Domingo, 1 de junho de 2008 - 21h29
“Bem sabemos que nosso ilustre presidente não consegue falar direito a língua pátria e nenhuma outra, embora fale com loquacidade e eficiência à alma do povo idiotizado. Lula é o apedeuta por antonomásia. Aqui que mora o perigo: um cego guiando a multidão de cegos”. (José Nivaldo Cordeiro)
- A postura de um patriota
Em abril, o programa ‘Canal Livre’, da Rede Bandeirantes, entrevistou o General de Exército Augusto Heleno Ribeiro Pereira, Comandante Militar da Amazônia. Na memorável entrevista o General disse que: “A política indigenista está dissociada da história brasileira e tem de ser revista urgentemente. Não sou contra os órgãos do setor. Quero me associar para rever uma política que não deu certo; é só ir lá para ver que é lamentável, para não dizer caótica.”
Dias depois ao participar de seminário no Clube Militar, no Rio de Janeiro, o general afirmou: “Nós estamos cada vez mais aumentando a extensão das terras indígenas na faixa de fronteira e caminhando numa direção que me preocupa. Pode não ser uma ameaça iminente, mas ela merece ser discutida e aprofundada. Poderão representar um risco para a soberania nacional. Pela primeira vez estamos escutando coisas que nunca escutamos na história do Brasil. Negócio de índio e não-índio? No bairro da Liberdade, em São Paulo, vai ter japonês e não-japonês? Só entra quem é japonês? Como um brasileiro não pode entrar numa terra porque é uma terra indígena?”. Negou, na ocasião, que seja contrário à demarcação defendida pelo presidente Lula. “Em nenhum momento eu contrariei a decisão do presidente da República. Ela está tomada e será cumprida por quem de direito. Eu levantei o problema. E ele merece ser discutido e novamente está sendo estudado”.
O general Heleno, presidente, ao contrário de seus ‘companheiros’, assessores do planalto, conhece profundamente a questão e a região. Por ocasião da homologação da Reserva Ianomâmi, como membro da Casa Militar, foi contrário à demarcação da reserva na forma como vinha sendo proposta em oposição ao Ministro da Justiça, Jarbas Passarinho, que afirmou, irresponsavelmente, na oportunidade, que: “Acho que a demarcação não representa perigo para a soberania do País, mas, se eu estiver errado, o meu Exército me corrigirá”.
- Alienação Presidencial
Lula, o ‘democrata’, achando que sua ‘autoridade’ havia sido colocada em cheque, ordenou que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e o comandante do Exército, General Enzo Peri, convocassem o General Heleno para dar explicações sobre as críticas à política indígena do governo. Dando continuidade à retaliação determinou que seus sequazes elaborassem, na surdina, um plano para retirar o general Heleno de seu comando na Amazônia.
Recentemente, mostrando que as críticas do general Heleno continuam incomodando, Lula durante o lançamento do Plano Amazônia Sustentável, ressaltou a importância dos indígenas na defesa das fronteiras do País e disparou mais uma de suas frases lapidares: “Quem é que um dia ousou dizer que nossos índios faziam o país correr o risco de perder sua soberania porque estão em lugares muitos deles fronteiriços com o Brasil? É só ir a São Gabriel da Cachoeira (AM) que a gente vai perceber que grande parte dos militares são índios que estão vestindo a roupa verde e amarela das nossas Forças Armadas”.
A farda “verde e amarela”, presidente, deve ser de outras Forças Armadas que não as nossas.
- Todos concordam com o general, presidente !
Antropólogos:
“O Exército deve manter domínio sobre linhas de fronteira, pois os agentes externos estão cooptando os índios e a população ribeirinha para produzir riquezas. O que o general falou é verdade”, disse José Borges Gonçalves Filho, doutor em Antropologia.
Funcionários da FUNAI:
“A política indigenista brasileira não funciona na prática”, diz o ex-presidente da Funai Mércio Pereira Gomes.
Indígenas:
“A política do governo Lula para o setor indígena é vergonhosa e decepcionante”, afirmou Jecinaldo Cabral Saterê-Mawé, coordenador-geral da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia (COIAB).
Religiosos:
“Ele tem razão, a política indigenista tem que melhorar e muito. Não é só Roraima”, afirmou Dom Dimas Lara Barbosa, secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Políticos:
“A política indigenista do atual governo é caótica, incoerente e irresponsável. O general Heleno deu exemplo de civismo e patriotismo. Nós estamos com o mesmo objetivo. A soberania está ameaçada quando se tem centenas de ONGs estrangeiras que deixam as fronteiras vulneráveis”, disse o governador de Roraima, José de Anchieta Junior.
Jornalistas:
“O general Heleno tem razão quando diz que a política indigenista do Brasil é uma bagunça. Ela tem um defeito original: trata os índios como se todos estivessem no mesmo estágio; os que nem falam português e aqueles completamente integrados recebem o mesmo tratamento paternalista por parte da Funai, como se fossem incapazes, não soubessem o que fazem”, comentou a Jornalista Míriam Leitão.
- Compromisso de sangue - Soberania
O General, presidente, como todo militar, tem compromisso com a nação brasileira e com a pátria que juraram defender com o sacrifício da própria vida não com os governos que são transitórios. Os militares não usam a farda como uma veste, que se despe com facilidade e até com indiferença, mas uma outra pele, que adere à própria alma, irreversivelmente para sempre. O alerta que vem, desde há muito sendo feito por todos que conhecem a questão indígena, deveria ser considerado, por um governo ‘lúcido e capaz’, para se corrigir os rumos da política indigenista brasileira e não para se partir para uma caçada, sem trégua, aos seus críticos.
- Preocupação fundamentada
O General, presidente, não se preocupa com os nossos indígenas fardados que aprendem a servir à pátria e levam a noção de cidadania aos mais recônditos rincões, quando concluem o serviço militar voluntário e retornam ao convívio dos seus pares. A preocupação é com aqueles jagunços filiados, financiados e manipulados por organizações estrangeiras criminosas como o Conselho Indígena de Roraima (CIR) que utilizam artifícios vis para manipular laudos e garantir seu quinhão de terra cada vez maior. A preocupação, dos verdadeiros brasileiros, é estarmos demarcando terras não só para os nossos indígenas, mas também para aqueles que emigraram da Guiana e da Venezuela atendendo ao chamamento de interesses alienígenas.
“Também, não existe unanimidade das lideranças indígenas quanto à demarcação contínua ou em ilhas da região Raposa e Serra do Sol”.
(João Américo Peret - Indigenista)
O senhor sabia que a maioria dos indígenas da região faz parte do grupo favorável à demarcação em terras descontínuas ou em “ilhas” e que esses indígenas são hostilizados pelos membros do CIR incitados pelos missionários católicos? Sabia que os recursos recebidos pelo CIR, de 2,5 milhões de reais do PPTAL e 9 milhões do convênio CIR-Funasa por ano, não contemplam os indígenas representados pela Sociedade de Defesa dos Índios Unidos do Norte de Roraima (SODIURR), pela Aliança de Integração e Desenvolvimento das Comunidades Indígenas de Roraima (ALIDCIRR) e pela Associação Regional Indígena dos Rios Kinô, Cotingo e Monte Roraima (ARIKON), não filiados ao CIR, como se esses não necessitassem de assistência médica regular ?
O problema, ao contrário do que pensa seu desmiolado Ministro da Justiça, Tarso Genro, portanto, não é somente entre índios e não-índios, mas, também, entre índios que divergem entre si.
- Índio, Cidadão Brasileiro - ‘Nunca’
Em entrevista à rádio CBN, no dia 10 de maio do corrente, no programa ‘Fato em Foco’, debati a ‘A questão indígena no Brasil’ com a advogada Joênia Batista de Carvalho, da etnia Wapichana, assessora jurídica do Conselho Indígena de Roraima (CIR) e, na ocasião, afirmei que o indígena aculturado e perfeitamente integrado precisava ser de fato, reconhecido como cidadão brasileiro já que não é o berço que identifica o índio, mas o estado atual de seu desenvolvimento, em contato com o mundo civilizado. Joênia foi totalmente contrária à minha afirmativa, apelando para preservação da cultura e outros tantos chavões criados pelas ONGs indígenas, dando claras demonstrações que, do ‘Brasil’, o CIR só quer as terras e os direitos, mas nenhuma obrigação ou dever.
Fonte: Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva, professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA)
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