Terça-feira, 26 de julho de 2022 - 06h15
Bagé, 26.07.2022
BRASILANO
(Cel Eng
Higino Veiga Macedo)
Resolvi criar um novo nome aos nascidos no Brasil. Dia sete
de setembro de 2022, teremos dois séculos de independência. Pouco tempo. Saímos
de colônia onde já éramos uma nação forte, para um Estado forte. Antes, apenas
nação com 322 anos o que é, também, muito pouco tempo. Até hoje, mesmo
independente, 200 anos, não nos livramos do gentílico criado na colônia, pelo
colonizador. O gentílico “brasileiro”
e o nome “Brasil” têm algumas nuances
bem pejorativas ao longo dos tempos coloniais ou período do lusitanismo.
Parecem bobagens, mas são fatos nunca pensados. Pra começar,
o nome BRASILEIRO. O sufixo “EIRO” “denotando – o que produz e/ou
negocia, ou cuida” ([1]);
Não é a origem de alguém. Brasileiro seria o que “produz brasa”... “quem
negocia com brasa”... ou, “quem cuida
de brasa”. O nome Brasil também transita pelo francês, pelo italiano, e até
árabe.
Em dicionário a coisa é pródiga ([2]).
O nome brasileiro, na mesma fonte registrada, vê-se que o gentílico tem uma
fartura de formação, todas elas justificadas. São tratados como sinônimos: “brasil, brasilense, brasilíada, BRASILANO,
brasílico, brasiliense, brasílio, brasuca” ([3]).
Eu resolvi criar novo gentílico, por um simples motivo: aqui
no Brasil, como já registrei em outros textos, se forma uma nova raça, se é que
o gênero humano pode ser separado por raça (branca, negra, amarela, vermelha).
Aqui a Raça Brasilis. Crio o gentílico com fidelidade ao latim e mais coerente
com a própria língua portuguesa – BRASILANO.
Brasilano tem o elemento mórfico “BRASIL” + “ANO” formador
de adjetivo a partir do substantivo e formador de substantivo a partir de
adjetivo (morfemas populares [ão e ã], do latim vulgar [an e ana]”.
Poderia copiar dos italianos: BRASILANO – como eles sempre nomearam os aqui
nascidos. Coerente, por considerar o nascimento de uma nova raça, sigo no
intento de renomear os nascidos no Brasil de BRASILANO. Raça nova, gentílico
novo.
Sendo uma nação nova (nação no sentido estrito) há que
aumentar a miscigenação que é muito boa entre as três etnias básicas. Há sempre
os inconformados, os revoltados e radicais que reclama serem minorias. E
esperam que a tal maioria façam tudo por eles. A miscigenação só será completa
quando um “BRASILANO” olhar para o outro e não ver a cor da pele, o tipo de
pelos e a vontade de ser. Ninguém poderá ver o outro pela abreviatura – C O R, que significa:
– C: da cor da
pele;
– O: da origem
étnica; e
– R: da riqueza
já auferida.
Como já dito algumas vezes, o Brasil é uma nação nova. Ainda
há que amadurecer no seu tempo. Sem o amadurecimento forçado de guerras em seu
território, de revoluções iniquas intestinas e desastres econômicos quaisquer.
Seremos todos “BRASILANOS”,
ornados de verde amarelo, azul e branco.
Sic Cogito ([4])
(*) Hiram
Reis e Silva é Canoeiro, Coronel de Engenharia, Analista de Sistemas,
Professor, Palestrante, Historiador, Escritor e Colunista;
Campeão do II Circuito de Canoagem do Mato Grosso do
Sul (1989)
Ex-Professor do Colégio Militar de Porto Alegre
(CMPA);
Ex-Pesquisador do Departamento de Educação e Cultura
do Exército (DECEx);
Ex-Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério
Militar – RS (IDMM – RS);
Ex-Membro do 4° Grupamento de Engenharia do Comando
Militar do Sul (CMS)
Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia
Brasileira (SAMBRAS);
Membro da Academia de História Militar Terrestre do
Brasil – RS (AHIMTB – RS);
Membro do Instituto de História e Tradições do Rio
Grande do Sul (IHTRGS – RS);
Membro da Academia de Letras do Estado de Rondônia
(ACLER – RO)
Membro da Academia Vilhenense de Letras (AVL – RO);
Comendador da Academia Maçônica de Letras do Rio
Grande do Sul (AMLERS)
Colaborador Emérito da Associação dos Diplomados da
Escola Superior de Guerra (ADESG).
Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN).
E-mail: hiramrsilva@gmail.com.
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