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Hiram Reis e Silva

Dr. Francisco Cavalcante Mangabeira – Parte III


Hiram Reis e Silva, Bagé, RS, 15 de abril de 2017.

Meu Deus, como me é grato, nesse desterro, ver árvores e ouvir ninhos! Como eles cantam! Que agradável que é a sua música. (Francisco Mangabeira)

Já entrado em suas primeiras manifestações intelectuais, em 1894, Francisco Mangabeira iniciou, aliás com ostensivo desânimo, o curso superior, matriculando-se no primeiro ano de medicina, na Faculdade da Bahia. As ciências eram adversárias de seu gênio poético, e, desse primeiro ano, a física médica, como especialidade esta, foi um temeroso Adamastor. (DINIZ)

Adamastor: figura mitológica criada por Luís Camões que encarna os perigos, as tempestades, os naufrágios e “perdições de toda sorte” que os portugueses enfrentaram nas suas náuticas viagens. (Hiram Reis)

DINIZ: Mas, Mangabeira, cujo talento moderado, balanceado com o igualmente brilhante de seu irmão João Mangabeira, na evidência de Deputado Federal, pela Bahia, em iteradas (repetidas) legislaturas, era triunfante, se impunha já no círculo de seus contemporâneos. Ao lado de Antero Valladares, moço de desenvolvidas aptidões intelectuais, desaparecida infelizmente antes dos vinte anos; de Gustavo Kelsch, que se recomendava pela sua grande leitura e pela sua maior biblioteca, posta ao alcance de todos os colegas; de Raphael Pinheiro, cuja oratória já encantava como os albores de um dia eternamente primaveril; de Anatólio Valladares, ainda há pouco falecido nesta cidade, sempre na intimidade máxima dos irmãos Mangabeira; de Methódio Coelho, de Vital Soares, de Achilles Lisbôa e de outros muitos, entrou na convivência social do “Grêmio Evolução” (1893-1895), sociedade lítero-científica, que funcionou, com brilho real, até ser o primeiro paraninfo, em 1894, da estátua de Castro Alves, só erigida, não obstante velho desejo de todos, em 1923, na capital da Bahia, como uma das cerimônias comemora­tivas do centenário de sua independência política.

Francisco Mangabeira não gostava de discursar. Era a antítese de outros elementos da sua própria família. No meio das grandes celeumas oratórias, ele se limitava a apartes conscienciosos, à meia voz, de preferência sempre ao lado dos mais calmos e refletidos. Já estava um artista feito, e mantinha todo o silêncio em torno de seu nome. Mas, de perto, muito de perto, recebia as melhores estimulações de um outro poeta: Pedro Licínio, de valor incompara­velmente muito menor, tanto quanto se apagou de todo com o correr dos anos. Era este a companhia infalível de Francisco Mangabeira, a apoiar-lhe os êxtases estéticos e a ovacionar-lhe os ritmos caprichosos de poeta inspirado pelo amor. Desses tempos, é o soneto abaixo, datado de 1894, só muito mais tarde divulgado, e, finalmente, incluído como a página mais antiga e uma das mais simples do seu volume “Últimas Poesias”, de publicação póstuma:

Desabrochando

(Francisco Mangabeira)

É muito moça ainda... Mesmo agora

Lhe nasce a flor dos seios inflamados.

Seus lábios purpurinos, como a aurora,

São de beijos e risos constelados.

Face infantil, onde a alvorada mora,

Dando-lhe uns tons brilhantes e rosados...

Olhos, cujo fulgor tudo colora

De lampejos trementes e doirados.

Parece uma ave, que se alou, há pouco,

Desdobrando, em suave desarranjo,

Um canto alegre, descuidado e louco...

E um novo céu no brando olhar se esboça

Desta criança transformada em anjo,

Ou deste anjo transformado em moça!

Poesia dos quinze anos, com a data de 1894, positivamente não é um lavor de arte. Mas, como primícias de uma ascensão artística, significou uma realidade logo, porque ficou sendo, sem dúvida, uma página de efetiva poesia. Ao seu tempo, quando o artista tinha olhos para ver e sentimento para compreender o desabrochamento da alma naquele corpo de mulher, em que ainda nascia “a flor dos seios inflamados”, a física médica, matéria tormentosa do primeiro ano do respectivo curso, atravessava-se na sua passagem, atrasando a marcha progressiva de sua carreira, pois sofrendo os famosos rigores do grande professor Anselmo da Fonseca, não tinha Francisco Mangabeira coragem para investir...

Contudo, foi além... E, quando, no decurso do ano de 1897, os sertões do Norte baiano se assolaram com o flagelo da luta fratricida, conhecida por “Guerra de Canudos”, cursava o poeta o 3° ano de medicina. Assim, a 27.07.1897, partiu, com a primeira turma de acadêmicos, que seguiram para o campo da luta ingratíssima. Naquele incidente, que tanto se prolongou cancerosamente, porque, mercenários da dignidade do Exército Nacional, erigiram em viveiro de enriquecimento as trincheiras e as colunas das forças legais, os serviços gratuitos da mocidade contaram com o apoio e a iniciativa de Francisco Mangabeira. E lá esteve ele, onde compôs quase todo aquele grandioso poema, cujas estrofes mais belas, pejadas sempre de bizarra originalidade, se “escrinisaram” no volume da “Tragédia Épica”, como já se adiantou, trazida a lume em 1900. É deveras (verdadeiramente) original o poemeto “Os três oficiais”, de data muito anterior à Ceia dos Cardeais, de Júlio Dantas, onde, em colóquio, três moços, não contam os seus amores, mas relatam os seus valores de família.

Ei-lo:

Os Três Oficiais

(Francisco Mangabeira)

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Noite... No acampamento rumoroso

Conversam descuidados

Três moços oficiais. Um diz:

– Meu berço

É o mais maravilhoso,

Que pode haver! Nasci nos descampados

Que a ventania agita

Em montanhas de pó no azul disperso...

Doce terra bendita,

Coberta de planícies assombradas,

Que são atravessadas

Pelos fortes gaúchos em cavalos

De patas vigorosas.

Oh regiões amadas

Onde passei tranquilo e sem abalos

A infância, que saudades

Profundas sinto agora

Dos teus pampas, teus Rios e cidades

Onde é mais frio o vento

E as mulheres mais lindas! Onde a aurora

No inverno limpa o céu todo nevoento

E no verão colora

De oiro (ouro) e luz o radioso firmamento!

Contigo eu aprendi, desde criança,

A arrostar toda a sorte de perigo

E a enterrar uma lança

No peito do inimigo.

Salve, terra dos Pampas, onde a vida

Corre agitada e boa,

E o gaúcho viaja alegremente,

Sem pesares e à toa,

Num animal valente,

Com o lenço no pescoço

E um enorme chapéu de aba caída,

Resguardando-lhe o rosto.

Passa a vida sem sobra de desgosto:

De manhã, muito cedo,

Depois dum leve almoço

De mate ou charque, monta e vai sem medo

Desbravando as savanas...

Descansa em casas pobres, onde moram

Honestos lavradores

E morenas serranas

Que, sem mágoas e dores,

Vivem placidamente e nunca choram.

Quer no inverno sem tréguas,

Quer no verão ardente,

Ele viaja assim léguas e léguas,

Partindo duma estância

E pernoitando noutra. Seus cuidados

Cifram-se unicamente

No cavalo fogoso que ergue as patas,

Numa indomável ânsia,

Levando-o por planícies e por matas

A uma grande distância...

Terra santa e querida, onde os soldados

Passam a vida inteira

Viajando nas cidades e povoados

Que existem na fronteira...

Minha terra natal, eu te saúdo

Com os olhos lacrimosos

Porque em ti deixei tudo

Quanto amei nos meus dias venturosos...

Em ti ficou aquela

Que há de ser minha, o anjo

Em cuja face bela

O firmamento abranjo...

A minha pobre noiva! tão formosa,

Tão inocente, angélica e morena

Que tem na face o aroma duma rosa

E o candor duma pálida açucena...

Tão linda que semelha

Uma linda espanhola

Em cuja boca trêmula e vermelha

Desabrocha a corola

Do beijo... Minha noiva e meu tesouro!

Consolar-me quem há de

Nas horas em que choro

De mágoa e de saudade

Por essa criatura a quem adoro

Como uma divindade?

Ai! o que me alivia

É a certeza que tenho

De que ela pensa em mim muito medrosa

Por saber que me empenho

Nas lutas sem temor como fazia

Na fratricida guerra

Que há pouco se acabou, manchando o solo

De minha nobre terra...

Ela receia ainda

[E é este o meu consolo]

Da intrepidez infinda

Com que às negras batalhas me atirava,

Enfrentando o inimigo nas guerrilhas

Ou nos grandes combates pavorosos...

O brio que eu mostrava

Se acaso uma cidade sitiava

Ou defendia-a em ímpetos raivosos,

Fazendo maravilhas

De bravura. Somente no passado

É que fulge e se encerra

Meu extinto prazer que foi gozado

Nas paragens sem fim da minha terra.

Calou-se o oficial e olhou, com mágoa,

O céu, talvez que vendo novamente

O passado. E seus olhos de repente

Ficaram rasos de água.

O companheiro diz-lhe:

– Meu amigo,

Que é isso? Está chorando?

Console-se comigo

Que também vou saudades suportando.

Sou das bandas do Norte,

Daquelas vastas zonas

Onde pompeia (viceja) caudaloso e forte

Um Rio enorme e túrbido: O Amazonas.

Palavra ! tenho inveja desse Rio,

Despótico senhor daquela plaga

Por onde rola rápido e bravio

Inundando paragens

Que, impetuoso, alaga.

Nasce lá no Peru, vê paisagens

Que parecem quimeras:

Florestas colossais onde os fulgores

Do Sol ao chão ainda não chegaram,

E onde vagam indômitos selvagens,

Enraivecidas feras

E cobras multicores.

Que em suas margens, sequiosos, param.

Nele há ilhas virentes (verdejantes)

Todas cheias de flores

E pássaros de plumas resplendentes...

Como não é soberba a madrugada

Às margens desse oceano

Que os homens chamam Rio:

A passarada

Em cantos sedutores

Vai despertando; as árvores enormes,

Douradas pelo sol, tremem e lançam

Suas sombras informes

Nas águas que de leve se balançam;

Caem flores e frutos

No chão; as onças erguem-se; os macacos

Pulam entre os cipós tortos e fracos;

Insetos zumbem; rútilas serpentes

Deslizam, rastejando

Entre folhas; e os rudes índios brutos.

Enfeitados de penas reluzentes,

Quedam-se, com assombro, contemplando

O sol que lança um fúlgido tesouro

Sobre a copa das árvores acesas.

Às vezes vê-se uma serpente, um touro,

Um animal que abandonou a toca,

A contemplar imóvel de surpresas

Alguma pororoca.

A pororoca assombra a todo mundo,

Tão estranha ela é. Enorme ruga

Surge a face das águas, incha, aumenta,

Qual uma desmedida tartaruga,

Que, saindo do fundo

Do Rio, à tona dele se apresenta...

Ruge, desliza, corre, voa e toma

Um volume espantoso; já parece

Estranho mastodonte

Que, pouco a pouco, assoma

No Rio; desenvolve-se, escurece

Tudo em torno, doudeja, e qual um monte

Que rápido se racha, e treme, e tomba,

Ela desaba num rumor de fragoas...

Dir-se-ia que se arromba

A terra; as naus afundam-se nas águas,

Que voltam logo à calma acostumada.

Pois bem, nessa região maravilhosa

E privilegiada

Nasci... Ah minha mãe! com que amargura

Revejo a minha vida desditosa

E sinto que a ventura,

Por ser-nos boa, é falsa e mentirosa.

Minha mãe é uma santa

De cujo olhar na doce transparência

Radioso se levanta

Um astro que me leva

Em meio à negra e carregada treva

Da noite da existência!...

O mel de seu sorriso

Embriagou a minha adolescência,

Que foi um paraíso

Repleto de prazeres.

É a melhor das mulheres,

Tem a alma pura como os jasmineiros,

Que derramam no espaço

Deliciosos cheiros.

Lembra-me ainda quando, à noite, unidos

Num apertado abraço,

Olhávamos no Rio refletidos

Os brilhos do luar que irradiava...

A forte correnteza

Parecia que aos poucos se abrandava

Numa ignorada e mórbida tristeza,

Que nos arrebatava...

Como que andavam almas

De crianças, de monges e poetas

Por sobre as águas calmas,

Onde o luar batia recordando

Um enxame de argenteas borboletas.

Ainda eu sinto no meu rosto o pranto

Que ela derramou, quando

A abracei entre lágrimas... Ah! quanto

A ausência martiriza

O coração que sofre e que precisa

Dum consolo qualquer às suas penas...

Ontem eu tinha tudo que queria,

Agora tenho apenas

A saudade que o peito me crucia...

Mas... para que ressuscitar pesares?

Sabem? Vou terminar. Nasci no Norte

Em uma regido imensa e rica

Que tem um Rio gigantesco e forte,

Florestas seculares,

Serpentes colossais, feras hediondas,

Lindos pássaros e índias espantadas,

De amplas formas redondas...

Terra ardente que fica

Nas linhas do equador incendiadas.

Há nela seringais de onde se tira

Toda a variedade de borrachas...

Eu sou filho daí e é por meu gosto

Que me acho com Vocês nesta campanha,

Sereno e resoluto,

De espada e de bombachas.

Com o sorriso no rosto

Termina, e o seu olhar vago acompanha

A fumaça alva e leve do charuto.

Principia o terceiro assim: Nascemos

Na mesma terra, amigos...

No entretanto que extremos,

Que diferença em nossos inimigos!

O de um é o inverno frio,

O do outro é um grande Rio,

O meu é o sol. Nasci nas terras onde

Impera às vezes um verão que abrasa,

Secando as águas das fontes...

A seca é um triste quadro:

Os horizontes

Muito azuis sem a flecha duma asa;

No campo o gado como que se esconde

Em busca de água, e, sequioso, morre;

Nas árvores, despidas

De ramagens, a luz do sol escorre

Como o pranto radioso dos espaços.

Mulheres inanidas

Com os filhinhos nos braços

Atravessam a estrada enlouquecidas,

Comendo galhos secos e raízes.

As pobres criancinhas

Já nem podem chorar, e as infelizes

Mães para o firmamento

Erguem o olhar, exaustas e mesquinhas.

Após tanto tormento

Morrem pelas estradas,

Numa atitude langue,

Enquanto os filhos sugam-lhe as mirradas

Mamas que expelem sangue.

Sou filho do sertão! Antigamente

Eu era um grande atirador. A caça

Que eu visse estava morta, certamente.

Ah! como tudo passa!

Adeus, noites de lua que eu amava,

E em que, ao som da viola e do pandeiro,

A tabaroa cândida dançava

No centro do terreiro...

Adeus, tiranas ao luar saudoso,

Quando surgiam, frescos e risonhos,

Em minha alma, num bando vaporoso,

Como andorinhas – os primeiros sonhos...

Adeus, oh matas virgens onde tantas

Vezes o meu facão limpo e afiado

Retalhou grandes cobras que, pulando

Sobre mim num furor desesperado,

Por fim às minhas plantas

Caíam rabeando,

Com os olhos a saltar e a boca aberta.

Vendo-as mortas, eu logo

As arrastava pelo chão em fogo

Até chegar à vila erma e deserta

Trazendo-as como louros de vitória.

Enfeitava as paredes

Da minha casa com seus lindos couros

Cheios de malhas recordando redes

De seda, e contemplava satisfeito

Esses troféus de glória,

Que me custavam tanto. Hoje é desfeito

Todo o meu gozo... Adeus, terra divina

Onde nasceu também a minha filha,

Que é formosa, risonha e pequenina

Como uma pequenina maravilha.

Não é da terra, pois a sua fala

Lembra uma língua angélica e divina,

Que me extasia e embala

Entre as nuvens dum sonho transparente...

Miragem sedutora!

Inda é tão inocente

Que nem sabe se é linda e encantadora.

Foi de certo um presente

Que o Deus onipotente

Me deu, porque ela é minha,

Que me sinto feliz por ser cativo .

Dessa pobre rainha,

Que, como um anjo buliçoso e vivo,

Apareceu um dia em minha vida

Para em céu transformá-la...

Minha filha querida

Quando anda parece-me que voa

Pelo meio da sala,

Onde sorrindo entoa

Um alegre canção desconhecida,

Se por acaso fala.

Ao vê-la, tenho orgulho e tenho pena...

Porque ela é tão afável,

Carinhosa e pequena,

Que, ao contemplá-la, fico

A um tempo venturoso e miserável.

Esse milagre imenso eu não explico:

Sou pequeno e sou grande,

Desventurado e rico!

É que esse afeto dentro em mim se expande

Por tal forma que eu temo

Perdê-la ou abandoná-la... Oh Deus supremo,

Se um dia ela deixasse o lar celeste

E eu ficasse sozinho

Ou então se eu morresse e ela ficasse

Como uma ave sem ninho,

Quanto não sofreríamos por este

Mundo!.. Basta de dor. Tenho na face

Indícios de delírio

Porque falei naquela que é meu gozo

E é todo o meu martírio.

Ah! enquanto saudoso

Sofro, ela ri talvez, porque não sabe

Como é grandioso

O afeto que em mim cabe...

Que ria sempre... e esse sorrir ditoso,

Meu Deus, nunca se acabe!

Aí parou, sentindo

Uma grande tristeza. E o que primeiro

Falou, murmura: Um amargor infindo

Nos lacerou o coração inteiro

Só porque conversamos

Sobre a terra natal onde deixamos

Os entes mais amados.

Diz o segundo: E que por tanto o serem

Tanto nos lastimamos.

O terceiro acrescenta: No entretanto,

Apesar de adorados

E de muito valerem

Para nós que os queremos,

Os deixamos porque...

Alvoroçados,

Gritam os três: Porque inda é mais santo

O amor que à Pátria temos.

Nisto, um rumor metálico e estridente

Perturba a noite quieta.

Eles erguem-se... e partem prontamente

Ouvindo o tique seco da corneta.

Fontes:

DINIZ, Almachio. Francisco Mangabeira– Brasil – Rio de Janeiro – Tipografia da Escola Profissional, 1929.

MANGABEIRA, Francisco. Ultimas Poesias (Obra Póstuma)– Brasil – Salvador – Oficinas dos dois Mundos, 1906.

(*) Hiram Reis e Silva é Canoeiro, Coronel de Engenharia, Analista de Sistemas, Professor, Palestrante, Historiador, Escritor e Colunista;

Membro do 4° Grupamento de Engenharia do Comando Militar do Sul (CMS)

Ex-Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA);

Ex-Pesquisador do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx);

Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS);

Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério Militar – RS (IDMM - RS);

Sócio Correspondente da Academia de Letras do Estado de Rondônia (ACLER)

Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil – RS (AHIMTB – RS);

Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS);

Colaborador Emérito da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG).

Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN).

E-mail: hiramrsilva@gmail.com;

Blog: desafiandooriomar.blogspot.com.br

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