Terça-feira, 12 de julho de 2022 - 10h17
Bagé, 12.07.2022
Mais
uma vez tenho a honra de repercutir um artigo de meu Mestre Higino Veiga Macedo,
editado em março de 1990.
FFAA
– O QUE SÃO?
(Cel Eng
Higino Veiga Macedo)
Uma Nação que confia em seus Direitos,
em vez de confiar em seus Soldados, engana-se a si mesma e prepara a sua
própria queda. (Ruy
Barbosa)
As
Forças Armadas estão acima dos demais poderes que administram o Estado, por ser
instrumento de sua Nação. E até mesmo muito mais acima, destes poderes, se
considerá-los isoladamente.
Por
questão administrativa, elas são subordinadas a homens dentro dos rígidos
preceitos da hierarquia, da disciplina e da lealdade.
São
INSTITUIÇÕES NACIONAIS. São perenes
desde a origem. Contém a amostragem do povo à que pertence e abriga a todos: negros,
índios e brancos, ricos e pobres, intelectuais e ignorantes.
Exige
vocação e dedicação monástica de seus membros. Exige seriedade, simplicidade e
austeridade nas palavras, gestos e obras. Exige que busquem incansavelmente o
aperfeiçoamento profissional. Isto implica em buscar e manter conhecimentos
atualizados e abrangentes dos problemas nacionais.
As
Forças Armadas, quando empregadas, terão como oponente um inimigo que elas têm
que submeter, aniquilar ou destruir. Farão prevalecer a vontade da SUA NAÇÃO sobre a outra nação hostil ou
qualquer outro inimigo.
Elas
não deverão ser empregadas contra nacionais. A não ser quando grupos fanáticos
e cerebralmente desnacionalizados se comportem como inimigo do povo e,
portanto, inimigos da nação.
Ou
que, por ideologia, hajam apoiados por forças externas que atuem contra a
estrutura da nação, isto é, o conjunto: povo, território e costumes.
Nos
tumultos e conflitos de ruas, o que se vê são nacionais à margem da lei.
Não
são inimigos. São delinquentes. São problemas para a segurança pública.
Devem
elas reger-se por uma Carta Magna que represente a vontade nacional e as regras
sociais consuetudinárias. Deverão reagir quando alguém ou grupo atentar contra
uma ou outra. Mesmo que eles se respaldem numa ou noutra.
À
exceção do Poder Judiciário, que não tem a amostragem do nacional, visto que é
casta intelectual, as demais autoridades são partidárias. Vão e vêm ao sabor das ondas políticas
e ideológicas.
Portanto,
as Forças Armadas não podem sofrer atrações e repulsões de facções-partidárias
ou grupos-ideológicos. Se isto ocorrer, estarão a serviço de um homem, e não da
sua nação.
Qualquer
militar, como peça componente desta instituição ([1]),
é elemento físico e vivo desta nação. A disciplina devida é ao Comandante
Supremo das Forças Armadas quando investido de Chefe de Estado (autoridade
virtual) que é escolhido, por eleição, pela maioria da nação.
Então,
o homem militar não deve curvar-se ao homem administrador (Executivo), mas à
figura virtual “Chefe de Estado”
tendo como imagem real um homem representante.
(*) Hiram
Reis e Silva é Canoeiro, Coronel de Engenharia, Analista de Sistemas,
Professor, Palestrante, Historiador, Escritor e Colunista;
Campeão do II Circuito de Canoagem do Mato Grosso do
Sul (1989)
Ex-Professor do Colégio Militar de Porto Alegre
(CMPA);
Ex-Pesquisador do Departamento de Educação e Cultura
do Exército (DECEx);
Ex-Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério
Militar – RS (IDMM – RS);
Ex-Membro do 4° Grupamento de Engenharia do Comando
Militar do Sul (CMS)
Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia
Brasileira (SAMBRAS);
Membro da Academia de História Militar Terrestre do
Brasil – RS (AHIMTB – RS);
Membro do Instituto de História e Tradições do Rio
Grande do Sul (IHTRGS – RS);
Membro da Academia de Letras do Estado de Rondônia
(ACLER – RO)
Membro da Academia Vilhenense de Letras (AVL – RO);
Comendador da Academia Maçônica de Letras do Rio Grande
do Sul (AMLERS)
Colaborador Emérito da Associação dos Diplomados da
Escola Superior de Guerra (ADESG).
Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN).
E-mail: hiramrsilva@gmail.com.
[1] Instituição – A nação, por tê-la como imprescindível, a institui.
Nunca será corporação que é um corpo constituído e não instituído.
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