convidados representantes das
entidades Greenpeace, The Nature Conservation, OPAN, Rainforest, Instituto
Missões Consolata, CIMI, Pastoral Indigenista, Caritas, Embaixada da Noruega,
Centro Holandês de Povos Indígenas, Fundação Ford, Studienforderung Campo Limpo
(Alemanha) e outros. (ABIN)
[2] Durante o processo de demarcação foram
cometidas irregularidades, falsificação de assinaturas e falsidade ideológica,
parcialidade (todos os dez índios do grupo de trabalho interinstitucional foram
indicados pelo CIR) acatadas pela FUNAI e ratificadas pela 6ª Câmara do
Ministério Público Federal e Ministério da Justiça, tendo provavelmente
induzido o Governo Federal a erro. Vide anexo “Pontos Levantados Pela Comissão de Peritos da Justiça Federal” e
Processo n° 1999.42.00.00001-7, distribuído à 1ª Vara Federal da Seção
Judiciária de Roraima, em 18.01.1999. (ABIN)
[3] Os bantustões foram territórios reservados à
população bosquímanos na África do Sul e na Namíbia. (Hiram Reis)
[4] Curdistão: região do Médio Oriente
majoritariamente habitada pelos curdos e que compreende territórios da Turquia,
Irã, Síria e Iraque. (Hiram Reis)
[5] Processo n° 1999.42.00.00001-.7, distribuído
à 1ª Vara Federal da Seção Judiciária de Roraima, em 18/01/1999. (ABIN)
[6] Há um trabalho de endoutrinamento de índios
da região, bem como de além fronteiras, que prega “uma nação indígena livre e soberana” para as áreas de reserva
contíguas a similares na Venezuela e na Guiana. Isto é um trabalho iniciado há
mais de 10 anos, com, inclusive, o estímulo a ações de sabotagem. (ABIN)
[7] Conforme a Folha de Boa Vista de 15.09.05, a
FUNASA destinou para Roraima R$185.163,13 para os municípios de Iracema e de
Boa Vista, e R$1.887.010,26 para 3 ONG’s que prestam atendimento à saúde indígena
e que utilizarão o recurso, inclusive, em pagamento de deslocamentos para
consultas médicas e alimentação enquanto estiverem fora da aldeia; entretanto,
municípios como Pacaraima [que tem sido pressionado e impedido de expandir sua
sede e cuja população reage à demarcação contínua] que provê às suas custas o
apoio médico à população e atende os índios da TIRRS, não têm recebido apoio da
FUNASA. As ONGs usam os índios para pressionar a Funasa a repassar verbas e as
usam “politicamente” sem controle,
com indícios de corrupção e quase sempre segundo interesses estrangeiros.
(ABIN)
[8] Durante o processo de demarcação foram
cometidas irregularidades, falsificação de assinaturas e falsidade ideológica, parcialidade
[todos os dez índios do grupo de trabalho interinstitucional foram indicados
pelo CIR] acatadas pela FUNAI e ratificadas pela 6ª Câmara do Ministério
Público Federal e Ministério da Justiça, tendo provavelmente induzido o Governo
Federal a erro. (ABIN)
Galeria de Imagens
* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – X
Bagé, 20.12.2024 Continuando engarupado na memória: Tribuna da Imprensa n° 3.184, Rio, RJSexta-feira, 25.10.1963 Sindicâncias do Sequestro dão e
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – VI
Silva, Bagé, 11.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 224, Rio de Janeiro, RJ Quarta-feira, 25.09.1963 Lei das Selvas T
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – IV
Bagé, 06.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 186, Rio de Janeiro, RJSábado, 10.08.1963 Lacerda diz na CPI que Pressõessã
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – III
Bagé, 02.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 177, Rio de Janeiro, RJQuarta-feira, 31.07.1963 JB na Mira O jornalista H