Terça-feira, 17 de março de 2020 - 08h30
Bagé, RS, 16.03.2020
Dando
sequência à apresentação deste valoroso trabalho de demarcação de nossas
fronteiras vamos reportar o discurso do Engenheiro Virgílio Correia Filho,
representando o Conselho Nacional de Geografia na homenagem realizada no
Palácio Itamarati, em memória do Comandante Braz Dias de Aguiar:
Boletim Geográfico, N° 69
Rio de Janeiro, RJ ‒ Dezembro de 1948
Conselho Nacional De Geografia
Informações – Notícias
Bibliografia – Legislação
Brás Dias de Aguiar, Mestre de Demarcadores!
A “Casa de Rio Branco”,
impregnada de tradições atinentes à configuração jurídica do Território Nacional,
não poderia esquecer a contribuição incomparável que lhe prestou singular
individualidade, cuja memória se exalta nesta cerimônia, para a qual cooperam
associações culturais dedicadas ao estudo da História e Geografia do Brasil.
O Conselho Nacional de Geografia, que se acostumou a
proclamar os méritos do Comandante Braz Dias de Aguiar, não silenciaria em tal
emergência.
Pouco importa que a escolha não apontasse intérprete mais
autorizado para lhe evocar a preceito o perfil de “Mestre de Demarcadores”. Nem o desacerto da designação, por ventura
destoante da harmonia do conjunto, arrefecerá o calor da consagração, que ao
insigne sertanista devota a entidade coordenadora das atividades geográficas
praticadas no Território Nacional.
Nenhuma das suas glebas desperta, em verdade, maior ímpeto
patriótico do que a faixa que perlonga a linha limítrofe, onde termina a
jurisdição patrícia. Aí como que se intensifica o sentimento patriótico, diante
das soberanias vizinhas. E qualquer esforço aplicado em melhor conhecê-lo,
obtém a mais vibrante ressonância, especialmente quando adstrito a processos
aperfeiçoados, que possam proporcionar valiosas contribuições científicas.
Não maravilha que o perfil dos demarcadores alcance o
realce dos heróis, cujas lutas dispensam os sacrifícios humanos, salvo de suas
próprias pessoas.
A bravura então consiste em resistir aos elementos
aniquiladores, à sombra das florestas, ou nos ermos dos morros açoitados pela
ventania, ou nos Rios encachoeirados onde não faltam acidentes fatais. Herói,
sem dúvida, foi Cruls, astrônomo de renome universal, quando pé, solicitou que
o transportassem ao local onde faria as observações finais de interminável controvérsia.
E nesse lance exigiu do organismo esforço excessivo, que lhe encurtaria a
existência benemérita.
Heróis, os que sucumbiram no recesso dos sertões
despovoados, fossem obreiros anônimos, fossem pessoas de acentuada hierarquia
submetidas às mesmas injunções malignas.
A semelhante grupo excelso já pertencia o Comandante Braz
Dias de Aguiar, quando o Conselho Nacional de Geografia lhe solicitou aceitasse
a nomeação de consultor técnico da Secção XTX, referente a “Limites”. Era um meio de aproveitar-se
dos seus ensinamentos, do mesmo passo que lhe prestava a homenagem de apreço
inequívoco. Entenderam-se às maravilhas desde a primeira aproximação.
Um, era o organismo nascente, que brotava com o viço da
mocidade, esperançosa de ser útil ao desenvolvimento do Brasil. O outro, não
obstante ainda na pujança da madureza viril, trazia a nomeada de vencedor de
árduas campanhas profissionais, encetadas ao findar o século passado, quando
ultimou com êxito os estudos no Colégio Militar.
Diante da encruzilhada que se lhe deparou, não teve dúvida
em preferir a Escola Naval, onde adquiriu conhecimentos que o estremariam entre
os contemporâneos. Iria praticá-los a bordo do “Tamandaré”, do “Benjamim
Constant”, do “Comandante Freitas”,
“República”, ou onde quer que se
encontrasse.
Bem que desempenhasse a contento as suas obrigações de
bordo, não seria da labuta no Mar que lhe resultassem as credenciais gloriosas
para a imortalidade. Navegara, porém, pela Amazônia, incumbido de montar
estações termopluviométricas e proceder a sondagens cuidadosas, quando operava
naquelas paragens a Comissão Demarcadora de Limites do Brasil com a Bolívia.
A execução do Tratado de Petrópolis, que os modificou,
alongava-se por trabalhoso quinquênio, não obstante confiada à experiente
chefia do Almirante Guillobel.
A retificação raiana seguira de Baía Negra para as Lagoas
marginais do Rio Paraguai, onde deixara marcos substitutivos dos anteriores,
que interpretaram o Tratado de 1867, e embrenhara-se pelos seringais acreanos,
quando o então Primeiro-tenente Brás Dias de Aguiar deixou o tombadilho do seu
navio para penetrar nas selvas estremenhas.
Não completara ainda o terceiro decênio de existência, que
lhe sorria, prometendo-lhe triunfar dos problemas que lhe fossem apresentados e
levá-los a bom termo, ainda que em circunstâncias adversas. Era apenas
ajudante, nomeado a 16.08.1910, embora desempenhasse missões de magna
responsabilidade, como a chefia da Expedição Exploradora, que a 28.05.1912
alcançou Cobija ([1]).
Elevado, porém, ao posto de Capitão-tenente, a 7 de maio
seguinte, também simultaneamente conquistaria, desde 1 de fevereiro, o título
de Comissário Substituto, logo abaixo, por tanto, do Almirante Guillobel, a
quem cabia o título de Comissário. Sucedia, neste lance, o Capitão-de-corveta
Antônio Alves Ferreira da Silva, que sobremaneira dignificara o cargo, mercê da
sua competência técnica.
Decidido a transpor os embaraços opostos pela Natureza a quem tente
devassar-lhe os mistérios, levantou o Igarapé Bahia até as nascentes, onde lhe
foi mister contestar opinião favorável à indicação de outro afluente como
formador principal. E também o Acre, além das coordenadas que determinou, sem
interromper os levantamentos fluviais.
Não tardaria, entretanto, a
volver ao convívio dos colegas, pois que o melhor conhecimento da região
outrora litigiosa, evidenciara a inexequibilidade antes de novos convênios, dos
limites definidos para hipóteses topográficas destoantes da realidade. O ritmo
dos trabalhos iria esmorecer, enquanto as chancelarias não deslindassem as
dúvidas, rompentes do desacordo entre o terreno e a sua imaginária configuração
cartográfica anterior.
E, então, o demarcador deixou a Comissão, que não mais lhe
exigia esforços produtivos e tornou ao “Minas
Gerais”, que lhe proporcionava ensejo de atuar com a mesma perícia a que se
habituara em todas as suas incumbências. A Grande Guerra encontrou-o em serviço
ativo a bordo, onde permaneceu até o fim das hostilidades. Acabada a
Conflagração Mundial, as atrações da floresta portentosa, onde canta o
uirapuru, empolgaram-no de todo, como se algum dia ouvisse as melodias
sedutoras da ave lendária.
Desta vez, era ainda Ferreira da Silva,
Capitão-de-Mar-e-Guerra, que lhe solicitaria a colaboração valiosa para a Comissão
de Limites com o Peru, em que operariam Nogueira da Gama, como subchefe e Braz
Dias de Aguiar, ajudante, nomeado a 01.03.1920.
Tardanças comuns em tais empreendimentos, que dependem do
sincronismo de providências determinadas por dois governos distantes,
dilataram o início dos trabalhos, até que, a 11.05.1922, reunidos em Belém, os
representantes de ambos os países consideraram, por fim, organizada a “Comissão Mista Brasileiro-Peruana”. Pelo
Brasil, falariam Ferreira da Silva, com as insígnias de Contra-Almirante, e
Braz de Aguiar, seu imediato, como subchefe, em substituição ao primeiro
nomeado.
E assim continuou participando dos
trabalhos de maior responsabilidade, que os relatórios anuais registraram
meticulosamente. Afinal, concluíram as demarcações, ao cabo das quais foram
dispensados, a 28.05.1929.
Ao historiar, em longo relatório, a campanha levada a bom
termo naquelas paragens remotas, o Almirante Ferreira da Silva relembrou que
iniciara os trabalhos em meados de 1913, quando era ainda Capitão-de-Fragata.
Depois de levantado o trecho do Purus, entre as bocas dos
seus afluentes Chambuiaco e Santa Rosa, a Grande Guerra perturbara a marcha dos
demarcadores, que só retomaram os aparelhos de observação, em 1920, quando
saíram a campo unicamente os técnicos brasileiros. Reunidos, mais tarde, com os
colegas peruanos, puderam ultimar a de marcação de 1.565,834 quilômetros em que
tiveram ocasião de implantar 86 marcos.
Os levantamentos estuados pela Comissão Mista, porém,
3.183,227 quilômetros, além dos Rios Yaco e Chandless, em extensão de 620,600
quilômetros, que sobremodo contribuíram para aperfeiçoar os conhecimentos
daquela região. A missão completara-se às maravilhas.
O Almirante poderia afastar-se das fronteiras onde
evidenciara a sua perícia técnica, à serviço do Brasil. O imediato, porém,
Capitão-de-Corveta, desde 09.02.1923, solicitara reforma em 1927, com a
graduação de Capitão-de-Mar-e-Guerra, para se consagrar exclusivamente às
atividades fronteiriças.
Estava, por assim dizer, no começo da verdadeira ascensão
para a glória.
A nomeação para a chefia da “Comissão Demarcadora das Fronteiras do Setor
Norte”, a 02.09.1929, confiou-lhe a responsabilidade integral dos serviços,
que se desenvolvessem pela faixa estremenha da região Setentrional.
Não mais o guiariam as normas de um superior hierárquico,
ainda que do estofo inexcedível do Almirante Ferreira da Silva, com quem
trabalhara longamente, identificados ambos pela mesma devoção à pátria e
amizade recíproca.
Iria agora estadear a sua individualidade, confiante nos
conhecimentos que adquirira da vida sertaneja, dos seus graves problemas e dos
meios de resolvê-los a primor. Para começar, chefiou a turma exploradora do Rio
Negro.
A 29.07.1928, partiu de Belém, Amazonas arriba, para
alcançar Manaus a 7 de agosto.
No dia imediato, continuou a viagem, a bordo já do “Inca” da “Amazon River”, que o deixou em Santa Isabel a 12.
Com mais de três dias, em lancha, visitou São Gabriel,
onde permaneceu até 26, para lhe determinar as coordenadas.
Em salto menor, conheceu Paracuá, à margem direita do
Caiari. De regresso, possuía informes esclarecedores de futuras expedições:
O
rio Negro, até o porto de Santa Isabel é navegável por navios grandes, em época
de cheia, e na de vazante, somente por aqueles de calado muito reduzido. Com
algum esforço os navios podem subir até Camanaus, na época de cheia.
Até
Santa Isabel, o Rio Negro é muito largo, atingindo mesmo várias milhas, pouco
correntoso, muito cheio de ilhas e bancos de areia. As suas ilhas formam outros
tantos paranás ou canais, uns com suficiente profundidade para permitir a
navegação dos navios, e outros que nem dão passagem às pequenas lanchas.
O
Rio Negro, da foz do Branco, seu afluente da margem esquerda, até Santa Isabel,
não tem pedras, mas muitos bancos de areia. De Santa Isabel para cima os
perigos aumentam pela grande quantidade de pedras e depois as corredeiras e
cachoeiras. O trecho mais perigoso é de Camanaus a São Gabriel, onde estão as
piores cachoeiras.
E depois de particularizar informações referentes aos
tipos aconselháveis de embarcação, aos recursos e condições de trabalhos
regionais, encerrou a 14 de novembro o relatório, por ventura o derradeiro que
firmou como sub chefe. Missão de maior relevância caber-lhe-ia daí por diante.
A primeira levou-o ainda uma vez a Manaus e Rio Negro, águas acima, até São
Carlos, povoado venezuelano onde chegou a 1° de dezembro. Cumpria-lhe executar
no terreno o que determinara o Protocolo de 24.06.1928, mediante o qual o
Brasil e a Venezuela acertaram as condições dos trabalhos demarcatórios.
Na ausência, porém, da Comissão venezuelana, retida em
Bolívar, por falta de condução, estanciou em Cucuí, onde firmou o seu primeiro
relatório de chefe da Comissão, a 07.01.1930.
Diria ao ministro:
Era
meu desejo enviar a Vossa Excelência uma maior soma de serviços já feitos,
nestes 32 dias em que a Comissão está aqui, porém a ausência dos representantes
venezuelanos nos tem atrasado muito.
Por seu gosto avançaria através do Igapó, onde as
Expedições anteriores julgaram impraticável a colocação de marcos, mas
necessitava estar acompanhado dos confrontantes. E, assim, via aproximar-se a
estação das chuvas, e nada mais conseguiu empreender, além da determinação das
coordenadas de Cucuí, as de Huá, para o traçado da linha que ligaria os dois
marcos distantes. Raiou, entretanto, a esperança de apressar a marcha dos
trabalhos, quando o chefe ilustre da Comissão Venezuelana, Francisco José
Duarte, saudado com expressões amistosas, respondeu no mesmo tom,
desculpando-se de somente a 16 de janeiro estar presente ao local ajustado para
a primeira conferência, em “Cucuí à
margem esquerda do Rio Negro e fronteira do Brasil com a Venezuela”. Ali se
achava apenas a primeira turma brasileira, acampada a cerca de 10 km do Rio, “enquanto a segunda partira para o salto
Huá", no Rio Maturacá”.
Quando se reuniu para a segunda Conferência, a nove de
fevereiro. Já podia a “Comissão Mista
Brasileiro-Venezuelana” aprovar as operações de campo ultimadas, que
abrangiam a construção de cinco marcos, dois na ilha de São João e três ao
largo da linha geodésica Cucuí-Maturacá, de azimute calculado em 48°16’45,1”
S.E.
A terceira já se efetuou em Manaus, onde Braz de Aguiar
apresentou o plano de ação futura, prontamente aprovado. Partiram para Huá, em
frente a cujo salto realizaram a quarta Conferência, que assinalou o
acampamento ali montado. Em consequência dos resultados colhidos pelas turmas
incumbidas da caracterização do morro Cupi, que não foi encontrado com feições
peculiares, resolveram os demarcadores suspender os trabalhos, somente
possíveis pela aerofotogrametria. Não deixaria, porém, Braz de Aguiar o
ambiente fronteiriço, ao qual se aclimatara.
Assim, acertadas pelas Chancelarias as condições de fixação
da divisória da Guiana Britânica, a 30 de abril já se achava ele na fazenda
Conceição, “na foz e margem direita do
Mau”, onde registrou a primeira Conferência da “Comissão Mista Brasileiro-Britânica”. Do levantamento deste Rio
ocupavam-se os técnicos, da foz ao campo Lameiro, a 120 quilômetros, e também
do Tacutu, desde a confluência do Mau ou Ireng até a forquilha, aberta em dois
galhos.
Qual seria o formador principal? Divergiram os dois
comissários. Sustentava o chefe britânico ser o Warmuriak simples afluente, em
contrário ao parecer do Comandante Aguiar, que discutiu proficientemente o
assunto em seu relatório de 14.07.1931, quando solicitou a decisão do Ministro
das Relações Exteriores para dirimir a controvérsia.
Simultaneamente com os trabalhos no trecho imediato, a
demarcação que dirigia em outros pontos levou-o ainda uma vez a Manaus, onde se
registou, a 05.05.1935, a 10ª Conferência da Comissão Mista
Brasileiro-Venezuelana, para homologação do que fora efetuado, a partir das
proximidades do monte Roraima, pelo divisor de águas entre os rios Cotingo e
Arabopo, na serra do Uaraí.
Destarte, ia ao mesmo tempo acudindo aos segmentos
fronteiriços com dois confrontantes, a que não tardou a juntar-se o terceiro,
quando o governo holandês também anuiu à fixação da lindeira comum.
Intensificou-se-lhe, por essa época, o ritmo das
atividades, nos acampamentos estremenhos e nas capitais, onde pudesse
conferenciar com as autoridades nacionais ou estrangeiras, de cujas decisões
dependesse a eficiência das turmas em campo. Estanciava por maior prazo em
Belém, onde montou o seu posto permanente de comando, de organização modelar,
que maravilhava os interessados em conhecê-lo.
Há mais de um depoimento firmado por visitantes insignes,
que lhe proclamaram a excelência da organização. Não era exclusivamente operoso
escritório técnico, ao qual se anexou perfeito arquivo cartográfico, opulento
de peças informativas das várias fases dos serviços.
Mas igualmente um centro de abastecimento, que reduzia ao
mínimo a possibilidade molesta ([2])
de fome naquelas regiões despovoadas para onde partiam as turmas, confiantes na
capacidade organizadora da chefia. Rios encachoeirados, que arrebentariam mais
de uma canoa. Matas que o Sol não clareia. Encostas íngremes.
Nada faltaria para os afligir, se não houvesse, para lhes
aliviar as canseiras, a assistência vigilante e carinhosa do chefe, que mais do
ninguém, conhecia de experiência própria os sofrimentos irremediáveis que lhes
causaria qualquer ato de imprevidência.
Na
mesma capital paraense firmaria a primeira ata final de demarcação de um dos
trechos, que lhe estavam sob a jurisdição.
Em verdade, a 30.04.1938, reunida a Comissão Mista, que o
tinha como chefe dos técnicos brasileiros, realizou-se expressiva cerimônia, em
que principiou por saudar cordialmente em inglês, o Almirante Conrad Kayser, de
cujo compreensivo concurso dependeu o rápido êxito das operações demarcatórias
dos limites do Brasil com a Guiana Neerlandesa, na extensão de 593,40
quilômetros.
E, continuou, em linguagem vernácula, para afirmar, sem
receio de contradita, pois se baseava na realidade:
Aqui,
um grupo de brasileiros profundamente enamorados de sua terra e de sua gente
porfia, sem cessar, num silencioso trabalho, pleno de sadio entusiasmo e
intenso espírito de brasilidade, no sentido de transmitir a nossos descendentes
um Brasil integrado, juridicamente por força do direito, na grandeza
territorial que legitimamente herdamos de nossos maiores: um Brasil digno das
alvissareiras esperanças que nos entremostra o porvir, um Brasil que prolonga a
tradição gloriosa de um passado; um Brasil, enfim, sem raias desconhecidas, a
fim de que possamos conhecer até onde se estende a nossa soberania, para que
possamos melhor respeitar a soberania de nossos confinantes.
E, em homenagem aos heróis anônimos, dedicar-lhes-ia
expressões repassadas de carinho:
Não
podemos esquecer, porém, ao concluirmos os trabalhos de demarcação como
Suriname, os companheiros que caíram em meio da jornada.
Ao lado dos padrões que deixamos nas divisas, sentinelas
inanimados da pátria, deixamos também, com os corpos daqueles heróis obscuros,
atalaias votivas da nacionalidade, outros tantos marcos que assinalam,
mudamente, o esforço ingente e o sacrifício continuado daqueles que apisoaram o
solo agreste e virginal de suas raias Setentrionais, que trabalharam na sombra,
que viveram e morreram ignorados, após uma peleja sublime, e que nos legaram,
amortalhados numa infinita saudade, os exemplos imperecíveis da suprema
renúncia, da abnegação suprema, e mais que tudo, do patriotismo luminoso.
Virgílio
Correia Filho (B. Geográfico n° 69, 1948)
Bibliografia:
BOLETIM GEOGRÁFICO, N° 69. Brás Dias de Aguiar, Mestre de Demarcadores! – Brasil – Rio de
Janeiro – Conselho Nacional De Geografia, Boletim Geográfico, N° 69, 1948.
Solicito Publicação
(*) Hiram Reis e Silva
é Canoeiro, Coronel de Engenharia, Analista de Sistemas, Professor,
Palestrante, Historiador, Escritor e Colunista;
· Campeão do II Circuito de Canoagem do Mato Grosso do Sul
(1989)
· Ex-Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA);
· Ex-Pesquisador do Departamento de Educação e Cultura do
Exército (DECEx);
· Ex-Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério
Militar – RS (IDMM – RS);
· Ex-Membro do 4° Grupamento de Engenharia do Comando Militar
do Sul (CMS)
· Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira
(SAMBRAS);
· Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil
– RS (AHIMTB – RS);
· Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande
do Sul (IHTRGS – RS);
· Membro da Academia de Letras do Estado de Rondônia (ACLER –
RO)
· Membro da Academia Vilhenense de Letras (AVL – RO);
· Comendador da Academia Maçônica de Letras do Rio Grande do
Sul (AMLERS)
· Colaborador Emérito da Associação dos Diplomados da Escola
Superior de Guerra (ADESG).
· Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN).
· E-mail: hiramrsilva@gmail.com.
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – X
Bagé, 20.12.2024 Continuando engarupado na memória: Tribuna da Imprensa n° 3.184, Rio, RJSexta-feira, 25.10.1963 Sindicâncias do Sequestro dão e
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – VI
Silva, Bagé, 11.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 224, Rio de Janeiro, RJ Quarta-feira, 25.09.1963 Lei das Selvas T
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – IV
Bagé, 06.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 186, Rio de Janeiro, RJSábado, 10.08.1963 Lacerda diz na CPI que Pressõessã
Qualquer Semelhança não é Mera Coincidência – III
Bagé, 02.12.2024 Continuando engarupado na memória: Jornal do Brasil n° 177, Rio de Janeiro, RJQuarta-feira, 31.07.1963 JB na Mira O jornalista H