Quinta-feira, 17 de maio de 2012 - 06h05
Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS
Essas comissões, quando são criadas oficialmente, pretendem rever condutas de agentes públicos. E é isso o que fundamentalmente nós vamos rever: condutas de agentes públicos. (Rosa Cardoso)
O Presidente do Clube Naval, Almirante Ricardo Veiga Cabral, preocupado em “blindar” os militares convidados a depor na Comissão Nacional da Verdade (CNV) e a preparar para um contra-ataque a eventuais críticas às Forças Armadas, criou a “Comissão da Verdade Paralela” e um grupo jurídico para assessorá-la. A intenção é analisar os debates na CNV e oferecer orientação e acompanhamento jurídico aos depoentes. A iniciativa do Clube Naval provavelmente será seguida pelo Clube Militar e o pelo Clube da Aeronáutica, que tem sido porta-vozes diretos dos militares da reserva e da ativa, que são impedidos de se pronunciar em obediência aos Regulamentos Disciplinares. Parabéns ao Clube Naval pela iniciativa.
Esta Comissão da “Meia Verdade” que pretende rever a conduta exclusivamente de agentes públicos deixando de lado as ações daqueles que assassinaram, mutilaram e roubaram inocentes é uma piada de mau gosto e atende aos anseios dos verdadeiros inimigos externos do Brasil. A Oligarquia Financeira Transnacional lançou sementes em terra fértil provocando a cizânia e os alienados da esquerda festiva seduzidos pela sedutora cantilena da “justiça” foram cooptados justamente por aqueles a quem condenam.
-Comandantes Militares já agem nos bastidores para esvaziar Comissão da Verdade Paralela Interclubes
Fonte: Jorge Serrão, Edição do Alerta, terça-feira, 15 de maio de 2012.
Começam a brotar na lama as verdadeiras e maléficas intenções por trás da inútil e inoportuna Comissão da Verdade. Passando por cima da própria lei que instituiu a CV – que pretenderia esclarecer violações dos direitos humanos entre 1946 e 1985, sem privilegiar o lado ideológico da história que cometeu tal abuso -, a advogada que defendeu a ex-guerrilheira e hoje Presidenta Dilma Rousseff, nos tempos da “dita-dura”, Rosa Maria Cardoso da Cunha agora avisa que a Comissão não vai apurar os crimes cometidos por militantes de esquerda.
Só um membro da CV, o ex-ministro da Justiça, José Carlos Dias, defende a apuração de ambos os lados: agentes do Estado e militantes da luta armada que queria implantar o comunismo/socialismo no Brasil. Os demais membros, mesmo não falando publicamente, apóiam as intenções do governo. Além da CV, ignorando completamente o pleno vigor da Lei de Anistia de 1979, membros de esquerda no Ministério Público atuam, em conjunto, para mandar abrir investigações sobre violações de direitos humanos cometidas durante os governos dos generais-presidentes.
Já tendo certeza do caráter revanchista da CV, os militares já contra-atacam. O presidente do Clube Naval, Almirante Ricardo Veiga Cabral, criou uma “comissão paralela da verdade” e montou um grupo jurídico para assessorá-la. Tudo indica que o Clube Militar e o Clube da Aeronáutica devem encampar a mesma iniciativa. Tanto que já foi agendada para quinta-feira (um dia depois da posse dos 7 membros da CV no Palácio do Planalto) uma reunião interclubes, no Rio de Janeiro.
Os comandantes do Exército, Marinha e FAB já agem, nos bastidores, para desaconselhar que tal encontro aconteça. Mas o evento tem apoio, direto, dos militares na reserva e, discreto, dos oficiais na ativa. Como são impedidos de qualquer manifestação pública, por força dos regulamentos militares, apostam nas iniciativas dos Clubes Militares para falar sobre a CV e também para cobrar reequipamento e reajustes salariais para as Forças Armadas.
Criador da CV Paralela, o Almirante Veiga Cabral teme que a Comissão da Verdade seja “apenas uma estratégia, um primeiro passo, para, depois, tentarem revogar a Lei da Anistia, que está em vigor e foi ratificada pelo Supremo Tribunal Federal”. Diplomaticamente, o Almirante defende que a Comissão Paralela poderá “evoluir para um diálogo com a Comissão da Verdade, ou pelo menos com alguns integrantes dela, para ouvirem nossas justificativas”.
A posse dos membros da CV será tão pomposa, na quarta-feira, que contará com as ilustres presenças dos Ex-presidentes da República José Sarney, Fernando Collor, Fernando Henrique e, claro, do Doutor Lula da Silva. Talvez, quem sabe, Itamar Franco, compareça, em espírito... Se aparecer por lá, deve ir acompanhado de Celso Daniel, o ex-prefeito petista de Santo André, que foi sequestrado, seviciado, torturado e brutalmente assassinado em plena Ditadura do Governo do Crime Organizado.
-A verdade é uma só
A tal Comissão da Verdade é inútil e só tem propósito revanchista. A intenção em manter alarmadas as Forças Armadas atende a um objetivo dos verdadeiros inimigos externos do Brasil. Os membros da Oligarquia Financeira Transnacional investem nos agentes conscientes ideológicos para impedir que os guardiões constitucionais da soberania do Brasil tenham condições de cumprir seu papel.
Enquanto se perde tempo com as CVs da vida, não construímos um Projeto Nacional soberano para o Brasil... Na Verdade, sem necessidade de Comissão ou “Começões”, precisamos olhar para frente e não repetir os mesmos erros de um passado de um Brasil que ainda não conseguiu ser uma Democracia de Verdade.
-Livro
O livro “Desafiando o Rio-Mar – Descendo o Solimões” está sendo comercializado, em Porto Alegre, na Livraria EDIPUCRS – PUCRS, na rede da Livraria Cultura (http://www.livrariacultura.com.br) e na AACV – Colégio Militar de Porto Alegre. Para visualizar, parcialmente, o livro acesse o link:
http://books.google.com.br/books?id=6UV4DpCy_VYC&printsec=frontcover#v=onepage&q&f=false.
Fonte: Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva
Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA);
Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS);
Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional.
Blog: http://www.desafiandooriomar.blogspot.com
Site: http://www.amazoniaenossaselva.com.br
E-mail: hiramrs@terra.com.br
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