Segunda-feira, 14 de novembro de 2022 - 10h21
Bagé, 14.11.2022
Correio
Braziliense - n° 16.433
Brasília, DF – Quinta-feira, 15.05.2008
Congressistas
Negociam Proposta
[Leonel Rocha – da Equipe do Correio]
Parlamentares
e Assessores do Governo Buscam Alternativa para Raposa Serra do Sol. Em Sessão
na Câmara, Tarso Chamou Atitude de Fazendeiros de “Terrorista” e Recebeu Xingamentos de Bolsonaro
Congressistas e assessores do
governo já começaram a negociar unta proposta alternativa para a demarcação de
uma área definitiva da reserva indígena Raposa Serra do Sol, localizada no
Nordeste de Roraima. Em sessão tumultuada ontem na comissão de Relações
Exteriores e Defesa Nacional da Câmara, o ministro da Justiça, Tarso Genro,
admitiu que governo e Congresso serão obrigados a negociar como aplicar a
decisão a ser tomada pelo Supremo Tribunal Federal até junho, seja ela qual for
se em terras contínuas como está hoje ou em blocos de grandes áreas. Deputados
federais do estado também admitem manter as grandes áreas indígenas, desde que
o Governo Federal aceite excluir quatro vilas do perímetro da reserva, reveja o
valor das indenizações oferecidas aos fazendeiros e desloque as fazendas para
outras regiões do estado.
Além de deputados federais e estaduais de
Roraima, o governador do estado, José Anchieta Jr. também admite a manutenção
da reserva nas atuais dimensões, desde que os produtores rurais, entre eles
seis grandes rizicultores que possuem fazendas dentro da reserva Raposa Serra
do Sol sejam realocados e melhor indenizados pelas benfeitorias que fizeram nas
propriedades. Segundo o deputado Márcio Junqueira [PSDB-RR], uma das propostas
de acordo para o impasse é a retirada do perímetro da reserva as vilas Socó,
Mutum, Água Fria e Surumu, localizadas nos municípios de Uiramutã e Pacaraima,
além do reassentamento dos fazendeiros em outra região. Uma das opções para
reassentar os fazendeiros é a zona que fica às margens dos rios Tacutu e Urariquera,
região a 50 km da capital Boa Vista.
Além de deslocar fazendeiros, a proposta que
está sendo negociada prevê a ampliação do valor proposto pelo governo para as
indenizações. Somente para o fazendeiro Paulo Cézar Quartiero, prefeito de
Pacaraima e líder dos arrozeiros, a indenização pedida é de R$ 53 milhões, o
que significaria o total investido no empreendimento até agora e sua
atualização monetária. Quartiero chegou a ser preso acusado de desordem pública
e formação de quadrilha. Mas foi solto ontem, após passar mais de uma semana na
carceragem da Polícia Federal em Brasília.
Sessão
O ministro da Justiça, Tarso
Genro, disse ontem durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores
e Defesa Nacional da Câmara, que alguns produtores de arroz instalados na área
da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, tiveram atitudes “terroristas” ao tentar expulsar os
índios das fazendas. Reclamou Tarso Genro:
Uma coisa é reclamar, resistir e até
xingar o governo. Outra coisa é jogar bombas na Polícia Federal e atacar os
indígenas.
Durante
toda a sessão o deputado Jair
Bolsonaro [PP-RJ] provocou o ministro
dizendo que ele é que é terrorista, além de mentiroso.
No final, o índio Jecinaldo Sateré Mané,
dirigente da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira
[COIAB], em protesto, tentou jogar um copo de água no congressista que estava
sentado à sua frente. (CBRAZ, N° 16.433)
Correio
Braziliense - n° 16.436
Brasília, DF – Domingo, 18.05.2008
Sucessão
de Erros
[Antônio Machado]
Na polêmica sobre a homologação
da Reserva Indígena Raposa Serra do Sol, no extremo norte de Roraima, o governo
Lula, que acirrou o conflito ao desqualificar o argumento dos opositores da
decisão e a recomendação da Comissão Externa criada pela Câmara, em 2004, para analisar o contencioso, refugiou-se atrás da Polícia Federal.
De
algum modo caiu em contradição ao
criminalizar o que também é um movimento
social, só que de sinal contrário ao de grupos de Sem-Terra,
tipo MST,
que invade fazendas, bloqueia a ferrovia da Vale em Carajás, no Pará, e
só sai se o alvo do esbulho for à Justiça requerer mandato
de reintegração de posse nem sempre cumprido pela Polícia Militar dos
estados.
Em Roraima, ainda não tombou
ninguém, mas a seriedade da questão indígena já há muito está tombada. O
governo abraçou a tese da Fundação Nacional do índio, FUNAI, a responsável pelo
laudo antropológico em que se apoia a demarcação, e justifica o conflito com a
versão simplista de confronto entre interesses de fazendeiros invasores e
grupos indígenas. Não o é. O outro lado, em que se perfilam as Forças Armadas,
temerosas da autonomia dos territórios indígenas e, no caso, colado à Guiana e
ao lado da Venezuela, acusa a ação de entidades estrangeiras, as tais ONGs, e a Igreja Católica
de tramar contra a soberania. É de fato suspeito que para cerca de 17 mil
índios, um chute, pois ao governo nunca ocorreu recensear essa população, a
FUNAI tenha proposto lá em 1992, no governo FHC, a demarcação de 1,7 milhão de
hectares, área equivalente à soma de Portugal com a Bélgica. A aceitação do
laudo que substancia tal decisão, que vem da era FHC e se consuma no governo
Lula, nunca foi pacífica.
Uma comissão de 4 peritos
acionada pela Justiça Federal de Boa Vista fez picadinho desse laudo num longo
e exaustivo parecer. Assina o laudo a antropóloga da FUNAI Maria Guiomar de
Melo, que, em março de 2004, depôs na Comissão Especial da Câmara que tratou do
assunto. Falou muito e convenceu pouco.
Reconheceu falhas no laudo, mas as atribuiu
a dificuldades de logística e a mudanças frequentes
das regras de desapropriação de terras indígenas. Se fosse
feito com os recursos atuais, de 2004, sugeriu, poderia o documento ser mais
bem fundamentado.
Vícios e Omissões de Laudo da FUNAI Explicam
e Acirram Conflitos na Raposa Serra do Sol
A
esta altura parece que Lula
se tornou refém de interesses de ativistas indígenas, ainda que nem os fazendeiros peçam o fim da reserva, apenas
manter as suas fazendas, que ficam no extremo sul da área, sem intrusão das
terras indígenas. O governo de Roraima, por sua vez, quer manter os municípios
na reserva. São habitados também por índios, que defendem a demarcação por
ilhas, excluindo poucas áreas urbanas, para que mantenham o estilo de vida a que
se adaptaram ao longo de décadas. Ou desde início do século passado, conforme
estudos ignorados pelo laudo da antropóloga da FUNAI. É esse documento que merece ir a julgamento, como o submeteu a Câmara e o reprovou. [...]
Câmara deu a Solução
É
falso que os arrozeiros dentro da área demarcada se resumam a seis, como acusou o ministro da Justiça, Tarso Genro,
e que não
tenham títulos. Algumas propriedades foram reconhecidas pelo
INCRA antes da peça da antropóloga Maria Guiomar.
Uma, ao
menos, data de 1932. Ela diz que
isso não invalida a desapropriação. Está certa.
Mas
contesta o que seu laudo omite: que na área já havia presença
centenária de não índios. Ou, ao contrário, que
houvesse índios. A área em litígio, além disso, é nada: equivale a 7% da
reserva como afirma o relator da Comissão Externa, deputado Lindberg, do PT,
hoje prefeito de Nova Iguaçu. Ele defendia manter essa área.
Laudo Define Decisão
O laudo da confusão, na verdade,
é pleno de vícios. Não resulta de um grupo de 27
técnicos, pois dois pelo menos negam
que tenham feito parte. Só Maria Guiomar o assina. A peça tem cinco partes e só uma é de sua autoria. A parte jurídica é de um advogado do CIR, Conselho Indígena de Roraima, não da FUNAI.
Os erros de português ofendem uma
peça que sustenta decisão presidencial. O caso está no Supremo Tribunal
Federal. A leitura do laudo sugere a sentença. “O documento, no lugar de ser um relatório do grupo técnico,
é uma coletânea de cinco peças completamente independentes
e sem conexão alguma entre si”,
lê-se no laudo pericial encomendado pelo juiz federal Helder Girão Barreto,
primeiro a estranhar o que fez a FUNAI:
Não se teve nem mesmo o cuidado de utilizar no documento uma mesma
fonte [letra] deixando claro que as partes eram oriundas de diferentes pessoas.
Os peritos também manifestaram
espanto com o “descaso com a falta de uma simples
revisão ortográfica”. Encontra-se
numa das partes do laudo da FUNAI o seguinte: “Os fazendeiros vieram de fora, trouxeram o gado que espantou a caça e
vive pastando no lavrado e na lavoura dos índios. E os garimpeiros poluiem
[sic] os rios, trouxeram a cahaça [sic] e postituíram [sic] as
índias”. E tem coisa pior. Quatro ministros da Justiça, 2 de FHC,
2 de Lula, avalizaram
essas, digamos, “distrações”. (CBRAZ, N°
16.436)
Jornal
do Brasil, n° 51
Rio de Janeiro, RJ – Quinta-feira, 20.05.2008
Unger
faz Discurso para a Oposição
Governador
e Líder dos Arrozeiros Aplaudem Ministro, que Amplia a Divisão Sobre o Tema
[Vasconcelos Quadros – Brasília]
O ministro de Assuntos Estratégicos, Roberto
Mangabeira Unger conseguiu agradar os principais adversários do governo ao
discursar, ontem, durante debate sobre a demarcação da Reserva Raposa Serra do
Sol, nas comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional e Amazônia, na
Câmara dos Deputados. O ministro criticou o “cruel paradoxo” da política indigenista – generosa na distribuição de terras, mas incapaz de permitir melhores condições de vida aos índios – disse que é
necessário criar um modelo que una preservação e desenvolvimento.
Afirmou que o governo está estudando a “penetração” das organizações
não-governamentais [ONGs] estrangeiras na região e defendeu a Amazônia como
nova fronteira para a reconstrução do país, apontando como protagonista do
processo uma nova classe média “mestiça e
morena” que surgiu nos últimos anos. “Discutir
a questão da terra não basta.
A
tarefa é descobrir o caminho, sair da retórica e dar conteúdo prático à
proteção do meio ambiente e ao desenvolvimento” – disse o ministro, reconhecendo que o
governo tem feito pouco nas duas áreas.
Caldeirão
de Insegurança
Mangabeira Unger afirmou que
Roraima e toda a região amazônica representam atualmente uma espécie de “caldeirão de
insegurança” em decorrência da confusão fundiária. Segundo ele, mais que
uma guerra entre índios e arrozeiros, a disputa pela Raposa Serra do Sol se
resume a um litígio no Supremo Tribunal Federal [STF] entre a União e o governo
de Roraima. “A determinação do presidente
Lula é aguardar e acatar a decisão do tribunal” – afirmou. O ministro disse
que é necessário reforçar a estrutura do estado na região e anunciou que
amanhã, durante encontro com os governadores amazônicos, em Belém, vai
apresentar os principais eixos do Plano Amazônia Sustentável [PAS].
Ele acha, no entanto, que as
propostas para a região passam por um estudo envolvendo a influência real das
ONGs estrangeiras na região – um dos principais ingredientes do conflito na
Raposa Serra do Sol – cuja presença foi facilitada pelo “relativo vazio” de estruturas econômicas e sociais na região, uma
política indigenista que supere “a
combinação paradoxal” representada por grandes extensões de terra e poucas condições
de desenvolvimento com preservação do meio ambiente. Segundo ele, a política
indigenista não preparou o índio para o trabalho, o que acabou facilitando a
incidência de problemas como alcoolismo, suicídios e depressão em algumas comunidades.
Mais Rigor
Em relação às ONGs, Mangabeira
Unger acha que é necessário avaliar primeiro o alcance da legislação atual e,
se isso não for possível, propor mudanças que tornem mais rigorosos os
controles. “Vamos superar [os desafios]
com consequências práticas e atitudes vigorosas” – disse o ministro. Para
ele, se há um assunto claro na consciência do governo, é a necessidade de
conciliar desenvolvimento e preservação do meio ambiente. Cabe ao Estado,
segundo o ministro, criar os instrumentos que permitam à nova classe média – “mestiça, morena,
que faz pequenos negócios,
estuda à noite e representa uma nova vanguarda formada por
batalhadores emergentes” –
progredir. (JB, N° 51)
Correio
Braziliense - n° 16.451
Brasília, DF – Segunda-feira, 02.06.2008
A
Questão Raposa Serra do Sol
[Mozarildo Cavalcanti – Senador
da República]
A demarcação contínua e excludente da reserva
indígena Raposa Serra do Sol em Roraima tem gerado grandes discussões em todos
os segmentos da sociedade. Além de se tratar de uma área com quase 2 milhões de
hectares, maior que o estado de Sergipe, onde vivem pouco mais de 10 mil índios
completamente integrados à sociedade, a questão na Raposa Serra do Sol é muito
mais complexa, pois está em uma área de fronteira com a Venezuela e com a
Guiana, países que têm conflito territorial justamente onde se localiza a
referida área indígena. Antes da homologação da demarcação da reserva indígena,
ocorrida em 2005, o Senado e a Câmara, por meio de Comissões Temporárias
Externas sobre Demarcação de Terras Indígenas, realizaram estudos, visitas “in loco” e audiências públicas em
Roraima e no Congresso Nacional, em face das enormes tensões sociais já
existentes em torno da à TIRRS.
Essas
comissões entregaram ao presidente
da República relatório com inúmeras
recomendações a respeito da área indígena, propondo demarcação capaz de
não gerar conflitos. Algumas das
recomendações com relação à reserva, que não foram levadas em conta pelo
presidente Lula quando as homologou, referiam-se à exclusão das estradas
estaduais e federais presentes na área: RR-171, RR-407, BR-319, BR-433, BR-401,
permitindo-se o livre trânsito nas referidas vias; exclusão da área da unidade
de conservação ambiental Parque Nacional Monte Roraima.
Também deveriam ficar de fora a
sede do município de Uiramutã e das vilas de Água Fria, Socó, Vila Pereira e
Mutum e respectivas zonas de expansão: a exclusão de áreas necessárias à
exploração econômica, as áreas tituladas pelo INCRA e aquelas referentes a
imóveis com propriedade ou posse anterior ao ano de 1934; além da exclusão da faixa
de 15 km ao longo da fronteira do Brasil com a Guiana e a Venezuela, e a
convocação do Conselho de Defesa Nacional para opinar sobre o efetivo uso das
áreas localizadas na faixa de fronteira [art. 20, §2°, da Constituição de
1988]. Ressalte-se que tais conclusões foram relatadas em ambas as casas
legislativas, de maneira insuspeita, por parlamentares do partido do
presidente, o que demonstra que a decisão do presidente da República nem mesmo
considerou a opinião da Câmara e do Senado.
É sabido que a demarcação da
Reserva Raposa Serra do Sol sempre foi nebulosa, razão pela qual se arrasta há
tantos anos. Nota-se claro descompasso entre a atuação das autoridades federais
e das autoridades estaduais e municipais, principalmente quanto às
possibilidades de desenvolvimento do estado. Há também disputas entre segmentos
religiosos, além das reivindicações dos produtores rurais e dos proprietários
com títulos oficiais emitidos há décadas. Some-se a isso o fato de que grande
parte da reserva constitui área de fronteira, ameaçando a soberania nacional.
A Justiça Federal de Roraima, por
meio de comissão de peritos, detectou inúmeras
fraudes no laudo antropológico que serviu de base para a homologação, que
vão desde motoristas assinando como técnicos agrícolas
até o aumento injustificado da área, unindo as
comunidades da Raposa [ao Sul] e da Serra do
Sol [ao Norte], que ficam a quase 200 km de
distância uma
da outra,
além de serem de etnias diferentes.
Além disso, o mesmo laudo foi
tomado como base para justificar tanto a demarcação contínua quanto a não
contínua, permitindo interpretações subjetivas.
Ademais, há diferentes
interpretações históricas quanto ao momento definido da chegada dos povos do
Caribe [Makuxi e outros] à região, que pode ter ocorrido após o início da
colonização do Alto Rio Branco.
Tais
interpretações vem sendo desprezadas pelos
sucessivos laudos antropológicos. Soma-se a isso o grave problema social gerado
pela forma excludente da demarcação, desterrando
mais de 400 famílias que vivem ali há
décadas, em sua grande maioria miscigenada. Há casos inclusive de famílias que foram divididas pelo apartheid social e étnico gerado pela
decisão do governo federal. [...]
A solução está em buscar uma proposta que
respeite a soberania nacional e o direito à autonomia de todas as tribos
indígenas da área Raposa Serra do Sol, garantindo as condições para o contato
fraterno entre os povos Ingarikó, Makuxi, Patamona, Taurepang e Wapixana e a
população não índia, mestiça ou cabocla e outros brasileiros. (CBRAZ, N°
16.451)
Jornal
do Brasil, n° 224
Rio de Janeiro, RJ – Terça-feira, 18.11.2008
Desfecho
para Terras da Raposa ‒
Relator Sugeriu que a Demarcação de Reserva Indígena Fosse Contínua
A polêmica questão da demarcação contínua ou
em “ilhas” da Reserva Indígena Raposa
Serra do Sol, de 1,7 milhão de hectares, em Roraima, deve ser decidida pelo
plenário do Supremo Tribunal Federal, na sessão do próximo dia 26.
O início do julgamento da ação-piloto contra
a portaria ministerial de 2005 que definiu os limites da imensa área indígena
de autoria dos senadores Augusto Botelho [PT] e Mozarildo Cavalcanti [PTB] –
começou no dia 27 de agosto, com um longo voto do ministro-relator, Ayres
Britto, favorável ao governo e aos índios. Mas
o Ministro Menezes Direito – o primeiro a
votar depois do relator, por ser o mais novo na Corte – pediu vista. Na ocasião, ao explicar por que
pedira vista, Menezes Direito ressaltou que o tema era “extremamente complexo”, e que gostaria de melhor refletir
sobre a questão, principalmente em face de “perspectivas
extremamente ricas” apresentadas no voto de Ayres Britto e nas
sustentações orais das partes em litígio. Os produtores de arroz de Roraima,
que dizem representar 6% da economia do Estado, teriam de abandonar suas
plantações, que ocupam as melhores áreas da reserva. O voto do relator foi no
sentido de que qualquer demarcação de reserva indígena deve ser sempre
contínua, já que somente tal “formato”
atende plenamente ao mandamento constitucional segundo o qual:
São reconhecidos aos índios sua
organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos sobre
as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las,
proteger e fazer respeitar todos os seus bens [Artigo 231]. (JDB, N° 224)
Bibliografia
CBRAZ, N° 16.433. Congressistas Negociam Proposta – Parlamentares
e Assessores do Governo Buscam Alternativa para Raposa Serra do Sol. Em Sessão
na Câmara, Tarso Chamou Atitude de Fazendeiros de “Terrorista” e Recebeu
Xingamentos de Bolsonaro – Brasil – Brasília, DF – Correio Braziliense, n°
16.433, 15.05.2008.
CBRAZ, N° 16.436. Sucessão de Erros – Brasil – Brasília,
DF – Correio Braziliense, n° 16.436, 18.05.2008.
CBRAZ, N° 16.451. A Questão Raposa Serra do Sol – Brasil
– Brasília, DF – Correio Braziliense, n° 16.451, 02.06.2008.
JDB, N° 51. Unger faz Discurso para a Oposição – Governador e Líder dos Arrozeiros
Aplaudem Ministro, que Amplia a Divisão Sobre o Tema – Brasil – Rio de
Janeiro, RJ – Jornal do Brasil, n° 51, 20.05.2008
JDB, N° 224. Desfecho para Terras
da Raposa ‒ Relator Sugeriu que a
Demarcação de Reserva Indígena Fosse Contínua – Brasil – Rio de Janeiro, RJ
– Jornal do Brasil, n° 224, 18.11.2008
(*)
Hiram Reis e Silva é Canoeiro, Coronel de Engenharia, Analista de Sistemas,
Professor, Palestrante, Historiador, Escritor e Colunista;
Campeão do II Circuito de Canoagem do Mato Grosso do
Sul (1989)
Ex-Professor do Colégio Militar de Porto Alegre
(CMPA);
Ex-Pesquisador do Departamento de Educação e Cultura
do Exército (DECEx);
Ex-Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério
Militar – RS (IDMM – RS);
Ex-Membro do 4° Grupamento de Engenharia do Comando
Militar do Sul (CMS)
Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira
(SAMBRAS);
Membro da Academia de História Militar Terrestre do
Brasil – RS (AHIMTB – RS);
Membro do Instituto de História e Tradições do Rio
Grande do Sul (IHTRGS – RS);
Membro da Academia de Letras do Estado de Rondônia
(ACLER – RO)
Membro da Academia Vilhenense de Letras (AVL – RO);
Comendador da Academia Maçônica de Letras do Rio
Grande do Sul (AMLERS)
Colaborador Emérito da Associação dos Diplomados da
Escola Superior de Guerra (ADESG).
Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN).
E-mail: hiramrsilva@gmail.com.
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – X
Bagé, 20.12.2024 Continuando engarupado na memória: Tribuna da Imprensa n° 3.184, Rio, RJSexta-feira, 25.10.1963 Sindicâncias do Sequestro dão e
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – VI
Silva, Bagé, 11.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 224, Rio de Janeiro, RJ Quarta-feira, 25.09.1963 Lei das Selvas T
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – IV
Bagé, 06.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 186, Rio de Janeiro, RJSábado, 10.08.1963 Lacerda diz na CPI que Pressõessã
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – III
Bagé, 02.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 177, Rio de Janeiro, RJQuarta-feira, 31.07.1963 JB na Mira O jornalista H